Nas
minhas crônicas, é visível a defesa da imperiosidade de os brasileiros se
despertarem para a prática dos salutares sentimentos de brasilidade, civismo e
moralidade, em demonstração de repulsa aos maus e inescrupulosos políticos,
principalmente aqueles que estão implicados na Justiça, em especial sob a suspeição
da prática de atos contrários aos
princípios da administração pública, de modo que eles possam ser orientados
pelo povo a suspenderem suas atividades políticas até a obtenção do indispensável
atestado de bons antecedentes, em confirmação da sua habilidade política e
administrativa, condizente com o exercício de cargos públicos eletivos, em
conformidade com o ordenamento jurídico pátrio.
O
que se pretende com isso é apenas tentar mostrar, com clareza, que as
atividades políticas exigem que os homens públicos estejam absolutamente no
estrito cumprimento das regras jurídicas sobre a comprovação de licitude e
imaculabilidade na vida pública, porque é exatamente assim como agem e atuam os
verdadeiros profissionais da política, nas nações sérias e civilizadas, onde o
povo é tratado com o devido respeito, no que se referem aos princípios de
civismo e cidadania.
A propósito disso, o senhor Geraldo Moisés de
Andrade, em demonstração de absoluto desprezo à sensatez, disse, em tom de indagação,
que “Que
medo é este de Lula? Ajude o Brasil a ser feliz de novo! Votando em Lula!”, em nítido acinte às pessoas que pensam diferentemente dele
e prezam o verdadeiro sentimento da moralização e dos bons princípios, uma vez
que declarar que não tem medo de político que se encontra preso, pela prática
de atos contra a dignidade na administração pública, é pura certeza de ser
feliz, quando é preciso se ter a plena consciência de que o simples fato do
encarceramento já não condiz com os melhores sentimentos de brasilidade e os salutares
princípios da moralidade e da civilidade.
Impende se afirmar que a avaliação sobre os
fatos da vida real exige o máximo de honestidade e compreensão ao ser humano,
sendo muito importante que as pessoas se manifestem sobre o que pensam, porque
se trata do direito individual da livre expressão de pensamento, inclusive
envolvendo o sentimento pessoal sobre seus ídolos, mas isso não implica juízo
de valor quanto ao que pensam os opositores, diante do natural respeito à
diversidade e à pluralidade, em harmonia com os saudáveis princípios
democráticos.
Ocorre
que, quem tem o mínimo de civismo no peito e amor no coração ao Brasil não tem
medo de absolutamente nada, mas é normal que tenha enorme temor, na consciência,
dos males que podem ser causados aos brasileiros pela gestão incerta e insegura
de pessoa que se encontra presa justamente por pesar sobre seus ombros as gravíssimas
acusações sobre os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sob o
currículo nada republicano e incorreto de já ter sido condenado à prisão pela
prática de atos desabonadores dos bons costumes na administração do país, o que
se exige, no mínimo, prudência, em termos de apoio a quem se encontra sob grave
suspeita de ilicitudes.
Não
bastasse apenas isso, o referido político ainda responde a mais cinco pesadas denúncias
perante a Justiça, igualmente pelas acusações da prática dos gravíssimos crimes referentes a corrupção
passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência, os
quais são, sob o prisma da moralidade pública imperante nos países sérios e
civilizados, notoriamente incompatíveis com a gestão da coisa pública e do patrimônio
dos brasileiros, ou seja, dissonante também com o exercício do relevante cargo
de presidente da República.
Esses
fatos, se acontecidos contra pessoa pública do nível de quem já exerceu o elevado
cargo de mandatário da nação, nos aludidos países, seriam mais do que
suficientes para as pessoas com o mínimo de sensibilidade política e moral republicana
repudiarem e simplesmente mostrarem a dignidade e o princípio de honestidade
que todo ser humano precisa honrar dentro de si, porque não passa de grotesca
insensatez que o homem correto, honesto sinta felicidade em ser representado,
em termos políticos e administrativos, por homens públicos completamente
implicados na Justiça, justamente por não terem conseguido demonstrar a sua
inculpabilidade acerca de acusações sobre denúncias de irregularidades pertinentes
aos seus atos na vida pública, o que é notoriamente natural em existindo
inculpabilidade material.
Isso
é clara e evidente demonstração de ilicitudes dissonantes com os princípios
republicanos e democráticos, que precisam ser evidenciados no cotidiano das
atividades político-administrativas, no âmbito das estritas responsabilidades
patriótica e cívica, porque, ao contrário disso, as consequências naturais são
as esculhambações e as desmoralizações reveladas pelas investigações levadas a efeito,
em que, infelizmente, os principais envolvidos não assumem, como devia, as
culpas e as responsabilidades pela tragédia causada ao Brasil.
Não
fica bem para o povo e muito menos para a nação que homens públicos tenham
qualquer suspeita sobre máculas pertinentes às suas atividades na vida pública
e de igual modo é da maior demonstração de decadência moral e pessoal que o
fato em si seja considerado normal por seus seguidores e representados
politicamente, porque isso tem o simbolismo de extrema promiscuidade, quanto
aos sentimentos de cidadania e civismo, contribuindo de forma deprimente para a
formação cultural do povo, além de ser péssimo exemplo como alicerces moral e
ético para a construção e a consolidação da democracia, que é a base para o
fortalecimento do sistema político sadio e útil à sociedade.
Não é despiciendo lembrar que os interesses do
Brasil, que são permanentes, precisam ser incessantemente valorizados pelos
verdadeiros brasileiros, porque, em quaisquer circunstâncias, ele têm
supremacia sobre os sentimentos pessoais devotados às lideranças políticas, haja
vista que estas são inegavelmente importantes, mas têm caráter de transitoriedade
e quase sempre agem em exclusiva defesa de causas pessoais ou partidárias, em claro
detrimento dos objetivos nacionais, situação esta que contradiz o dever e a
responsabilidade cívicas inerentes à atitude dos brasileiros de bem escolherem
os seus representantes políticos.
Em
país nenhum, a democracia se sustenta e muito menos tem condições éticas e morais
para progredir com base em pensamentos poluídos e fragilizados com a
consciência completamente desestruturada política e ideologicamente por parte
de seu povo, que é capaz, sem os menores escrúpulo e prudência, de considerar que a
nação possa ser feliz sob o comando de homem público condenado à prisão trancafiado
ao cárcere, justamente pela prática de crimes contrários aos princípios da
moralidade, honorabilidade, dignidade, entre outros indispensáveis à gestão precavida,
confiável, competente, eficiente e segura da coisa pública. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 7 de agosto de 2018
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