segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Desrespeito à dignidade dos braileiros


A ex-presidente da República petista resolveu defender a candidatura de seu padrinho político à Presidência da República, nas próximas eleições, por entender que a retirada dele da disputa eleitoral seria o mesmo que assumir que ele é culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A petista repetiu o que o ex-presidente disse em seu último discurso antes da prisão, quando ele afirmou que “já não representava mais uma pessoa, mas sim uma ideia”. Ele estará nessa eleição - preso ou solto, morto ou vivo. Isso não é uma bazófia. É a expressão política de que eu não represento uma pessoa, eu represento uma ideia.”.
A ex-presidente aproveitou para também reclamar das condições em que o ex-presidente está detido, na sede da Polícia Federal em Curitiba, tendo declarado que “O Lula está preso numa solitária. Não bastaram prender o Lula. Também não querem deixá-lo falar. O próprio juiz responsável pelo caso não quer que ele fale. O Lula não pode falar porque ele muda a opinião das pessoas”.
A petista ressaltou que a rejeição ao seu líder vem caindo nos últimos meses e a ideia seria impedi-lo de conseguir mais apoio pular.
A ex-presidente disse que a última pesquisa do Datafolha mostra que o petista permanece forte, mesmo depois da sua prisão, tendo aproveitado para dizer que: “E nós não temos nada a ver com essa pesquisa. Não fomos nós que fizemos”.
A ex-presidente avaliou o quadro político, dizendo que o Brasil está mais distante de ter um candidato conciliador, já que, sem o petista no páreo, a primeira opção mais popular passa a ser o deputado federal ultradireitista.
A petista fez questão de criticar e atacar a mídia, acusando-a de ter sido ela uma das principais responsáveis pelo impeachment e pela prisão do ex-presidente, ao agir como órgão de justiça.
Não tem o menor cabimento que a ex-presidente acuse a imprensa como sendo uma das principais responsáveis pelos fatos lamentáveis do impeachment e da prisão do líder maior do petismo, quando falta sensibilidade e sensatez para ela assumir a culpa pessoal pelas pedaladas fiscais, que caracterizaram crime de responsabilidade fiscal, na forma preconizada na Carta Maior do país, e para, de igual modo o petista resolver aceitar que realmente se beneficiou das propinas pertinentes à aquisição e às reformas do tríplex de Guarujá (SP), por se trata de fatos concretos e consumados, à luz da materialidade das respectivas autorias robustamente  comprovadas nos autos pertinentes.  
É extremamente  estranho e inacreditável que uma nação com a grandeza do Brasil, com a norma legal dispondo, com a maior clareza, que é considerado inelegível aquele que for condenado por órgão colegiado da Justiça e ainda por cima estando preso, alguém que já foi presidente da República sair mundo afora afirmando que “Lula é o nosso candidato”, em claríssimos e estúpidos desafio e afronta ao ordenamento pátrio, às autoridades instituídas e às respeitáveis decisões judiciais.
 Além disso, há na candidatura de quem se encontra preso, por atos contrários aos princípios administrativos, notória demonstração de extremo desrespeito à dignidade dos brasileiros, pela indução a se votar em cidadão que não preenche os requisitos essenciais da democracia, que são os conceitos básicos da idoneidade e da conduta ilibada, como forma imprescindível e prudencial ao exercício de cargo público eletivo, em especial aquele considerado o principal da República.
Qualquer principiante em Direito Eleitoral se espanta e questiona, sob o prisma da normalidade e bom senso, como pode uma pessoa presa, condenada por crimes contrários dos princípios democráticos da moralidade e da dignidade, absolutamente na contramão dos alicerces de sustentação dos sentimentos de probidade administrativa, tem a indignidade de pretender ser candidato à Presidência da República, dando a impressão de que o Brasil não passa de uma republiqueta de quinta categoria, por mostrar cenário político deprimente e escandaloso sem par, à vista dos avanços e da modernidade que estão acontecendo com a humanidade do mundo civilizado.
A verdade é que, depois da desastrosa administração do país, nem essa cidadã nem ninguém que defende a ideologia desse partido somente teriam condições únicas de reconhecer o trágico legado e assumir todos os estragos causados ao patrimônio do Brasil e do povo, à vista dos fatos deprimentes legados pelos brasileiros.
É inacreditável a tentativa de mascarar e massacrar a verdade baseada em fatos concretos, principalmente no que aconteceu de horrível com o patrimônio da Petrobras, com o desvio de fortuna para os cofres de partidos políticos e para os bolsos de pessoas aproveitadoras e inescrupulosas, que não tiveram o mínimo de pudor em se beneficiar de propinas para enriquecimento pessoal e para a manutenção da bandidagem garantidora da absoluta dominação das classes política e social, além da permanência no poder, como forma de fruição das suas influências política e administrativa.
A verdade é que a revelação dos fatos deletérios que causaram estrondosos prejuízos não somente financeiros, mas notadamente desmoralizantes aos princípios republicanos, muitos políticos que estão mundo afora disseminando fatos e assuntos infundados e mentirosos jamais teriam condições de fazê-los se o Brasil fosse um país sério, civilizado e evoluído, em termos políticos e democráticos, porque é absolutamente impossível que, em uma nação moderna e de princípios moralizantes, pudesse admitir a existência de partido político implicado até a raiz com os fantásticos escândalos do mensalão e do petrolão, que se originaram, conforme mostram os levantamentos e as investigações, no âmago do PT.
Urge que os brasileiros tenham a obrigação, no âmbito dos seus deveres cívico e patriótico, de repudiar os atos deletérios protagonizados por partidos políticos e seus integrantes e de exigir que eles sejam definitivamente eliminados da vida pública, como forma de assepsia moral e lição disciplinar e pedagógica para as futuras gerações, que precisam e devem tomar conhecimento desses fatos horrorosos, para que as suas atividades políticas possam ter por bases princípios os mais purificados e ajustados à dignidade da administração do país. Acorda, Brasil!
Brasília, em 6 de agosto de 2018

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