quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Estranhas práticas político-parridárias


Recentemente, a mídia noticiou acontecimento dando conta de que muitas pessoas seriam recrutadas para participação em movimento popular patrocinado pelo Partido dos Trabalhadores, que, para tanto, as recompensava com dinheiro, transporte e alimentação, algo, em princípio, não condizentes com a normalidade nas atividades político-partidárias.
Essa forma muito estranha de mobilização de pseudos simpatizantes é visivelmente ilegal, por ter a forte finalidade de concentração de pessoas em defesa de causa partidária, como se elas fossem voluntárias na tentativa de mostrar situação real, como se o povo tivesse tido a iniciativa de lutar por esse objetivo, mas a verdade é que tudo não passa de puras falsidade e mentira para apenas tentar impressionar a opinião pública por meio de método irregular e condenável, diante da legitimidade que precisa ser demonstrada pelas verdadeiras agremiações partidárias.
É impressionante como as pessoas que se dizem de bem, inteligentes e honestas possam se tornar coniventes com procedimentos indignos como esse, não se envergonhando em apoiar partido que não tem o menor recato em desmoralizar a classe pobre e ainda abusar dela, pagando migalhas para pessoas ingênuas e carentes fazerem papel de palhaço e falsos atores em espetáculo aviltante.
Ou seja, as pessoas simples são usadas para demonstrarem situação absolutamente forjada, em montagem ridícula, irreal e irregular, indiscutivelmente incompatível com a pureza da democracia moderna, além de haver nisso cristalina demonstração de incivilidade, diante do emprego de método não usual para a consecução de objetivos políticos, dando a entender que os fins justificam os meios.
Essa pouca-vergonha precisa ser eliminada das atividades políticas, cabendo ao Ministério Público apurar os fatos e, se for o caso, denunciar a quem de direito, porque isso em país sério, civilizado e evoluído caracteriza a materialidade de ato ilegítimo, exatamente por evidenciar aliciamento de pessoas estranhas para se passarem por militantes do partido, como forma de mostrar presença do povo que, ao contrário, fora seduzido por agrados vis, humilhantes e prejudiciais à dignidade do ser humano, fato passível de censura e condenação, por ser inadmissível, ante a normal evolução da humanidade.
E preciso repudiar, com veemência, fato dessa magnitude, porque se trata de procedimentos absolutamente reais e graves, mostrando a falta de respeito aos princípios humanos e democráticos, que exigem o máximo de lisura, por haver o envolvimento de atividades político-partidárias, que precisam respeitar o regramento jurídico aplicável à espécie.
É evidente que o partido que age sem o menor pudor e protagoniza espetáculo depreciativo dessa natureza não tem o menor temor de fazer algo da maior gravidade, até mesmo o diabo parasse  ganhar eleições, conforme já foi dito, certa feita, por lideranças máximas da agremiação, o que demonstra total desrespeito aos princípios da decência e da dignidade, que não podem ser desprezados, em hipótese alguma.
          Isso só demonstra a patente pobreza do Brasil, em termos políticos e democráticos, quando, em pleno século XXI, ainda é possível a constatação de episódio da pior qualidade, como esse protagonizado impunemente por partido que está muito mais preocupado com a promoção da sua imagem, pouco importando os meios utilizados para alcançá-la, não estando nem aí para a necessária e inafastável observância dos princípios ético e moral, que normalmente é exigida em sadias e evoluídas sociedades, que têm como essência o respeito à dignidade do ser humano, não se admitindo, em hipótese alguma, desvio de comportamento ético tendo como pano de fundo trapaça com o propósito de levar vantagens indevidas e censuráveis.
          Os brasileiros honrados precisam repudiar e condenar, por todos os meios, essa maneira de falsidade ideológica de trapaça, diante da indisfarçável manobra, em termos de prática política, que não pode ser concebida como se fosse normal, à luz da obrigatoriedade do cumprimento da legislação que exige respeito à legitimidade quanto às atividades político-partidárias. 
O certo mesmo é que se trata de ideia absolutamente revolucionária, no sentido mais pejorativo possível das práticas político-partidárias, diante de procedimento que não condiz com os comezinhos sentimentos de honestidade e legitimidade a serem emanados por agremiações políticas que precisam demonstrar somente práticas saudáveis, em estrita observância aos princípios republicanos e democráticos. Acorda, Brasil!
Brasília, em 30 de agosto de 2018

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