sexta-feira, 3 de julho de 2020

A real pobreza da educação



Em crônica que mostrei algumas e importantes precariedades preocupantes da educação brasileira, inclusive propugnando sobre a urgente necessidade da reformulação do sistema, no seu conjunto, em termos de atualização por meio de mecanismos modernos já em funcionamento nos países evoluídos, quanto ao ensino e à tecnologia da educação, muitas foram as manifestação de apoio às minhas ideias.
Entre as mensagens de apoio, trago à colação a que foi sabiamente redigida pelo ilustre escritor e mestre Xavier Fernandes, nestes termos: “Carissimo conterrâneo Antônio Adalmir, faço aqui com a sua permissão um pequeno comentário sobre esse importante e preocupante tema. que é A Educação pública do nosso País que realmente está na lata do lixo. Estamos a décadas. Assistindo a nossa Juventude naufragar num camburão de ideologias políticas que tem transformado nossos jovens em bichinhos amestrados, instrumentos de manipulação, e aí está o resultado. a confiar no atual modelo, Teremos um futuro de desorganização social imprevisível, basta observar os porões das Universidades e ver e sentir claramente que a coisa tá fora dos trilhos, basta ver no semblante dos jovens que perambulam pelos corredores e áreas livres das nossas Universidades, as quais não cobram e nem faz o seu. Verdadeiro dever e obrigação, que É Ensinar responsavelmente as ciências da vida. Que realmente formam e instruem para um caminho seguro e correto da vida dos jovens. O que se ver por lá é o vieis e a doutrinação política, já enraizada, aparelhada pelos vícios do comodismo e do se salve quem puder... As nossas Instituições públicas de ensino superior, precisam de Urgentes reformas, mudanças e transformações. Aí sim, precisa de um grande esforço e entendimento por Parte dos Governos, dos Centros dirigentes das Universidades e da sociedade Civil organizada, os pais dos jovens estudantes que precisam cobrar um bom e eficiente serviço na nossa Educação Superior, em que todos os seguimentos cumpram rigorosamente seus deveres e exijam seus direitos, para que tenhamos uma transformação profunda de todo isso que estamos assistindo de braços cruzados e ainda chamamos de Educação. Mas para que isso aconteça, É preciso mudar a cabeça Radical de muitos, que não enxergam o abismo e os perigos que a Passos largos corre a nossa Juventude para a sua auto destruição que será irreversível. Pois é essa mesma juventude a verdadeira herdeira e Dona desse Brasil. Ainda há tempo de salvá-la. A Educação pede socorro! A Educação é o coração do progresso e do desenvolvimento de qualquer nação. Um forte abraço! JP 13/06/2020.”.
Em resposta à aludida mensagem, eu disse: Bravo! Bravo! Bravo! Querido irmão mestre Xavier Fernandes, as suas palavras, de cabo a rabo, são a evidência da síntese da falência do ensino e da educação brasileiros, que se encontram em completo estado de abandono, funcionando no pior Estado de precariedade, mas sob os auspícios de gastos estupendos e bem distanciados da realidade dos resultados alcançados pelas avaliações, em nível internacional, que colocam o Brasil lá na soleira do rol das nações de poucos recursos, muitas das quais economicamente subdesenvolvidas e bem longe das potencialidades econômicas brasileiras.
É bem verdade que esse flagelo não é de agora nem de pouco tempo atrás, não, porque é notório que esse flagrante descaso intencional é fruto de ideias “mirabolantes” de governos que tinham objetivos claros que eram exatamente assim que a educação precisava ser conduzida, sem necessidade de se mexer no sistema senão para piorá-lo, como maneira apropriada ao ajustamento deles aos propósitos perseguidos por metas e planos políticos de absoluto dominação política e social, em estreita consonância com o sonho de perpetuidade no poder.
A desgraça da educação é o que se conhece e se denomina de herança maldita, que vem de governos que elogiavam o desenvolvimento da educação, gastando bilhões, para a manutenção de ensino de péssima qualidade, em nível crescente de regressão e descompasso com o desenvolvimento da humanidade, sempre reprovado pelos Índices de Desenvolvimento Humano.
Ou seja, os governos do passado sabiam que a educação era extremamente sofrível, deficiente, sob sistema arcaico e ultrapassado, mas não se cansavam de elogiá-la, ao afirmarem que o seu ministro gozava do conceito de ser o melhor a ocupar o Ministério da Educação e, justamente em razão disso, nunca se preocupou em promover qualquer reforma para, ao menos maquiar um pouco a tragédia que lamentavelmente representa o ensino brasileiro, na atualidade.
Agora, o pior da desgraça é exatamente o atual governo saber que o ensino se encontra atolado na lama, em relação aos métodos de modernidade e tecnologia, em verdadeiro estado letárgico de tremenda precariedade, e simplesmente não fazer absolutamente nada para a reformulação completa da sua estrutura e muito menos há qualquer aceno no horizonte, mesmo que minimamente, nesse sentido.
A melhoria da educação é o mínimo que qualquer governo cônscia da responsabilidade sobre o desenvolvimento do país se preocuparia, como forma de priorização das políticas inerentes à educação de qualidade do seu povo, como fazem com muita consciência os países evoluídos, que priorizam as políticas públicas voltadas para a educação e a tecnologia, cujos resultados são vistos a olhos nus.
O nível da incompetência governamental é tão visível que o órgão que deveria ser o principal motivador do desenvolvimento social e cultural, por meio da educação, se encontra acéfalo, onde a titularidade foi ocupada, até pouco tempo, por quem já demonstrou que, de educação, ele não entedia nada e também não estava ligado em assunto do mundo educacional, porque isso estava longe da sua especialidade, ficando muito claro que a ocupação do cargo não passava de mero hobby como outro qualquer, à vista da inexistência de resultados, em termos de contribuição à área educacional, desde todo tempo no ministério, onde só criou confusão e atritos para o governo e nada mais.
Caso o presidente tivesse o mínimo de sensibilidade para a necessidade de melhoria da educação brasileira, já teria colocado à frente do ministério pessoa com competência e experiência, com respaldo em conhecimentos técnicos e especializados na área de educação, com formação e capacitação em condições de perceber que a reformulação do ensino, do básico ao universitário, se faz necessária, com a maior urgência, como já fizeram as nações sérias e realmente interessadas em prestar importantes contribuições à sociedade de seus países.
Com absoluta segurança, pode se afirmar que o Ministério da Educação, no atual governo se tornou verdadeiro símbolo de incompetência, inoperância e órgão de disputa mesquinha entre as ideologias “olavista” e militarista, constituindo a pasta sem a menor importância no contexto da educação, porque o resultado do seu trabalho é tristemente nada, zero de produtividade, à vista do ele mostra: nada, em forma de contribuição à educação.
Nessas condições, assim continuando, há enormes chances de que ninguém seja capaz de conseguir desmoralizá-lo ainda mais, em termos de resultados em benefício da educação, de tão lastimável que se encontra a pasta que pode ser e deve se transformar no órgão mais importante da gestão com o mínimo de inteligência que possa vislumbrar a real relevância da prioridade das políticas públicas do ensino e da educação, que nunca exigiu melhores em todos os sentido, diante do seu aterrorizante estado de mediocridade, o que vale dizer que qualquer mudança já passa a ser verdadeira revolução na área da educação.
Aproveitando o ensejo da necessidade da nomeação do novo ministro da Educação, o presidente do país até que poderia mostrar que tem consciência sobre a real falência das atividades do órgão, para exigir dele que dignifique as funções da incumbência constitucional voltadas para a educação do país, de modo que se dedique, com redobrado esforço, à priorização do ressuscitamento de instituição que não tem o menor sentido de existir, pelos menos nas mesmas condições desde o início do governo, por ter servido para disputas inúteis e improdutivas, fazendo uso de montanhas de recursos públicos, infelizmente muito mal aproveitados.
Enfim, como o interesse dos brasileiros fica no campo do comodismo, conforme mostram os fatos, em plena satisfação com o status quo, é evidente que o presidente também não precisa se preocupar em reformular coisa nenhuma, para a tristeza de poucos brasileiros que entendem que a precariedade da educação tem tudo para degenerar ainda mais as condições de inteligência, conhecimentos e evolução dos brasileiros, permitindo que a nação mergulhe nas trevas da completa ignorância.
Parabéns, mestre Xavier Fernandes, pela bela reflexão sobre a real pobreza do ensino e da educação brasileiros.
          Brasília, em 3 de julho de 2020

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