O ministro da Educação decidiu exonerar quatro
integrantes da chamada ala ideológica que povoava o ministério na gestão
anterior, fato que contribui para abrir luta pela sobrevivência dela no órgão e
colocar em alerta outros olavistas herdados pelo novo titular da pasta, que demonstra
não ter nenhum compromisso em mantê-los sob o seu comando.
As conversas nos corredores do órgão são no sentido
de que essas figuras remanescentes tentam, agora, a qualquer custo, se manter nos
cargos, diante da independência de ideologia demonstrada pelo novo ministro.
É o caso dos secretários de Alfabetização e de
Educação Básica, que fazem parte da cota olavista.
As pessoas ligadas à ideologia olavista não demonstram
o menor interesse em esconder a sua proximidade e o seu alinhamento com o ex-ministro,
porquanto elas mantém o seu perfil no Twitter, com a exposição da sua simpatia
à linha do guru, a quem devotam extremas admiração e veneração, além de
exibirem em local de destaque foto com o admirável ex-ministro, exonerado do
cargo por ter causado muitos problemas
ao governo, em razão de suas opiniões agressivas e desrespeitosas a integrantes
de outros poderes da República.
É de suma importância que o novo ministro da Educação
não tenha compromisso com nenhuma corrente ideológica, mas sim com nova e séria
filosofia da educação, permitindo apenas que os olavistas remanescentes resolvam
tentar mostrar competência e qualidade de seus serviços, como forma de
convencer o novo chefe a mantê-los nos cargos, por estrita competência e
excelência no exercício dele.
O governo com o mínimo de seriedade, competência e
responsabilidade públicas não pode alimentar essa pouca-vergonha de manter em
cargo de livre escolha e nomeação pessoas sob o critério da ideologia, que prevaleceu,
de maneira irresponsável e prejudicial ao interesse público, na gestão anterior
do órgão, porque isso é forma que prestigia o apadrinhamento, o nepotismo, a incompetência,
em detrimento da qualidade e da eficiência do serviço público, que precisa ter
a dignidade de se qualificar para a melhor prestação dos serviços à população.
Ao manter no ministério, em cargo de direção,
pessoas ligadas a correntes ideológicas, o governo demonstra o quanto não prima,
de forma efetiva, pelas eficiência e qualidade da prestação dos serviços sob a
sua incumbência, mas sim demonstra privilegiar e agradar os amigos, quando
mantém em postos chaves do serviço público pessoas sem a devida qualificação para
a execução de tarefas importantes, em completa dissonância com a finalidade
precípua da administração pública.
Ao que tudo indica, o novo ministro da Educação demonstra
que precisa recuperar o tempo perdido, enquanto o órgão permaneceu no comando
de importantes pessoas apenas ligadas à corrente defendida por ideólogo inútil,
em termos de efetividade dos serviços públicos de competência da Educação, a qual
jamais deveria ter sido levada para dentro do principal órgão que cuida da mais
importante política governamental, que tem por incumbência a formação educacional
que precisa ser revestida exclusivamente de ideias revolucionárias do melhor
sistema educacional do mundo, completamente imune às ideias malucas que não se
prestam aos interesses da nação e dos brasileiros.
É preciso sim repudiar qualquer forma de ideologia
no serviço público, porque o próprio famigerado nome já diz que se trata de
defesa de corrente de inspiração imaginada por alguém que entende que somente o
seu pensamento é o certo e quem não concorda com ela está completamente errado
e isso é absolutamente prejudicial ao interesse público, que tem como princípio
a satisfação da sociedade, em termos da melhor forma possível dos serviços a
serem prestados, independentemente do que pensam os aloprados do momento,
porque tanto os ideólogos da direita como da esquerda apenas defendem exclusivamente
seus interesses, que podem não ser os que possam realmente satisfazer à
sociedade.
Convém que o novo ministro da Educação tenha ideia
iluminada com capacidade para promover, com a máxima urgência, a assepsia e a purificação
de ideologias, em todos os sentidos, do mais importante órgão da República, em
termos da formação cultural e educacional dos brasileiros, de modo que possa
ser priorizada a essência da sua finalidade de desenvolver os melhores mecanismos
e técnicas capazes de revolucionar o ensino e a educação brasileira.
Brasília, em 15 de agosto de 2020
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