A
ex-presidente da República petista resolveu defender a candidatura de seu
padrinho político à Presidência da República, nas próximas eleições, por
entender que a retirada dele da disputa eleitoral seria o mesmo que assumir que
ele é culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A
petista repetiu o que o ex-presidente disse em seu último discurso antes da
prisão, quando ele afirmou que “já não
representava mais uma pessoa, mas sim uma ideia”. Ele estará nessa eleição - preso ou solto, morto ou vivo. Isso não é
uma bazófia. É a expressão política de que eu não represento uma pessoa, eu
represento uma ideia.”.
A
ex-presidente aproveitou para também reclamar das condições em que o
ex-presidente está detido, na sede da Polícia Federal em Curitiba, tendo declarado
que “O Lula está preso numa solitária.
Não bastaram prender o Lula. Também não querem deixá-lo falar. O próprio juiz
responsável pelo caso não quer que ele fale. O Lula não pode falar porque ele
muda a opinião das pessoas”.
A
petista ressaltou que a rejeição ao seu líder vem caindo nos últimos meses e a
ideia seria impedi-lo de conseguir mais apoio pular.
A
ex-presidente disse que a última pesquisa do Datafolha mostra que o petista permanece
forte, mesmo depois da sua prisão, tendo aproveitado para dizer que: “E nós não temos nada a ver com essa
pesquisa. Não fomos nós que fizemos”.
A
ex-presidente avaliou o quadro político, dizendo que o Brasil está mais
distante de ter um candidato conciliador, já que, sem o petista no páreo, a primeira
opção mais popular passa a ser o deputado federal ultradireitista.
A
petista fez questão de criticar e atacar a mídia, acusando-a de ter sido ela
uma das principais responsáveis pelo impeachment e pela prisão do ex-presidente,
ao agir como órgão de justiça.
Não
tem o menor cabimento que a ex-presidente acuse a imprensa como sendo uma das
principais responsáveis pelos fatos lamentáveis do impeachment e da prisão do
líder maior do petismo, quando falta sensibilidade e sensatez para ela assumir
a culpa pessoal pelas pedaladas fiscais, que caracterizaram crime de
responsabilidade fiscal, na forma preconizada na Carta Maior do país, e para,
de igual modo o petista resolver aceitar que realmente se beneficiou das
propinas pertinentes à aquisição e às reformas do tríplex de Guarujá (SP), por
se trata de fatos concretos e consumados, à luz da materialidade das respectivas
autorias robustamente comprovadas nos
autos pertinentes.
É
extremamente estranho e inacreditável
que uma nação com a grandeza do Brasil, com a norma legal dispondo, com a maior
clareza, que é considerado inelegível aquele que for condenado por órgão
colegiado da Justiça e ainda por cima estando preso, alguém que já foi
presidente da República sair mundo afora afirmando que “Lula é o nosso candidato”, em claríssimos e estúpidos desafio e
afronta ao ordenamento pátrio, às autoridades instituídas e às respeitáveis
decisões judiciais.
Além disso, há na candidatura de quem se
encontra preso, por atos contrários aos princípios administrativos, notória
demonstração de extremo desrespeito à dignidade dos brasileiros, pela indução a
se votar em cidadão que não preenche os requisitos essenciais da democracia,
que são os conceitos básicos da idoneidade e da conduta ilibada, como forma
imprescindível e prudencial ao exercício de cargo público eletivo, em especial aquele
considerado o principal da República.
Qualquer
principiante em Direito Eleitoral se espanta e questiona, sob o prisma da
normalidade e bom senso, como pode uma pessoa presa, condenada por crimes
contrários dos princípios democráticos da moralidade e da dignidade, absolutamente
na contramão dos alicerces de sustentação dos sentimentos de probidade
administrativa, tem a indignidade de pretender ser candidato à Presidência da
República, dando a impressão de que o Brasil não passa de uma republiqueta de
quinta categoria, por mostrar cenário político deprimente e escandaloso sem
par, à vista dos avanços e da modernidade que estão acontecendo com a
humanidade do mundo civilizado.
A
verdade é que, depois da desastrosa administração do país, nem essa cidadã nem
ninguém que defende a ideologia desse partido somente teriam condições únicas
de reconhecer o trágico legado e assumir todos os estragos causados ao
patrimônio do Brasil e do povo, à vista dos fatos deprimentes legados pelos
brasileiros.
É
inacreditável a tentativa de mascarar e massacrar a verdade baseada em fatos
concretos, principalmente no que aconteceu de horrível com o patrimônio da
Petrobras, com o desvio de fortuna para os cofres de partidos políticos e para
os bolsos de pessoas aproveitadoras e inescrupulosas, que não tiveram o mínimo
de pudor em se beneficiar de propinas para enriquecimento pessoal e para a
manutenção da bandidagem garantidora da absoluta dominação das classes política
e social, além da permanência no poder, como forma de fruição das suas
influências política e administrativa.
A
verdade é que a revelação dos fatos deletérios que causaram estrondosos
prejuízos não somente financeiros, mas notadamente desmoralizantes aos
princípios republicanos, muitos políticos que estão mundo afora disseminando
fatos e assuntos infundados e mentirosos jamais teriam condições de fazê-los se
o Brasil fosse um país sério, civilizado e evoluído, em termos políticos e
democráticos, porque é absolutamente impossível que, em uma nação moderna e de
princípios moralizantes, pudesse admitir a existência de partido político
implicado até a raiz com os fantásticos escândalos do mensalão e do petrolão,
que se originaram, conforme mostram os levantamentos e as investigações, no âmago
do PT.
Urge
que os brasileiros tenham a obrigação, no âmbito dos seus deveres cívico e patriótico,
de repudiar os atos deletérios protagonizados por partidos políticos e seus
integrantes e de exigir que eles sejam definitivamente eliminados da vida
pública, como forma de assepsia moral e lição disciplinar e pedagógica para as
futuras gerações, que precisam e devem tomar conhecimento desses fatos
horrorosos, para que as suas atividades políticas possam ter por bases
princípios os mais purificados e ajustados à dignidade da administração do
país. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 6 de agosto de 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário