domingo, 27 de setembro de 2015

Impeachment como assepsia

O presidente da Câmara dos Deputados apresentou, em plenário, o roteiro ou a fórmula para a tramitação de pedidos de impeachment contra a presidente da República, que consiste em um conjunto de regras processuais, com detalhamento sobre prazos para recursos e quórum de votação.
O texto faz parte da articulação formulada por partidos de oposição para que os pedidos de impedimento da petista assumam caráter coletivo e evitem que sejam vinculados apenas ao mencionado presidente, sabidamente desafeto do Palácio do Planalto.
Na forma da lei, compete ao presidente da Câmara a prévia definição se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment, embora, nos bastidores, já há articulação no sentido de que a decisão final das solicitações de afastamento da petista seja transferida para o plenário, onde os partidários do impeachment garantem a existência de votos suficientes para a aprovação do processo pertinente.
O presidente da Câmara já estabeleceu o roteiro idealizado para a análise monocrática de três solicitações de impeachment por semana, até chegar, no final de outubro, ao pedido considerado mais forte e encampado pela oposição, que leva as assinaturas conjuntas de um ex-petista e de um célebre jurista constitucionalista.
O presidente da Câmara não admite, de forma ostensiva, porém o cronograma de avaliação dos pedidos conta com a possibilidade de a situação política do governo se agravar de forma progressiva, notadamente com as decisões sobre as chamadas pedaladas fiscais pelo Tribunal de Contas da União e as irregularidades na prestação de contas referentes à última campanha eleitoral, pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O peemedebista não quis se manifestar sobre a possibilidade de a presidente do país ser responsabilizada agora por atos ilegais cometidos no primeiro mandato, preferindo deixar a situação em aberto porque considerou que questionamento dessa ordem "não se reduz a uma questão de procedimento ou interpretação de norma regimental".
Em consonância com o julgamento feito pelo Supremo Tribunal Federal, com relação ao caso do presidente alagoano afastado do Palácio do Planalto, cabe à Câmara analisar a admissibilidade da denúncia e declarar a procedência ou não da acusação, enquanto o Senado Federal atuará como tribunal de julgamento do processo propriamente.
Conforme mostram os fatos, a presidente da República não teve capacidade para evitar a quebra do Brasil e de rebarba a da Petrobras, à vista das desastrosas e deletérias políticas adotadas na sua gestão.
Diante disso, o único remédio, que não chega a ser nada amargo, diante dos danos causados pela presidente petista ao país e aos brasileiros, é o seu afastamento do Palácio do Planalto, para onde ela jamais deveria ter sido colocada, à vista de a sua malograda gestão empurrar o país para a terrível recessão econômica, a dramática dilapidação das contas públicas e a desmoralização dos princípios republicanos.
          É evidente que a continuidade da petista no trono presidencial somente contribuirá para agravar as dificuldades econômica, política e administrativa, ante a sua indiscutível incapacidade gerencial, já demonstrada, de contornar as crises de toda ordem.
O presidente da Câmara deve levar em conta, para decidir sobre a abertura do processo de impeachment, além dos fatos relevantes, a ardente e soberana vontade do povo, que é amplamente favorável à medida extrema, por se traduzir em alternativa plausível para a salvação da pátria, que se encontra em frangalhos e sem perspectivas de voltar aos trilhos da normalidade, à vista das precariedades de suas estruturas, que foram destroçadas ao longo das desastradas políticas e ações executadas pelo governo petista, com seus programas de cunho visivelmente populista e eleitoreiro, como forma de garantir a manutenção de seus projetos de governo, visivelmente de cunho populista e eleitoreiro, tendo por meta a consecução de seus objetivos de dominação absoluta da classe política e de perenidade no poder.
Não há a menor dúvida de que a sociedade se encontra saturada e esgotada com o sistema ultrapassado e obsoleto instituído pelo PT, por ter implantado a sua República particular, em sede no Brasil como a sua capitania hereditária.
Diante disso, os brasileiros concitam por que haja mudança, o quanto antes possível, dos sistemas político-administrativos do país, sendo que o impeachment da presidente da nação se apresenta, induvidosamente, como medida ideal e plausível para a limpeza da sujeira, ineficiência e incompetência que imperam com desenvoltura, de maneira muito prejudicial, na gestão pública, ante a possibilidade do aperfeiçoamento e da modernização das atividades administrativas, de modo a se permitir a persecução do tão ansiado desenvolvimento do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de setembro de 2015

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