A ex-presidente da República petista lidera, com
folga, a disputa de uma vaga ao Senado Federal, pelo Estado de Minas Gerais, nas
eleições de outubro vindouro, conforme mostra pesquisa realizada recentemente
no estado, tendo em conta os nomes de 11 candidatos já confirmados por partidos.
O
levantamento, que foi publicado pelo jornal mineiro O Tempo, mostra que o nome da petista teria a preferência 26,8% dos
votos do Estado.
Nessa
pesquisa, foram somadas as respostas para as duas opções que cada eleitor terá que
fazer para o Senado, sendo que o outro postulante, na sequência à petista, teria
a preferência de apenas 11,2% das intenções de voto, que é menos da metade das
intenções em prol dela.
Embora
a petista esteja na liderança da pesquisa, ela também fica com a primeira
posição no ranking de rejeição, haja vista que 36,9% dos eleitores mineiros disseram
que jamais votariam nela.
A
propósito, convém que seja transcrita aqui uma célebre frase popular, bastante
conhecida de todo mundo, que diz exatamente o seguinte: “O coração tem razões que a própria razão desconhece.” Braise
Pascal.
Na
verdade, nesse imbróglio, tudo conspira contra os mineiros, por parecer que eles
se inspiraram nessa frase enigmática, porque, fora de dúvidas, os corações dos
mineiros estão impregnados com essa importante frase para tentar jamais justificar
o injustificável, ao resolver votar em candidata que já demonstrou, em português
claro e em letras garrafais, as suas extraordinárias incapacidade e
incompetência político-administrativas, quando esteve à frente do Palácio do
Planalto, onde foi alvo das piores críticas dos brasileiros, em termos de jeito
com a gestão da coisa pública.
Nessa
ocasião, ela teve importantes oportunidades para praticar as piores atrocidades
à administração do país, principalmente no que se refere à economia, a ponto de
ter sido defenestrada de lá justamente em razão da sua drástica gestão
administrativa, sendo responsável pelo mais grave rombo nas contas públicas,
com o gigantesco déficit superior a 100 bilhões de reais, que impactaram a
execução de importantes programas governamentais.
Ela
também colecionou o título de ter contribuído para o pior quadro recessivo da
economia, com as preocupantes consequências, em termos de indicadores
econômicos, como inflação alta, taxas de juros acima de dois dígitos, elevação
do desemprego, desindustrialização, queda de arrecadação, rebaixamento do grau
de investimento, péssima prestação dos serviços públicos, loteamento dos
ministérios e das empresas estatais, mediante alianças espúrias, falta de
investimentos em obras públicas, entre tantas outras demonstrações de péssima
gestora, tendo inaugurado, em razão disso, a maior impopularidade jamais
existente na história da República de uma presidente do país, cuja marca
negativa foi quebrada pelo seu vice-presidente, depois de tê-la substituído,
evidentemente.
Não
obstante, o pior de tudo é que ela foi a mentora das famigeradas pedaladas fiscais,
que consistiam na falta de pagamentos de despesas públicas, nas datas de
vencimento, prática essa totalmente vedada pela Constituição Federal, cujas
manobras financeiras contribuíram para a motivação do processo de impeachment
dela, diante da caracterização do crime de responsabilidade fiscal, exatamente
por infringência às normas de administração orçamentária e financeira, em
demonstração de extrema incapacidade para cuidar do patrimônio dos brasileiros.
É
bem provável que os mineiros vejam na petista alguma qualidade que os demais
brasileiros não conseguem enxergar e isso pode até justificar a preferência por
política que já demonstrou sua infinita incompetência como representante do
povo, salvo se os mineiros não tiverem ninguém mesmo em condições de dignificar
e valorizar o seu voto, o que pode se tratar de caso seríssimo e inusitado, em
se tratando que o estado de Minas Gerais tem sido celeiro de grandes homens
públicos, salvo alguns que, nos últimos tempos, somente cuidaram de enlamear a
história política do Brasil, em razão da prática de atos indignos e vergonhosos,
incompatíveis com a decência inerente às atividades públicas.
Caso
os mineiros confirmem a sua preferência pela consagração da petista ao Senado,
certamente que ficará registrado no anal da história mineira que um “poste”
teria conseguido se eleger novamente a cargo público eletivo, com a
magnanimidade deles, certamente a se confirmar o ditado de que realmente “O coração tem razões que a própria razão
desconhece.”, porque, nos tempos modernos, é a única justificativa
encontrada para se eleger pessoa que não apresenta as mínimas condições políticas
e muito menos capacidade administrativa.
À
toda evidência, a petista não merece delegação da mais expressiva relevância de
senadora da República, por ser absolutamente incompatível com as suas
qualidades políticas, à vista da sua experiência na Presidência da República, atestada
em face da comprovada gestão bastante desastrada, tendo como reflexo o
inevitável e justo afastamento dela do cargo presidencial, justamente por
incompetência e ainda por não ter tido conseguido reverter o descaminho das
políticas deletérias de seu governo, conforme mostravam, em especial, os
indicadores sociais e econômicos.
Abre-se
aqui um parêntese para ser registrado o sentimento de desânimo dos brasileiros,
em demonstração do quanto a classe política tem sido criticada justamente por
seu distanciamento da defesa do interesse público e da sua evidente aproximação
do atendimento de seus projetos políticos, além do indiscutível aproveitamento do
poder para usufruir o generoso tráfego de influência tão prejudicial à dignidade
às práticas políticas.
Não
há outro melhor momento do que este das eleições para a devida e necessária
depuração dos políticos que precisam ser eliminados da vida pública,
notadamente aqueles que se mostraram prejudiciais ao interesse público e que a
sua reinserção às atividades políticas seriam a reafirmação da incapacidade do
povo de se promover a indispensável moralização da administração do país,
também em termos de eficiência e competência.
Os
brasileiros que anseiam por que as atividades políticas sejam renovadas por
gerações capazes de defender o interesse público, por meio do seu trabalho
profícuo, produtivo e competente, esperam que os mineiros se conscientizem de
que é chegado o momento da renovação da atual classe política, que tem sido
completamente incapaz de alterar o status
quo, ante o já conhecido comodismo bastante prejudicial ao povo, porque ela
entende que é exatamente assim nesse verdadeiro marasmo que a administração pública
precisa funcionar, para o atendimento de seus objetivos políticos. Acorda,
Brasil!
Brasília, em 20 de agosto de 2018
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