domingo, 6 de setembro de 2015

Respeito à democracia?

Na tentativa de responder às ameaças de impeachment, a presidente da República disse, de forma contundente, que "O Estado nacional brasileiro só é respeitado no mundo na medida em que, em nosso território, se exerce e se respeita plenamente a soberania popular. Essa soberania significa submissão à vontade geral expressa nas urnas. Dela depende o cumprimento do programa econômico, social e político de mudanças que a sociedade escolhe sistematicamente de quatro em quatro anos", a "democracia só foi possível quando os povos de nossa região derrotaram as ditaduras no século passado" e que é "claro pra todos os países do continente que devemos respeitar a democracia, os direitos humanos, não importa de que forma se revista, quando elas estão em risco".
A petista destacou que o Brasil viveu nos últimos anos "fascinante experiência de construção da democracia", mas destacou que ela é "bastante complexa e ainda inconclusa. Complexa porque a sociedade brasileira compreendeu que nossa democracia não seria efetiva se se contentasse apenas com a imprescindível constituição de um Estado Democrático de Direito, era fundamental acrescentar a ela uma dimensão econômica e social. Inconclusa porque toda democracia é um processo constante, permanente, que ganha novas dimensões constantemente, novas metas, novos objetivos. Passamos a ser respeitados no mundo na medida em que unimos essas duas dimensões da democracia: a liberdade e a justiça social.".
Em princípio, não se pode exigir respeito quando não se é digno dele, a despeito de tantas mentiras ditas de forma reiterada na campanha eleitoral, com afirmações de que o país se encontrava às mil maravilhas e as mudanças do seu governo seriam para melhorar as condições de vida dos brasileiros, quando os fatos mostram, à saciedade, o inverso da propaganda eleitoral, em verdadeiro desrespeito à dignidade dos eleitores, que certamente votaram na candidata à reeleição acreditando nas propagandas inverídicas, tão convictamente disseminadas, a ponto de levar os ingênuos a apoiá-la, evidentemente em respeito a então presidente do país, que foi capaz de desdizer o verdadeiro sentimento de democracia que condiz com a sinceridade, a honestidade de propósitos e a transparência dos fatos.
Por respeito às urnas e em clara demonstração de repúdio às inverdades, que não condizem com os bons propósitos políticos, os brasileiros anseiam ardentemente o impeachment da presidente do país, por ter perdido completamente o respeito às pessoas e às instituições por elas representadas, por não terem honrado a confiança recebida nas urnas.
É deselegante se ressaltar a imperiosa necessidade do princípio do respeito, notadamente quando no passado recente houve grosseiro golpe eleitoral, com a manipulação de informações sobre o desempenho do governo, em especial sobre os indicadores da economia, que já se encontra em frangalhos, mas eles foram omitidos da população, como estratagema para se ganhar a eleição, em indisfarçável enganação aos eleitores.
Na verdadeira democracia, dificilmente existem maus políticos fazendo uso de artifícios para enganar o eleitorado, se beneficiar desse expediente e depois, como se nada tivesse acontecido de errado, vir propagar respeito à democracia que foi deturpada como princípio, que foi menosprezado e desmoralizado, sem o menor pudor, em prol da conquista de uma eleição.
A presidente da República precisa entender que o exercício da democracia plena, para ser respeitado, deve ser entendido como tal não somente no momento da votação, porque isso reflete a situação do país, com relação à economia, à política e aos fatores circunstanciais da campanha, quando, no caso concreto, os eleitores puderam ser influenciados pelas palavras dos candidatos, que nem sempre disseram a verdade e se expressaram com a dignidade e a sinceridade que se impõem num país civilizado e desenvolvido democraticamente.
Na atualidade, a mentalidade da população sobre o desempenho da presidente do país reflete a verdadeira situação dos fatos, sem retoques e sem falsidades, demonstrando que somente 8% de pessoas entrevistas aprovam o desempenho da petista e mais de 70% disseram que o governo é insatisfatório e sem capacidade para administrar o país, o que evidencia a atual democracia que deve ser respeitada, por refletir a exata vontade da maioria absoluta dos brasileiros, que não suportam mais o desgoverno, pela demonstração de incompetência na condução das políticas públicas, principalmente no que se refere à economia.
Não há dúvida de que a verdadeira democracia conspira contra a continuidade da petista na administração do país, a considerar que a maioria absoluta do povo não tolera a permanência dela no poder, ante a exaustão dos malefícios na condução das politicas públicas, com destaque para a economia e a desconfiança sobre o porvir, cujos reflexos são extremamente perniciosos e prejudiciais aos interesses do país e dos brasileiros. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 06 de setembro de 2015

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