O
senador tucano mineiro disse que a "falência da política" é a
responsável pela pré-candidatura do apresentador global ao Palácio do Planalto,
tendo ele declarado, ipsis litteris: "É um pouco da falência da política, do
momento de desgaste generalizado pelo qual passa a política. O Luciano é um
sujeito muito capaz, inteligente, mas agora é preciso conhecer o que ele pensa
sobre as mais variadas questões que demandam a posição de um homem público. O
tempo é que vai dizer se ele está ou não preparado para esta missão".
Causa
espécie diante do fato de que o então amigo apresentador, mesmo tendo prestado
importante apoio ao tucano, na eleição presidencial de 2014, agora tem essa
amizade questionada, graças ao tempo político, que tem o condão de mudar o sentimento
das pessoas.
O
apresentador global vem intensificando sua candidatura à Presidência, conforme
mostra a sua participação com líderes do PPS, para discutir cenários eleitorais
e a filiação ao partido de membros do movimento Agora!, do qual participa e trata
de eventual candidatura do próprio apresentador.
A
opinião de pessoas que participaram das reuniões é de que as conversas foram
proveitosas e promissoras.
No
que se refere aos próprios destinos eleitorais em 2018, o tucano disse que
"estará nas urnas" no ano
que vem.
Ele
não quis adiantar o cargo que pretende se candidatar, mas afirmou não haver
"cogitação" de tentar vaga
na Câmara dos Deputados, conquanto o presidente do PSDB mineiro tenha dito que
o senador deverá concorrer ao Senado Federal ou ao governo de Minas Gerais.
Diante da tamanha estripulia protagonizada pelo
muito “esperto” político das Alterosas, chega a ser risível que ele tente se
passar como modelo de moralidade, ao declarar a falência da política pelo
simples fato do possível ingresso à vida pública de pessoa da intimidade dele,
dando a entender que a devassidão que grassa no mundo político não tem nada a
ver com o que faz ou deixa de fazer.
Em princípio, o senador tucano não tem moral para
falar sobre o ingresso do apresentador na política, que nunca esteve tão
carente de sangue novo e de oxigenação, diante do processo degenerativo e de
aviltamento imposto pelos corruptos profissionais, que se locupletaram em nome
da política.
O próprio
político mineiro é um dos maiores responsáveis pela falência e degeneração da
política brasileira, diante das negociatas, alianças espúrias, envolvendo
vergonhosos fisiologismo e desvio de recursos públicos, sempre em nome do
enriquecimento ilícito, da conquista do poder e da perenidade nele, além do
explícito propósito da dominação das classes política e social, em detrimento
da satisfação do bem comum e do interesse público.
A verdade é que nem o senador mineiro
e a maioria esmagadora dos políticos brasileiros têm o mínimo de credibilidade para
se manifestar sobre a qualidade do momento político e muito menos sobre o
ingresso de força jovem nas atividades político-partidárias, cabendo exclusivamente
ao povo dizer se é importante ou não a mudança, a substituição dos atuais
representantes dos brasileiros, considerando que, pior do que isso, é impossível
e qualquer ingresso de cidadão de boa vontade certamente que será benéfico para
o país.
Em síntese, a verdadeira falência da
política mesmo é o homem público ser flagrado negociando "empréstimo"
transportado em mala recheada de dinheiro e ainda continuar nos holofotes da
imprensa, atraindo as luzes para si, como se nada tivesse acontecido de anormal
e de dissonante com os princípios republicano e democrático, criticando possível
mudança de ares nas sujeiras impregnadas no atual cenário político.
O
mais grave e deplorável de tudo isso é se perceber que, apesar da inadmissível
traição ao povo mineiro e brasileiro, ainda há a maligna insinuação de que
pessoa com índole indecorosa pretende se candidatar a cargo nobre da República,
se fosse normal a esculhambação dos princípios da ética, da moral, do decoro,
da dignidade, entre outros que são essenciais no exercício de cargos públicos
eletivos.
Os brasileiros, atentos aos salutares
princípios republicano e democrático, a par da consciência cívica e de
brasilidade, precisam avaliar, com o máximo de rigor, a índole dos homens
públicos tupiniquins, não permitindo que aqueles que são contumazes
dilapidadores dos conceitos de idoneidade e conduta moral continuem na vida
pública, a tripudiarem da dignidade do povo, de quem emana o poder delegado a
pessoas insensatas e irresponsáveis, imaginando que a população não passa de um
bando de ingênuos e desinformados. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de novembro de 2017
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