sábado, 18 de agosto de 2018

Os benefícios da democracia


Na atualidade, tem sido verdadeira banalidade descer o malho nos militares que, em final de março de 1964, tiveram a grandeza, o altruísmo e o destemor de atender ao clamor da sociedade, no sentido de livrar o Brasil da dominação comunista, comandada pela vilania da ditadura cubana.
Os editoriais e as manchetes bombásticas dos principais jornais da época deram destaque às matérias jornalísticas enaltecendo a proeza dos militares, em defesa dos interesses nacionais e da democracia, que foram perigosamente ameaçados pela sanha destruidora do comunismo, que contou com o apoio de antipatriotas, que não estavam preocupados com as consequências terríveis da transformação da democracia, das liberdades individuais, de expressão e pensamento, pelo ferrolho desumano que passaria a comandar os destinos dos brasileiros. 
Hoje, muitos brasileiros fingem ou preferem não querer saber como a imprensa tratava o presidente da República deposto, mas é importante que a verdade sobre os fatos de então seja transposta para a atualidade e sentir na pele a realidade dramática pela qual a nação brasileira esteve à beira do abismo, enfim, do colapso e certamente a história poderia ser narrada hoje com a tinta negra, carregada com a tristeza da amargura de dias tenebrosos e noites ainda muito mais enegrecidas, pelas marcas gravadas na memória daqueles que conseguiram superar as agruras do passado tenebroso, que foi salvo pela brava força dos militares.
Conforme pesquisa realizada pela jornalista Cristiane Costa, que conseguiu arrolar importantes manchetes publicadas nos jornais da época, conforme a seguir, é possível conhecer a real importância do golpe militar para os brasileiros.
Um jornalista, se referindo ao regime militar, disse no seu blog, verbis: “Você quer saber como a imprensa tratava o presidente João Goulart? Então, confira aqui a pesquisa da jornalista Cristiane Costa. Muito tem se discutido neste blog sobre o governo João Goulart e o golpe militar de 31 de março. Quem não viveu aquela época não tem uma real noção do que aconteceu. Por isso, vale a pena publicar a pesquisa da jornalista Cristiane Costa, postada originalmente no blog BrHistória. O levantamento mostra que a imprensa, praticamente sem exceção, apoiou a derrubada do presidente João Goulart, em função dos desatinos cometidos ao propor uma reforma agrária demagógica, que atingiria todas as grandes fazendas produtivas, num país onde não faltam extensas áreas improdutivas a serem cultivadas. Além disso, Jango queria derrubar a lei da oferta e procura, ao tabelar, também demagogicamente, todos os aluguéis nas áreas urbanas. Sem falar na quebra da hierarquia nas Forças Armadas. Estas foram as principais razões da queda, que teve expressivo apoio da classe média, como os jornais registraram.  É só conferir:..”.
Eis a seguir o magnífico resultado da pesquisa empreendido pela mencionada jornalista:
“O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta!” – (Do editorial “BASTA”, 31 de março de 1964 – Correio da Manhã – Rio de Janeiro)
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“Só há uma coisa a dizer ao Sr. João Goulart: Saia!” – (Do editorial “FORA!”, 1° de abril de 1964 – Correio da Manhã)
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“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade … Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas” - (Editorial do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 1º de abril de 1964)
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“Golpe? É crime só punível pela deposição pura e simples do Presidente. Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada.” – (Jornal do Brasil, edição de 1º de abril de 1964.)
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“Minas desta vez está conosco” (…) “Dentro de poucas horas, essas forças não serão mais do que uma parcela mínima da incontável legião de brasileiros que anseiam por demonstrar definitivamente ao caudilho que a nação jamais se vergará às suas imposições.” – (Estado de S. Paulo – 1º de abril de 1964)
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 “Multidões em júbilo na Praça da Liberdade. Ovacionados o governador do estado e chefes militares. O ponto culminante das comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte, pela vitória do movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração popular defronte ao Palácio da Liberdade. Toda área localizada em frente à sede do governo mineiro foi totalmente tomada por enorme multidão, que ali acorreu para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas (…), formando uma das maiores massas humanas já vistas na cidade” - (O Estado de Minas – Belo Horizonte – 2 de abril de 1964)
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“A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento” – (O Dia – Rio de Janeiro – 2 de abril de 1964)
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“Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas” – (Tribuna da Imprensa – Rio de Janeiro – 2 de abril de 1964)
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“Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada”… “atendendo aos anseios nacionais de paz, tranquilidade e progresso… as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-a do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal”. – (O Globo, 2 de abril de 1964)
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“Lacerda anuncia volta do país à democracia.” – (Correio da Manhã, 2 de abril de 1964)
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“A paz alcançada. A vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz e de vencer as graves dificuldades atuais. Não se pode, evidentemente, aceitar que essa perspectiva seja toldada, que os ânimos sejam postos a fogo. Assim o querem as Forças Armadas, assim o quer o povo brasileiro e assim deverá ser, pelo bem do Brasil” – (Editorial de O Povo – Fortaleza – 3 de abril de 1964)
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“Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a ancora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada …” - (O Globo – Rio de Janeiro – 4 de abril de 1964)
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“Feliz a nação que pode contar com corporações militares de tão altos índices cívicos” (…) “Os militares não deverão ensarilhar suas armas antes que emudeçam as vozes da corrupção e da traição à pátria.” – (Estado de Minas, 5 de abril de 1964)
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“A Revolução democrática antecedeu em um mês a revolução comunista”. – (O Globo, 5 de abril de 1964)
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“Pontes de Miranda diz que Forças Armadas violaram a Constituição para poder salvá-la!”  - (Jornal do Brasil, 6 de abril de 1964)
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“Congresso concorda em aprovar Ato Institucional”. – (Jornal do Brasil, 9 de abril de 1964)
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“Milhares de pessoas compareceram, ontem, às solenidades que marcaram a posse do marechal Humberto Castelo Branco na Presidência da República …O ato de posse do presidente Castelo Branco revestiu-se do mais alto sentido democrático, tal o apoio que obteve” – (Correio Braziliense – Brasília – 16 de abril de 1964)
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“Vibrante manifestação sem precedentes na história de Santa Maria para homenagear as Forças Armadas. Cinquenta mil pessoas na Marcha Cívica do Agradecimento” - (A Razão – Santa Maria – RS – 17 de abril de 1964)
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“Nota de Redação – Seis dias depois da derrubada de Goulart, a Tribuna da Imprensa de Hélio Fernandes foi o primeiro jornal a se posicionar contra o regime militar. Depois, o Correio da Manhã de Paulo Bittencourt também foi para a oposição. Mas todos os outros destacados órgãos da chamada grande imprensa seguiram apoiando indefinidamente a ditadura, como fica demonstrado nesses dois editoriais que seguem abaixo, também pesquisados pela jornalista Cristiane Costa: “Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o País, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades”. – (Editorial do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 31 de março de 1973).
“Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”.  – (Editorial assinado por Roberto Marinho, publicado no jornal” O Globo”, 7 de outubro de 1984, sob o título ’Julgamento da Revolução’)”.
À toda evidência, à luz dos fragmentos de notícias estampadas nos jornais da época, conforme transcritos acima, pode-se afirmar, com absoluta segurança, que o meteórico governo comunista brasileiro, anterior a abril de 1964, quando o então presidente decidiu recorrer aos grupos de esquerda para implementar as pretendidas reformas políticas, evidentemente contrariando as forças da direita, foi desastroso e trágico, porque conseguiu levar o Brasil ao abismo profundo e às crises que resultaram na intervenção ou, como queiram no golpe militar, com gravíssimos reflexos aos princípios democráticos.
Em que pese o estrondoso fracasso da experiência socialista vivida no Brasil, que teve como principal reflexo a divisão social e a insatisfação generalizada em todo país, as esquerdas brasileiras ainda insistem nessa famigerada ideologia que não conseguiu demonstrar senão a ruína das nações onde ela existe e a destruição do seu povo, porque a sonhada igualdade social não passa de engodo e utopia, porque somente a classe dominante se beneficia, enquanto a sociedade em geral padece no inferno do totalitarismo do regime ditatorial, onde prevalece o rigoroso controle do Estado sobre tudo e todos.
Conforme mostram os fatos, não há a menor necessidade de ser inteligente e sábio para compreender que os momentos que antecederam o golpe militar de 1964 foram preocupantes ao extremo, diante da adiantada volúpia dos comunistas em implantar esse famigerado regime no Brasil, que assim passaria a se chamar simplesmente de República Comunista do Brasil, com as consequências desastrosas e dramáticas próprias dos países onde essa peste ideológica tem assento, em que a população perde não somente a dignidade, mas também a liberdade e a individualidade, passando a vegetar, diante da privação dos direitos humanos e dos princípios democráticos.
É oportuno ser transcrito um dos trechos acima, que bem representa o sentimento reinante nos governos militares, que pecaram pela longa permanência no poder, mas valeu pela sua persistência em fazer sempre o melhor pelo e para o  Brasil, além de não ter permitido a transformação do país numa República comunista: “Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o País, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades”.
Outra manchete marcante merece ser pinçada entre tantas expressivas e reproduzida a seguir, por sua magistral tradução da fidelidade dos fatos de então, que dizem exatamente o contrário do que os esquerdistas antipatriotas tupiniquins disseminam na atualidade, porque esse texto representa forte sentimento da daquela época, que muitos brasileiros ainda insistem em desprezar com meras mentiras, na tentativa de mascarar a bravura dos destemidos militares integrantes das Forças Armadas.
Eis o aludido excerto: “Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. (...)” - (O Globo – Rio de Janeiro – 4 de abril de 1964).
          É preciso que os verdadeiros brasileiros procurem se inteirar sobre o que realmente aconteceu de tão drástico para justificar a retomada da democracia, na expressão iniciada na mensagem acima, que fala exatamente que a ação das Forças Armadas contribuiu “(...) para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem. (...)”, evidentemente depois de destroçada pelo governo comunista que organizou, estruturou e comandou a bagunça e a esculhambação na República do Brasil, conforme mostram as manchetes e editoriais dos principais jornais, que, à unanimidade, apoiaram a retomada da segura estrada por onde foi possível a condução da grande nave Brasil a novos horizontes da paz e da harmonia social, em termos de respeito aos direitos humanos, à individualidade e aos princípios democráticos, salvo, evidentemente, por parte dos derrotados que decidiram se rebelarem, de forma revolucionária, contra o regime militar.
          Este texto tem por finalidade chamar a atenção dos brasileiros que ainda desconhecem os fatos ocorridos em momento turbulento da história brasileira, que sabem muito pouco sobre eles, por terem ouvido falar sobre fatos isolados e fragmentados, mas certamente nunca com tanta riqueza de detalhes como os narrados nos textos acima, colhidos dos jornais da época, que traduzem o retrato irretocável daquele momento dramático, que parece oportuno e importantíssimo o seu resgate, neste momento em que as mesmas ideologias destruidoras e maléficas do passado ainda insistem em se instalarem no Brasil, embora seus resultados tenham sido extremamente prejudicais aos interesses do povo e da Nação, cuja repetição agora certamente jamais seria bem-vinda, pois a benéfica democracia brasileira é certeza de paz, de tranquilidade e de respeito aos princípios constitucional e legal. Acorda, Brasil!
Brasília, em 18 de agosto de 2018

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