terça-feira, 28 de agosto de 2018

O bem de nossos corações


Dias atrás, deparei-me com uma imagem de político, em estado extremamente degradante, um tanto surreal para os padrões de normalidade ínsita do ser humano, descambando para a forte inclinação ao estilo macabro dos filmes de terror do famoso Zé do Caixão, a qual teria me causado forte impressão de desconforto e de tristeza, principalmente por imaginar que o autor do compartilhamento não teria sido alertado de que aquilo era capaz, como foi, de provocar, por parte de alguns, sentimentos não compatíveis com a dignidade do ser humano.
A verdade é que fui tomado, no momento, por impulso que me permiti ultrapassar meu limite de respeito aos sentimentos de meus respeitáveis semelhantes, por ter demonstrado ali a minha desaprovação à postagem que poderia ter sido evitada, evidentemente no âmbito do bom senso e da sensatez, porquanto não teria como não se sentir chocado com imagem que, a meu ver e salvo melhor juízo, não se compatibilizava com a dignidade e o respeito ao ser humano, não importando que a figura ali representada possa ser indigna do respeito de pessoas honradas, mas isso não seria suficientemente capaz de tamanha dramaticidade, que, queira ou não, aparentava ter exatamente o sentido de desprezo à figura humana, além de não contribuir absolutamente para coisa alguma.
Embora muito contrafeito, ainda consegui controlar as emoções e dizer ao querido irmão C. Ribeiro que aceitasse a minha opinião sincera, perdoando o meu atrevimento de pedir que seria de bom alvitre que a lamentável imagem fosse, se possível, sacada do Face, evidentemente pelos motivos elencados na minha amigável apelação, na forma ali expressa, mostrando todo meu carinho e respeito para com ele, porque isso é mais do que verdadeiro.
Acontece que a única surpresa que tive foi que, mais do que imediatamente, ele não somente providenciou a retida da infeliz imagem da página da internet, para o bem de nossos corações, mas ainda me escreveu o lindo poema abaixo, provando a grandeza do homem que é, em mostrar seu verdadeiro sentimento de cristão e pessoa amável e compreensível.
Eis aqui a referida mensagem: “Querido e admirável irmão Adalmir. Fui infeliz ao reencaminhar para o Facebook da Turma, uma postagem que recebi em 22 de agosto no nosso grupo do WhatsApp, ‘Panteras162 - Floripa 19’, ao qual você não tomou conhecimento por não fazer parte. Agradeço pela forma amigável, carinhosa e respeitosa, que me dirigiu sábias palavras a respeito dessa minha publicação. Não tenho palavras à altura e significativas que me permitam agradecer a você com justiça e com o devido merecimento, suas apresentações foram de valor inestimável para mim. Dessa forma, através da limitação de minhas meras palavras, quero lhe agradecer e pedir desculpas a você e a todos os demais irmãos. Forte abraço”.
É interessante como a pessoa que consegue dizer precisas e lindas palavras como as escritas acima, ainda tem a petulância, no bom sentido, de afirmar que “Não tenho palavras à altura e significativas...”, quando não somente elas, mas o seu gesto de grandeza de reconhecer que aceitava cândida e prontamente as minhas ponderações já era mais do que suficiente e completo para dizer tudo, em reafirmação do seu carinho por minha indevida, mas sincera lembrança sobre a necessidade que temos de respeitar o próximo, para termos o merecimento do respeito dos outros.  
Logo em seguida à belo texto acima, eu disse ao querido irmão C. Ribeiro, que meu coração se enchia de alegria em perceber que o amigo havia compreendido o verdadeiro sentido da minha mensagem, porque não esperava atitude diferente dele, ressaltando que eu tenho por ele sentimento de pessoa de primeira qualidade e de nível superior e que a amizade dele inspira muita segurança e confiança.
Disse a ele que eu jamais teria me excedido, como fiz, se não tivesse a absoluta certeza do seu caráter como pessoa e jamais eu teria dito aquilo para outras pessoas que não tivessem o nível dele, de receptividade e civilidade.
Na ocasião, deixei claro que não voltaria a me manifestar com tanta ênfase ou sem ela, como fiz na mensagem referida acima, porque tenho absoluta consciência de que não tenho direito de censurar ninguém e muito menos de fiscaliza quem quer que seja, porque o livre arbítrio foi dado por ninguém mais do que papai Jesus Cristo, que tem o poder celestial de nos fiscalizar e nos castigar, quando for preciso.
Por fim, disse a ele que a minha noite anterior tinha sido mal dormida, evidentemente diante da minha precipitada intervenção, com final feliz, que proporcional tranquila recuperada depois das palavras compreensíveis, sensatas e confortadoras vindas do querido irmão C. Ribeiro, a quem tenho o maior respeito, por sua postura como pessoa da melhor estirpe e, por esse motivo, tendo a certeza de que ele havia compreendido e percebido que a minha intenção era tão somente mostrar o verdadeiro sentido de sermos cristãos e ponderados em nossas atitudes, nessa seara do Senhor, que nos permite vivermos quanto mais melhor se tivermos amor no coração e, acima de tudo, se tivermos capacidade para compreender e respeitar o nosso semelhante.
Prezado irmão C. Ribeiro, reitero beijo no seu amável coração.
Brasília, em 28 de agosto de 2018

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