Uma famosa jornalista,
especialista em economia, publicou artigo no jornal O Globo, onde faz duras críticas ao conhecimento do deputado
federal do PSC-RJ, considerado ultradireitista, em relação à economia.
A
jornalista ressalta, no texto, que o pré-candidato, ao ser questionado sobre
dívida pública, disse que chamaria os credores.
Na
opinião dela, a resposta foi "sem
noção" e que o deputado acaba por se alinhar às crenças do PT, ao
adotar, segundo ela, o pensamento "nacional-estatismo
dos governos militares. É preciso
desconhecer coisa demais para dar uma resposta dessas. Todos os brasileiros que
aplicam em títulos da dívida são credores".
Em
resposta às críticas provocadoras da jornalista, o parlamentar, com a
truculência que lhe é peculiar, disse que "Míriam Leitão diz que Bolsonaro não sabe nada sobre economia. Esta faz
jus ao sobrenome! Miriam Leitão, a
marxista de ontem, continua a mesma. Se eu chegar lá vai querer lamber minhas
botas, como fez com todos que chegaram ao Poder. Seu lugar é no chiqueiro da
História".
Por
prudência, quem quer ser presidente do país precisa ter o senso da moderação
nos seus comentários, dando as respostas adequadas aos seus acusadores e
questionadores, na melhor forma recomendada pelas boas educação e diplomacia,
porque é assim que isso precisa repercutir com a elegância de verdadeiro
estadista que sabe contornar as situações que, em princípio, lhe são
desfavoráveis, como no caso sublinhado pela famosa jornalista especialista em
economia, que realmente foi bastante cruel e mordaz com relação à ignorância
demonstrada pelo pré-candidato, logo na área de atuação dela.
É
até provável que o deputado ultraconservador entenda que seu estilo
bate-rebate, com a reação superior à ação, seja adequado para os padrões ideais
de mandatário que ele enxerga para o país da modernidade do século 21, mas é preferível
que ele se inteire que isso precisa ser moderado, mudado com a necessária urgência,
porque os brasileiros sensatos preferem que o verdadeiro estadista seja aquele
que tenha a sensibilidade de compreender o exato sentido da crítica, que pode
ter a intenção de construir, mostrando que o candidato precisa evitar dar sua
opinião sobre fatos ao qual ele não esteja no seu completo domínio e isso é
absolutamente natural, mesmo porque ele não tem a obrigação de saber e entender
sobre tudo.
É
evidente que ele não é obrigado a ser gênio para conhecer e dominar todos os
assuntos que precisará decidir sobre eles, na abrangência das relevantes matérias
da incumbência do presidente da República, mesmo porque ele contará com o
assessoramento técnico de, pelo menos, 25 a 30 ministros, que, em princípio,
devem ser escolhidos entre aqueles que são especialistas nas respectivas áreas
das políticas públicas, desde que ele, se eleito, tenha inteligência e sensatez
de governar o país com competência e responsabilidade, evitando os execráveis
fisiologismo e toma lá, dá cá, próprios dos últimos governos incompetentes e
despreparados, que contribuíram, de forma efetiva, para as completas
desmoralização e precariedade na prestação dos serviços públicos da incumbência
do Estado.
Aconselha-se
não somente ao deputado ultradireitista, mas aos demais candidatos à
Presidência da República, que tenham por hábito o estilo de verdadeiro
estadista, que é bem diferente do político comum, que pode dizer e falar o que
vem à mente, mas aquele precisa ser ponderado e sábio nas suas palavras e
atitudes, procurando ser cauteloso e prudente nas suas intervenções, a par de
primar pelas educação e diplomacia quando criticado e questionado, porque isso
faz parte do princípio democrático, em demonstração de compreensão e de
respeito ao ser humano, que muitas vezes quer exatamente testá-lo quanto ao seu
sentimento de tolerância e de compreensão sobre os assuntos inerentes ao
espinhoso cargo de presidente da República.
Convém
que os candidatos ao Palácio do Planalto sejam exemplo de dignidade, civilidade
e humanismo, partindo-se da compreensão sobre as críticas, que são naturais
diante da relevância da responsabilidade que eles escolheram para o seu
desempenho, que não condiz com estupidez nem com intolerância, a ponto de ser
inadmissível a arrogância demonstrada nas palavras de que alguém vai querer
lamber as botas do mandatário, porque isso pode evidenciar o real nível de quem
não tem preparo e maturidade suficientes, em especial psicológico, para ocupar
o principal trono na nação, que precisa, acima de tudo, da polidez e da nobreza
dos príncipes, não para mostrar subserviência, mas sim para dizer que o Brasil,
com suas grandezas humanas e econômicas, entre outras, precisa de mandatário
realmente capaz, sábio, digno e elegante, em todos os sentidos, à altura da importância
desse cargo. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 17 de novembro de 2017
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