Dias
atrás, deparei-me com uma imagem de político, em estado extremamente degradante,
um tanto surreal para os padrões de normalidade ínsita do ser humano,
descambando para a forte inclinação ao estilo macabro dos filmes de terror do famoso
Zé do Caixão, a qual teria me causado forte impressão de desconforto e de tristeza,
principalmente por imaginar que o autor do compartilhamento não teria sido
alertado de que aquilo era capaz, como foi, de provocar, por parte de alguns, sentimentos
não compatíveis com a dignidade do ser humano.
A
verdade é que fui tomado, no momento, por impulso que me permiti ultrapassar
meu limite de respeito aos sentimentos de meus respeitáveis semelhantes, por
ter demonstrado ali a minha desaprovação à postagem que poderia ter sido
evitada, evidentemente no âmbito do bom senso e da sensatez, porquanto não teria
como não se sentir chocado com imagem que, a meu ver e salvo melhor juízo, não
se compatibilizava com a dignidade e o respeito ao ser humano, não importando
que a figura ali representada possa ser indigna do respeito de pessoas
honradas, mas isso não seria suficientemente capaz de tamanha dramaticidade, que,
queira ou não, aparentava ter exatamente o sentido de desprezo à figura humana,
além de não contribuir absolutamente para coisa alguma.
Embora
muito contrafeito, ainda consegui controlar as emoções e dizer ao querido irmão
C. Ribeiro que aceitasse a minha opinião sincera, perdoando o meu atrevimento
de pedir que seria de bom alvitre que a lamentável imagem fosse, se possível,
sacada do Face, evidentemente pelos motivos elencados na minha amigável
apelação, na forma ali expressa, mostrando todo meu carinho e respeito para com
ele, porque isso é mais do que verdadeiro.
Acontece
que a única surpresa que tive foi que, mais do que imediatamente, ele não
somente providenciou a retida da infeliz imagem da página da internet, para o
bem de nossos corações, mas ainda me escreveu o lindo poema abaixo, provando a grandeza
do homem que é, em mostrar seu verdadeiro sentimento de cristão e pessoa amável
e compreensível.
Eis
aqui a referida mensagem: “Querido e
admirável irmão Adalmir. Fui infeliz ao reencaminhar para o Facebook da Turma,
uma postagem que recebi em 22 de agosto no nosso grupo do WhatsApp, ‘Panteras162
- Floripa 19’, ao qual você não tomou conhecimento por não fazer parte. Agradeço
pela forma amigável, carinhosa e respeitosa, que me dirigiu sábias palavras a
respeito dessa minha publicação. Não tenho palavras à altura e significativas
que me permitam agradecer a você com justiça e com o devido merecimento, suas
apresentações foram de valor inestimável para mim. Dessa forma, através da
limitação de minhas meras palavras, quero lhe agradecer e pedir desculpas a
você e a todos os demais irmãos. Forte abraço”.
É interessante como a pessoa que consegue dizer
precisas e lindas palavras como as escritas acima, ainda tem a petulância, no bom
sentido, de afirmar que “Não tenho palavras à altura e significativas...”,
quando não somente elas, mas o seu gesto de grandeza de reconhecer que aceitava
cândida e prontamente as minhas ponderações já era mais do que suficiente e
completo para dizer tudo, em reafirmação do seu carinho por minha indevida, mas
sincera lembrança sobre a necessidade que temos de respeitar o próximo, para
termos o merecimento do respeito dos outros.
Logo
em seguida à belo texto acima, eu disse ao querido irmão C. Ribeiro, que meu
coração se enchia de alegria em perceber que o amigo havia compreendido o
verdadeiro sentido da minha mensagem, porque não esperava atitude diferente
dele, ressaltando que eu tenho por ele sentimento de pessoa de primeira
qualidade e de nível superior e que a amizade dele inspira muita segurança e
confiança.
Disse
a ele que eu jamais teria me excedido, como fiz, se não tivesse a absoluta certeza
do seu caráter como pessoa e jamais eu teria dito aquilo para outras pessoas
que não tivessem o nível dele, de receptividade e civilidade.
Na
ocasião, deixei claro que não voltaria a me manifestar com tanta ênfase ou sem
ela, como fiz na mensagem referida acima, porque tenho absoluta consciência de que
não tenho direito de censurar ninguém e muito menos de fiscaliza quem quer que
seja, porque o livre arbítrio foi dado por ninguém mais do que papai Jesus
Cristo, que tem o poder celestial de nos fiscalizar e nos castigar, quando for preciso.
Por
fim, disse a ele que a minha noite anterior tinha sido mal dormida, evidentemente
diante da minha precipitada intervenção, com final feliz, que proporcional tranquila
recuperada depois das palavras compreensíveis, sensatas e confortadoras vindas do
querido irmão C. Ribeiro, a quem tenho o maior respeito, por sua postura como
pessoa da melhor estirpe e, por esse motivo, tendo a certeza de que ele havia compreendido
e percebido que a minha intenção era tão somente mostrar o verdadeiro sentido
de sermos cristãos e ponderados em nossas atitudes, nessa seara do Senhor, que
nos permite vivermos quanto mais melhor se tivermos amor no coração e, acima de
tudo, se tivermos capacidade para compreender e respeitar o nosso semelhante.
Prezado
irmão C. Ribeiro, reitero beijo no seu amável coração.
Brasília,
em 28 de agosto de 2018
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