O ex-governador do Ceará e atual pré-candidato à
Presidência da República fez duras críticas sobre o posicionamento de
dirigentes petistas que estão defendendo alianças com partidos que apoiaram o
impeachment da presidente cassada.
Na
opinião dele, o ex-presidente da República petista é o "culpado" pela ascensão do PMDB ao
Palácio do Planalto.
O
político cearense, que foi ministro da Integração Nacional durante o primeiro
mandato do petista, também criticou que o grupo político do ex-presidente
"anda confraternizando com essa
gente".
O
ex-governador cearense declarou que "O
PT votou no Eunício para a
presidência do Senado. Como é que a gente diz para o povo que houve 'golpe' e,
ato contínuo, pratica a contradição de confraternizar com o chefe dos
'golpistas'? O presidente do Senado que praticou o golpe era o Renan Calheiros
(PMDB-AL). Não é possível que quem tenha essa fidelidade ao povo doure a
pílula. É por que vai ser candidato? Romero Jucá (PMDB-RR) vai ser líder de
novo? Meirelles, ministro da Fazenda? Comigo não, violão".
Sobre
possíveis alianças para a disputa à Presidência da República, o ex-governador
afirmou que "não confraterniza com
golpista". Porém, disse que o momento se compara "ao treino livre de Fórmula 1. Tá todo mundo
correndo sozinho na pista, conhecendo o circuito. O grid, ou seja, os tempos,
só em março". Com informações do Estadão Conteúdo.
Os
fatos mostram que, nos últimos governos, as alianças político-partidárias nunca
foram feitas em benefício do Brasil e dos brasileiros, mas sim elas tiveram por
pressuposto exclusivamente o atendimento e a satisfação dos interesses
partidários e pessoais, sempre com o cristalino e decidido propósito da
conquista do poder e da dominação das classes política e social, em
indiscutível prejuízo da competência e da eficiência na administração pública,
conforme mostram os fatos fisiológicos revestidos de incompetência e irresponsabilidades.
É
preciso sim censurar e criticar, com veemência, a atitude dos homens públicos
que praticam tais atos de conveniência política, porque eles sintetizam a
confirmação da realidade nua e crua, que fortalece, pleito após pleito, a nefasta
cultura política tupiniquim, nesse sentido de se atingir os objetivos pessoais
e partidários, com emprego de recursos públicos, em clara distorção das autênticas
finalidades públicas.
Talvez
a crítica feito pelo político cearense, quanto à forma decadente de se fazer
política possa ser motivada em razão de ainda ele não ter encontrado alguém
disposto a se comprometer com tal prática, mas, se surgir a oportunidade,
certamente que ela será imediatamente aceita e formalizada, porque isso é do
próprio DNA dos políticos brasileiros.
A
partir do momento em que houver conscientização de que as atividades políticas
têm exclusiva relação com o bem comum e o interesse público, essa forma espúria
de coligação passa a perder sentido, ante a ingente necessidade da valorização
das práticas políticas sadias e benéficas ao espírito da moralização, que precisam
ser imbuídas dos princípios da seriedade e da legitimidade próprias delas.
Em
se tratando de partido que tomou gosto pelo poder, a sede por aliança nada
republicana e democrática se encaixa perfeitamente no seu perfil de defensor do
fisiologismo vergonhoso e escrachado e dos conchavos próprios dos ensinamentos popularizados
da sua ideologia, que tudo se fará para a retomada do poder, não importando os
fins para se atingir os meios.
Compete
aos brasileiros, em respeito aos princípios da ética, da moralidade, da
seriedade, da dignidade e do decoro, sempre indispensáveis nas atividades
públicas, não permitirem, por meio do sufrágio universal, que políticos sem
escrúpulos e hipócritas, continuem formalizando espúrias alianças políticas
visivelmente revestidas de interesses pessoais e partidários, em total
dissonância com o interesse nacional, tendo por finalidade tão somente a reconquista
do poder e a dominação das classes política e social. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 17 de novembro de 2017
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