Conforme notícia publicada no respeitável portal
Cofemac, a informação sobre a liberdade do principal líder político de Uiraúna,
Paraíba, teria criado ambiente de expectativas nos bastidores da política da
cidade, quanto às possíveis repercussões da presença dele na campanha
eleitoral, em termos da sua influência no resultado do pleito pertinente.
Fala-se que a oposição teria se reunido, em caráter
de urgência, depois da divulgação da aludida notícia, para se discutir a necessária
estratégica para a absorção natural do impacto que pode acontecer depois disso,
à vista da forte influência política dele, que, ao que tudo indica, ainda
predomina na cidade, em que pese ele ser um dos principais pivôs do maior
escândalo de moralidade já acontecido em Uiraúna.
Diante de tantas notícias, que não foram
confirmadas, corre a informação de que parte da oposição considera que a
presença do líder político possa se transformar em fator importante para o
resultado da eleição municipal, à vista do seu carisma de homem público com
muita influência junto ao eleitorado.
Por seu turno, a situação política conta como
positiva a soltura do seu líder-mor, porque considera que a força política dele
pode pesar bastante na hora da decisão, tanto que as estrondosas comemorações
já enunciaram praticamente a certeza da vitória consagradora, contando,
certamente, desde logo, com o prestígio dele, por si só, que pode garantir o
sucesso nas urnas.
Certamente que os políticos da situação conta com o
poder de aglutinação haurido pelo líder maior da cidade, que coleciona, nada
mais nada menos, do que cinco mandatos de prefeito, onde conseguiu construir
sua plataforma de sucesso e de prestigio políticos, tendo base eleitoral
consistente, que pode dispor dela para eleger quem ele quiser, segundo o entendimento
de seus seguidores.
Tudo isso até pode ter algum fundo de verdade, em
tese, porque é assim mesmo que funciona nas cidades do interior, onde os
líderes políticos se tornam carismáticos e conseguem formar a sua poderosa
oligarquia, o que resulta na dominação, com muita facilidade, do seu enorme
grupo de eleitores, que se tornam realmente fiéis a eles, aconteça o que
acontecer, porque esses apoiadores se agregam aos seus senhores políticos em
razão dos favores por eles prestados, que se tornam eternos, haja o que houver,
não importando sequer que eles se mostrem refratários aos princípios
republicanos da ética, da moralidade e da dignidade.
Neste momento político de Uiraúna, em que a cidade
foi envolvida nessa volúpia da questão moral, com a prisão do principal líder
regional, compete à oposição trabalhar de forma Inteligente e competente,
aproveitando sabiamente a fragilidade que realmente existe no lado da situação
para tirar proveito, não no sentido de execrá-la, mas sim procurando mostrar
aos eleitores a urgente necessidade de múltiplas mudanças, como forma de
alternativa de poder, que poderá trazer muitos benefícios para a população, com
a possibilidade de transparência dos atos da administração municipal, na gestão
participativa, na discussão sobre projetos comunitários, na planificação de
obras e atividades que realmente possam contribuir para nova maneira de gestão
pública, em benefício da comunidade.
Com a presença ou não, na próxima eleição, do maior
líder político de Uiraúna, que conseguiu manchar, de forma indelével, o bom
nome da cidade, o seu povo tem o dever moral de honrar a tradição de local
conhecido apenas pela formação de pessoas dignas e de mãos limpas, apenas
calejada pelo seu trabalho glorioso de pai de família, não permitindo que haja
perpetuação de grupo que não se incomoda com a prática de ato de desonestidade,
porque isso é forma consciente do desprezo à causa pública, ao patrimônio dos
brasileiros.
Nas circunstâncias em que a cidade de Uiraúna foi
envolvida, com os terríveis escândalos de desvios de recursos públicos, tirados
de obras essenciais ao abastecimento de água, cujos fatos ainda carecem de
julgamento pela Justiça e que também não foram devidamente esclarecidos à
sociedade por parte dos principais envolvidos, cabe aos eleitores o seu posicionamento,
no confessor das urnas, sobre o que isso significa, em termos da reconquista da
dignidade e da honradez do povo da cidade de Uiraúna, que precisa se
conscientizar, muito refletidamente, sobre o real significado para a
recuperação da sua honra.
Ou seja, o sentimento sobre dignidade e
honorabilidade do povo de Uiraúna, à vista da roubalheira que houve, precisa
refletir com bastante clareza na próxima eleição, dizendo com a maior
autenticidade que concorda plenamente com ela e com todos aqueles que estão
juntos, no mesmo grupo político, em defesa do mesmo ideal derivado do principal
líder, que até agora sequer se dignou a declarar o seu arrependimento por ato
tão deprimente e degradante para cidadão político da maior relevância da
cidade, dando a entender que se trata de procedimento normal, que tem tanta
aceitação assim que bem merece o beneplácito de seus entusiásticos apoiadores,
embora isso apenas afronta os princípios saudáveis da cidadania.
Ou, então, ao contrário, a eleição poderá se
traduzir na ocasião mais importante para o povo de Uiraúna, porque será o
momento histórico cívico para que todos os eleitores mostrem a sua verdadeira
identidade com os princípios da moralidade, da dignidade e do amor à defesa da
purificação da administração pública desinfetada da corrupção tão prejudicial à
gestão pública, cujos adeptos precisam ser eliminados, em definitivo, da vida
pública do município, como lição de basta à nefasta dominação política.
Ouso propor o atrevimento de o povo de Uiraúna, em
nome da honra e da dignidade da cidade, praticar o generoso e benéfico crime da
justiça com as próprias mãos, em nome de causa mais do que justa, em votar,
para prefeito, no candidato que não integre grupo que contribuiu para
desmoralizar a cidade, nem tampouco em quem não tiver compromisso com a limpeza
ética e moral, porque, ao contrário disso, jamais o povo de Uiraúna voltará a
ser digno do respeito por parte dos cidadãos honrados.
Espera-se que o povo de Uiraúna tenha maturidade
suficiente para mostrar ao mundo a sua capacidade de entender a gravidade
político-administrativa, em termos da responsabilidade cívica e de cidadania, e
decidir pela melhor escolha do seu administrador municipal, em estrito respeito
aos princípios da autoridade ética e moral, procurando, sobretudo, resgatar a
dignidade enxovalhada por meio de atos insanos e desprezíveis, como forma de
valorizar o merecido nome de Uiraúna, como cidade de homens dignos e honrados.
Brasília, em 7 de julho de 2020
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