Um apresentador de programa de televisão se
transformou, de repente, em verdadeiro fenômeno eleitoral, depois de pesquisa
mostrar que ele reúne excelente perfil de bom e capaz gerenciador da coisa
pública, na forma da excepcional aceitação de seu nome para a cargo de
presidente da República, que se associa à baixa rejeição, cujos requisitos têm
sido importantes indicativos para o fortalecimento da sua pré-candidatura.
Em que pese se tratar de manifestação benfazeja
quanto à aceitação do seu nome, o próprio apresentador global já anunciou que declina
da postulação à Presidência da República, notadamente em razão do alvoroço que
esse fato provocou no cenário político, por ter mexido no íntimo da velharia
política, diante do abalo causado nas suas estruturas, com o ingresso de
candidato descompromissado com a desmoralização do país, que se tornou crônica.
Na atualidade, esse fenômeno eleitoral surge com a
força capaz de desestruturar as bases políticas acostumadas com a normalidade
do ambiente altamente contaminado e desacreditado da classe política, diante da
possibilidade da apresentação de candidato com perfil diferente do que se
encontra de podre e poluído.
A verdade é que o eleitor está ávido por alternativa
capaz de sair dessa encruzilhada do centralismo e da polarização radical da
esquerda e da direita, enquanto a primeira se acha a luz da verdade e o vetor
da competência administrativa, cujos resultados conhecidos só sinalizam para
péssimos augúrios e nada animador.
Há que se notar que a gestão esquerdista recente
deixou legado lamentáveis de rombos nas contas públicas, recessão econômica,
exacerbação das dívidas públicas, altas taxas de desemprego, queda na
arrecadação, inflação alta, ausência de
investimentos público e privado, desindustrialização, péssima prestação dos
serviços públicos, desprezo à infraestrutura, perda do grau de investimento,
resistência às reformas conjuntural e estrutural, entre muitas outras
precariedades de dimensão alarmante, que foi capaz de contribuir para o gigantesco
retrocesso do desenvolvimento socioeconômico, que não pode ficar à mercê da
extrema incompetência da atual classe política, que é completamente incapaz de reciclagem,
preferindo continuar patrocinando o status
quo do obsoletismo, em detrimento da nação e de seu povo.
Ao contrário, o apresentador global, em princípio, tem
cara de bom rapaz, que, ao lado da mulher comunicadora global, apresenta-se
como a família perfeita e ainda tem a índole de promover ações sociais em seus
programas de TV de extenso alcance, fatos que contribuem para se intuir que se
trata da pessoa certa no lugar certo e ainda no momento propício, em que o país
atravessa crise homérica pela falta de credibilidade entre os homens públicos,
à vista do indiscutível desgaste resultante do retrógrado modelo político, que
foi transformado em instrumento perfeito para a realização dos objetivos pessoais
e partidários, em detrimento das reais finalidades públicas.
A última pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos mostra
que o apresentador de televisão é a pessoa mais bem avaliada entre 23 nomes
submetidos ao eleitor, com a aprovação de 60% e apenas 32% de reprovação.
É evidente que esse desempenho tem o condão de
causar alvoroço e preocupação no seio dos políticos que já contam como favas
contadas a vitória eleitoral, imaginando a fidelidade de seus eleitores, a exemplo
de candidato que lidera a intenção de voto, que se adiantou para dizer que seu
“maior desejo na vida” era “disputar com alguém com o logotipo da Globo
na testa”, esquecendo ele que o povo anseia por urgente renovação dos
hábitos políticos e nada melhor do que colocar todos os políticos dentro de um
caldeirão e submetê-los à trempe capaz de depurar o que realmente possa ser
usado em proveito do interesse público, com o que certamente restará muito
pouca coisa útil e benéfica à nação.
É preciso sim que o caldeirão eleitoral seja
aquecido na temperatura capaz de mexer com os brios dos brasileiros, que não
podem permanecer ad aeternum na sua
catalepsia política de aceitar que a classe política dominante, com suas
mentalidades ideológicas ultrapassadas, continue influenciando nas sucessões
eleitorais, quando o país dá visível mostra de que o status quo nada mais é do que forma de retrocesso e descompasso do
desenvolvimento.
Segundo a revista ISTOÉ, um marqueteiro teria
elaborado plano de campanha para o apresentador, contendo os elementos
essenciais de candidato imune aos vícios da política tupiniquim, mostrando que
ele seria outsider (puro sangue) na política moderna, ou seja, “o único totalmente imune aos vícios da velha
política” e o indivíduo pronto e acabado “da oxigenação política tão acalentada pela população”.
Não obstante, lamentavelmente para os brasileiros, essa
notícia vinda do próprio apresentador põe panos quentes nas melhores expectativas
para o país, ao afirmar que não vai encarar essa pedreira, certamente por achar
que, na atualidade, o conteúdo do caldeirão Brasil vai além das suas
capacidades de tolerância e compreensão com essa insuportável classe política dominante.
Uma pessoa ligada ao apresentador disse que “Ele é novo, não é de se deixar seduzir por
qualquer canto de sereia, e sabe que não precisa necessariamente se candidatar
nesse momento. Como tudo o que fez na vida, Huck está construindo algo sólido e
perene, no afã de levar jovens e cabeças pensantes a discutir o Brasil”.
É muito importante a ascensão meteórica do
apresentador em causa, por mostrar, em boa hora, o despertar da sociedade, que
não aceita mais sintoma errático da atualidade, em que a desmoralização e a
desconfiança protagonizadas pelos políticos tradicionais são realidade
incontestável, mas eles simplesmente insistem em negar os fatos, que foram e
são revelados por instrumentos seguros e avançados de investigação, que não
deixam dúvidas quanto à materialidade sobre os casos denunciados e sua negação é
absolutamente inadmissível, na atualidade, quando é preciso sempre prevalecer a
verdade, que é forma natural apropriada para o relacionamento entre pessoas
honestas e civilizadas.
A
se confirmarem as excelentes perspectivas com o ingresso do apresentador de
televisão na vida político-eleitoral, logo encarando o principal cargo do país,
pode-se dizer que a vida pública brasileira se transforma de água para o vinho,
de primeira qualidade, cuja oxigenação transcende às melhores expectativas,
considerando que o Brasil, com as suas pujantes riquezas humanas e econômicas,
com toda sinceridade, não merece, não mais merece mesmo, quadro tão medíocre de
homens públicos, com histórico na vida pública riquíssima de fatos que não
condizem com a relevância da grandeza da República, que vem há muito tempo
implorando por extraordinária mudança, em termos de renovação por mentalidade
de estadista que tenha condições de pensar o novo Brasil, por meio de
características transformadoras, representadas pela real vontade de
reestruturação começada da base, dos alicerces, pensando o país com a ideia de
sepultamento das políticas e dos políticos que estão contribuindo, de forma
efetiva, para a completa destruição do país, considerando que as mentalidades
políticas, ideológicas e administrativas são modelo de retrocesso, arcaísmo,
obliquidade e demais adjetivos sinônimos de obstáculos ao desenvolvimento
socioeconômico do país.
Os
brasileiros precisam realmente refletir exatamente quanto à enorme contribuição
nefasta, maléfica, prestada pelos homens públicos com mentalidades medíocres e
retrógradas, porquanto as suas influências e os seus poderes têm o condão de impedir
a modernidade, o aperfeiçoamento, o avanço de qualidade dos sistemas
político-administrativos vigentes, exatamente por eles se adequarem
perfeitamente às suas ideologias políticas obsoletas de absoluta dominação das
classes política e social e de conquista do poder e de permanência nele, ad aeternum, em forma de consolidação
dos vetustos sistemas populista e caudilhista próprios das ultrapassadas
republiquetas, que preferem que seu povo seja objeto de permanente dependência
de migalhas do Estado.
É
preciso sim que haja urgente mudança no sistema político, com o ingresso de
brasileiros com espírito público totalmente renovador, com o propósito de
revolução das velhas políticas, que somente interessam aos péssimos,
interesseiros e aproveitadores políticos que se especializaram em utilizar
recursos públicos em benefício pessoal e partidário, em detrimento do interesse
público, a exemplo do escândalo do petrolão, cujo resultado tem contribuído
para a instabilidade política e a consolidação dos obstáculos ao
desenvolvimento socioeconômico do país.
Urge que os brasileiros se conscientizem sobre a
necessidade de renovação na política, de modo que seus representantes políticos
sejam escolhidos entre aqueles que demonstrem possuir experiência e
conhecimento das atividades político-administrativas, como forma de
possibilitar que as suas atuações correspondam de forma adequada aos
sentimentos de responsabilidade, zelo, integridade e engajamento cívicos e patrióticos.
Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de novembro de 2017
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