Em crônica que mostrei algumas e importantes precariedades
preocupantes da educação brasileira, inclusive propugnando sobre a urgente
necessidade da reformulação do sistema, no seu conjunto, em termos de atualização
por meio de mecanismos modernos já em funcionamento nos países evoluídos, quanto
ao ensino e à tecnologia da educação, muitas foram as manifestação de apoio às
minhas ideias.
Entre as mensagens de apoio, trago à colação a que
foi sabiamente redigida pelo ilustre escritor e mestre Xavier Fernandes, nestes
termos: “Carissimo conterrâneo Antônio Adalmir, faço aqui com a sua
permissão um pequeno comentário sobre esse importante e preocupante tema. que é
A Educação pública do nosso País que realmente está na lata do lixo. Estamos a
décadas. Assistindo a nossa Juventude naufragar num camburão de ideologias
políticas que tem transformado nossos jovens em bichinhos amestrados,
instrumentos de manipulação, e aí está o resultado. a confiar no atual modelo,
Teremos um futuro de desorganização social imprevisível, basta observar os
porões das Universidades e ver e sentir claramente que a coisa tá fora dos
trilhos, basta ver no semblante dos jovens que perambulam pelos corredores e
áreas livres das nossas Universidades, as quais não cobram e nem faz o seu.
Verdadeiro dever e obrigação, que É Ensinar responsavelmente as ciências da
vida. Que realmente formam e instruem para um caminho seguro e correto da vida
dos jovens. O que se ver por lá é o vieis e a doutrinação política, já
enraizada, aparelhada pelos vícios do comodismo e do se salve quem puder... As
nossas Instituições públicas de ensino superior, precisam de Urgentes reformas,
mudanças e transformações. Aí sim, precisa de um grande esforço e entendimento
por Parte dos Governos, dos Centros dirigentes das Universidades e da sociedade
Civil organizada, os pais dos jovens estudantes que precisam cobrar um bom e
eficiente serviço na nossa Educação Superior, em que todos os seguimentos
cumpram rigorosamente seus deveres e exijam seus direitos, para que tenhamos
uma transformação profunda de todo isso que estamos assistindo de braços
cruzados e ainda chamamos de Educação. Mas para que isso aconteça, É preciso
mudar a cabeça Radical de muitos, que não enxergam o abismo e os perigos que a
Passos largos corre a nossa Juventude para a sua auto destruição que será
irreversível. Pois é essa mesma juventude a verdadeira herdeira e Dona desse
Brasil. Ainda há tempo de salvá-la. A Educação pede socorro! A Educação é o
coração do progresso e do desenvolvimento de qualquer nação. Um forte abraço!
JP 13/06/2020.”.
Em
resposta à aludida mensagem, eu disse: Bravo! Bravo! Bravo! Querido irmão
mestre Xavier Fernandes, as suas palavras, de cabo a rabo, são a evidência da
síntese da falência do ensino e da educação brasileiros, que se encontram em
completo estado de abandono, funcionando no pior Estado de precariedade, mas
sob os auspícios de gastos estupendos e bem distanciados da realidade dos
resultados alcançados pelas avaliações, em nível internacional, que colocam o
Brasil lá na soleira do rol das nações de poucos recursos, muitas das quais
economicamente subdesenvolvidas e bem longe das potencialidades econômicas
brasileiras.
É
bem verdade que esse flagelo não é de agora nem de pouco tempo atrás, não, porque
é notório que esse flagrante descaso intencional é fruto de ideias “mirabolantes”
de governos que tinham objetivos claros que eram exatamente assim que a educação
precisava ser conduzida, sem necessidade de se mexer no sistema senão para
piorá-lo, como maneira apropriada ao ajustamento deles aos propósitos perseguidos
por metas e planos políticos de absoluto dominação política e social, em
estreita consonância com o sonho de perpetuidade no poder.
A
desgraça da educação é o que se conhece e se denomina de herança maldita, que
vem de governos que elogiavam o desenvolvimento da educação, gastando bilhões,
para a manutenção de ensino de péssima qualidade, em nível crescente de
regressão e descompasso com o desenvolvimento da humanidade, sempre reprovado
pelos Índices de Desenvolvimento Humano.
Ou
seja, os governos do passado sabiam que a educação era extremamente sofrível, deficiente,
sob sistema arcaico e ultrapassado, mas não se cansavam de elogiá-la, ao
afirmarem que o seu ministro gozava do conceito de ser o melhor a ocupar o
Ministério da Educação e, justamente em razão disso, nunca se preocupou em
promover qualquer reforma para, ao menos maquiar um pouco a tragédia que lamentavelmente
representa o ensino brasileiro, na atualidade.
Agora,
o pior da desgraça é exatamente o atual governo saber que o ensino se encontra atolado
na lama, em relação aos métodos de modernidade e tecnologia, em verdadeiro estado
letárgico de tremenda precariedade, e simplesmente não fazer absolutamente nada
para a reformulação completa da sua estrutura e muito menos há qualquer aceno
no horizonte, mesmo que minimamente, nesse sentido.
A
melhoria da educação é o mínimo que qualquer governo cônscia da
responsabilidade sobre o desenvolvimento do país se preocuparia, como forma de priorização
das políticas inerentes à educação de qualidade do seu povo, como fazem com
muita consciência os países evoluídos, que priorizam as políticas públicas
voltadas para a educação e a tecnologia, cujos resultados são vistos a olhos
nus.
O
nível da incompetência governamental é tão visível que o órgão que deveria ser
o principal motivador do desenvolvimento social e cultural, por meio da
educação, se encontra acéfalo, onde a titularidade foi ocupada, até pouco
tempo, por quem já demonstrou que, de educação, ele não entedia nada e também não
estava ligado em assunto do mundo educacional, porque isso estava longe da sua
especialidade, ficando muito claro que a ocupação do cargo não passava de mero hobby
como outro qualquer, à vista da inexistência de resultados, em termos de
contribuição à área educacional, desde todo tempo no ministério, onde só criou
confusão e atritos para o governo e nada mais.
Caso
o presidente tivesse o mínimo de sensibilidade para a necessidade de melhoria
da educação brasileira, já teria colocado à frente do ministério pessoa com
competência e experiência, com respaldo em conhecimentos técnicos e
especializados na área de educação, com formação e capacitação em condições de
perceber que a reformulação do ensino, do básico ao universitário, se faz
necessária, com a maior urgência, como já fizeram as nações sérias e realmente
interessadas em prestar importantes contribuições à sociedade de seus países.
Com
absoluta segurança, pode se afirmar que o Ministério da Educação, no atual
governo se tornou verdadeiro símbolo de incompetência, inoperância e órgão de
disputa mesquinha entre as ideologias “olavista” e militarista, constituindo a
pasta sem a menor importância no contexto da educação, porque o resultado do seu
trabalho é tristemente nada, zero de produtividade, à vista do ele mostra: nada,
em forma de contribuição à educação.
Nessas
condições, assim continuando, há enormes chances de que ninguém seja capaz de conseguir
desmoralizá-lo ainda mais, em termos de resultados em benefício da educação, de
tão lastimável que se encontra a pasta que pode ser e deve se transformar no órgão
mais importante da gestão com o mínimo de inteligência que possa vislumbrar a
real relevância da prioridade das políticas públicas do ensino e da educação,
que nunca exigiu melhores em todos os sentido, diante do seu aterrorizante
estado de mediocridade, o que vale dizer que qualquer mudança já passa a ser
verdadeira revolução na área da educação.
Aproveitando
o ensejo da necessidade da nomeação do novo ministro da Educação, o presidente do
país até que poderia mostrar que tem consciência sobre a real falência das atividades
do órgão, para exigir dele que dignifique as funções da incumbência
constitucional voltadas para a educação do país, de modo que se dedique, com
redobrado esforço, à priorização do ressuscitamento de instituição que não tem
o menor sentido de existir, pelos menos nas mesmas condições desde o início do
governo, por ter servido para disputas inúteis e improdutivas, fazendo uso de montanhas
de recursos públicos, infelizmente muito mal aproveitados.
Enfim,
como o interesse dos brasileiros fica no campo do comodismo, conforme mostram
os fatos, em plena satisfação com o status quo, é evidente que o
presidente também não precisa se preocupar em reformular coisa nenhuma, para a
tristeza de poucos brasileiros que entendem que a precariedade da educação tem
tudo para degenerar ainda mais as condições de inteligência, conhecimentos e
evolução dos brasileiros, permitindo que a nação mergulhe nas trevas da completa
ignorância.
Parabéns,
mestre Xavier Fernandes, pela bela reflexão sobre a real pobreza do ensino e da
educação brasileiros.
Brasília, em 3 de julho de 2020
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