Com
bastante alegria no coração, acabei de ver, nas redes sociais, a maravilhosa imagem
da professora Lourdinha Bastos, que declama linda poesia, mostrando o seu natural
gosto pela literatura.
Muita
saudade de dona Lourdinha, a professora símbolo de uma geração que se orgulhava
de ter no seu convívio uma mestra de alto nível intelectual como o dela,
certamente iluminada com a sabedoria dos deuses da arte, da educação, da
cultura, da gentileza, da sociabilidade e do amor, atributos esses e muitos
outros da maior importância que eram da sua índole, da sua inatabilidade, onde
tudo isso compunha, em sintonia, a perfeição vocacionada para a prática do bem
e de tudo que pudesse contribuir para o aprimoramento e a evolução do ser
humano, graça às suas inesgotáveis voluntariedade e disposição para se alcançar
a perfeição de educadora primorosa em tudo que se dedicava e empreendia.
Às
vezes, fico imaginando como seria importante para a cidade, a comunidade,
enfim, quanto de valor, em especial cultural, se houvesse a possibilidade de agregar
ao conhecimento, à educação, ao ensino, caso tivesse alguma forma de se trazer
para a atualidade os bons exemplos, as práticas diferenciadas das pessoas que
realmente eram excepcionais no que faziam, a exemplo do legado deixado por dona
Lourdinha e outras muitas pessoas excepcionais, que foram modelo de abnegação e
amor ao seu ofício, que eram acima da normalmente, em termos das obrigações
profissionais.
É
evidente que a minha ideia em nada desmerece a excelência do que já vem sendo
praticado nas áreas de atuação dessas maravilhosas educadoras e outras pessoas
que se destacaram no passado, mas sim apenas se reconhecer a real grandeza
delas e também como forma de não se permitir que tão valiosa contribuição ao
conhecimento, à educação, ao saber, à cultura etc. simplesmente seja
definitivamente esquecida, com o encerramento melancólico de passado
genialmente valioso e enriquecedor para a história gloriosa do povo de Uiraúna.
Isso
também me leva a pensar, na qualidade de cidadão consciente do dever cívico e
patriótico, como sendo excessivamente incompreensível que um município de
maravilhosas tradições se permite, por vontade absolutamente consciente das
autoridades públicas e do povo em geral, desprezar, por completo, os relevantes
valores culturais, tradicionais e intelectuais de gerações passadas, que
poderiam ser perfeitamente aproveitáveis, no presente, por tão pouco, qual sejam,
boa vontade e interesse.
É
evidente que isso poderia ser completamente diferente se houvesse interesse na
evidenciação desse tesouro, em forma de valorização de bem imaterial, servindo
como fator de orgulho de um povo, que poderia se espelhar e atuar, em termos
profissionais, com base nas obras realizadas por extraordinárias pessoas, que,
sem pretensão de reconhecimentos, se tornaram bons exemplos para as gerações
atuais e futuras.
Enfim,
até para se imaginar, se pretender, na atualidade, a valorização dos princípios
culturais, educacionais, sociais e outros da maior importância para vida
comunitária, invoca-se, necessariamente, a formosura do legado da querida e saudosa
professora Lourdinha Bastos, pessoa de personalidade sempre especial e doce, e,
agora, com a alma iluminada com as luzes divinais, que certamente tem seu lugar
de destaque junto ao Criador, porque a sua áurea de pureza angelical se permite
a compreensão de que ela desfruta das belezas celestiais, em definitivo.
E
que assim seja.
Amém!
Brasília, em 21 de agosto de 2020
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