O Presidente dos Estados Unidos rejeitou
divulgar comunicado preparado pela Casa Branca, que cognominava de
"herói" o ex-senador John McCain, morto no último sábado, com
quem ele manteve relacionamento político tenso, conforme noticiou o jornal Washington Post.
Após a morte do ex-senador, vários funcionários, entre eles a porta-voz da Casa
Branca e o chefe de gabinete, defenderam a divulgação de comunicado oficial no
qual o ex-senador era tratado como "herói" e elogiava o seu
serviço militar, em particular o desempenho no Vietnã, onde foi prisioneiro de
guerra.
Não
obstante, o presidente norte-americano não concordou com a versão final da
declaração e disse que preferia redigir a mensagem na sua conta da rede social
Twitter,
A
publicação no Twitter do presidente dos Estados Unidos expressava mensagem paupérrima
e mais sucinta possível, apenas dizendo: "mais profunda compaixão e respeito pela família", ou seja, nem
um mero desconhecido se sentiria tão desprestigiado com mensagem tão lacônica e
protocolar, totalmente dispensável, por ser singela e econômica como foi vazada,
que teria sido bem melhor se o porteiro da Casa Branca tivesse tido a
incumbência de enviar mensagem de pêsames.
A
decisão do presidente norte-americano simplesmente rompe com o protocolo
seguido pelos presidentes dos Estados Unidos que, por norma, enviam à
comunicação social nota de pesar na qual destacam as realizações e as conquistas
de personalidades proeminentes após a sua morte.
Os
dois últimos presidentes norte-americanos, um republicano e o outro democrata
deverão fazer discurso de despedida fúnebre durante a cerimônia, a pedido do
ex-senador.
A
imprensa informou que o ex-senador pediu especificamente que o presidente
norte-americano fosse impedido de participar da cerimônia fúnebre. Com
informações da Lusaweb.
Ao
contrário do que o presidente norte-americano imagina, ao impedir de serem
mostradas as qualidades de verdadeiro herói do ex-senador, ele evidencia o autêntico
tamanho da sua mentalidade política, de estadista sem sentimentos, vingativo e
antipatriota, mesmo porque ninguém melhor do que a imprensa daquele país para
dizer que a figura do ex-senador McCain é realmente digna de ser destacada, na
sua despedida terrena, como herói de guerra como foi verdadeiramente, por ter se
acidentado em queda do avião que pilotava, preso e torturado pelos inimigos,
quando lutava por sua pátria, em uma guerra das mais cruéis da história dos
conflitos bélicos, de onde ele saiu com graves sequelas em seu corpo.
O
presidente norte-americano perde importante oportunidade para homenagear um
autêntico herói compatriota, que deu, literalmente, seu sangue à pátria, sendo
merecedor do reconhecimento e da gratidão do povo norte-americano.
O
ex-senador McCain é digno de exemplo para seu povo, não somente por seus atos
de bravura de guerra, mas principalmente por ter contribuído, de forma digna e
elegante, para o desenvolvimento dos princípios democráticos, quando disputou a
Casa Branca em memorável batalha contra o ex-presidente Barack Obama, tendo
perdido o pleito para grande presidente, além de ter exercido, por 35 anos, com
destaque e desenvoltura, o relevante cargo de senador por seu país.
Brasília,
em 27 de agosto de 2018
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