sábado, 15 de agosto de 2020

Por assepsia no MEC

 

O ministro da Educação decidiu exonerar quatro integrantes da chamada ala ideológica que povoava o ministério na gestão anterior, fato que contribui para abrir luta pela sobrevivência dela no órgão e colocar em alerta outros olavistas herdados pelo novo titular da pasta, que demonstra não ter nenhum compromisso em mantê-los sob o seu comando.

As conversas nos corredores do órgão são no sentido de que essas figuras remanescentes tentam, agora, a qualquer custo, se manter nos cargos, diante da independência de ideologia demonstrada pelo novo ministro.

É o caso dos secretários de Alfabetização e de Educação Básica, que fazem parte da cota olavista.

As pessoas ligadas à ideologia olavista não demonstram o menor interesse em esconder a sua proximidade e o seu alinhamento com o ex-ministro, porquanto elas mantém o seu perfil no Twitter, com a exposição da sua simpatia à linha do guru, a quem devotam extremas admiração e veneração, além de exibirem em local de destaque foto com o admirável ex-ministro, exonerado do cargo por ter  causado muitos problemas ao governo, em razão de suas opiniões agressivas e desrespeitosas a integrantes de outros poderes da República.

É de suma importância que o novo ministro da Educação não tenha compromisso com nenhuma corrente ideológica, mas sim com nova e séria filosofia da educação, permitindo apenas que os olavistas remanescentes resolvam tentar mostrar competência e qualidade de seus serviços, como forma de convencer o novo chefe a mantê-los nos cargos, por estrita competência e excelência no exercício dele.

O governo com o mínimo de seriedade, competência e responsabilidade públicas não pode alimentar essa pouca-vergonha de manter em cargo de livre escolha e nomeação pessoas sob o critério da ideologia, que prevaleceu, de maneira irresponsável e prejudicial ao interesse público, na gestão anterior do órgão, porque isso é forma que prestigia o apadrinhamento, o nepotismo, a incompetência, em detrimento da qualidade e da eficiência do serviço público, que precisa ter a dignidade de se qualificar para a melhor prestação dos serviços à população.

Ao manter no ministério, em cargo de direção, pessoas ligadas a correntes ideológicas, o governo demonstra o quanto não prima, de forma efetiva, pelas eficiência e qualidade da prestação dos serviços sob a sua incumbência, mas sim demonstra privilegiar e agradar os amigos, quando mantém em postos chaves do serviço público pessoas sem a devida qualificação para a execução de tarefas importantes, em completa dissonância com a finalidade precípua da administração pública.

Ao que tudo indica, o novo ministro da Educação demonstra que precisa recuperar o tempo perdido, enquanto o órgão permaneceu no comando de importantes pessoas apenas ligadas à corrente defendida por ideólogo inútil, em termos de efetividade dos serviços públicos de competência da Educação, a qual jamais deveria ter sido levada para dentro do principal órgão que cuida da mais importante política governamental, que tem por incumbência a formação educacional que precisa ser revestida exclusivamente de ideias revolucionárias do melhor sistema educacional do mundo, completamente imune às ideias malucas que não se prestam aos interesses da nação e dos brasileiros.

É preciso sim repudiar qualquer forma de ideologia no serviço público, porque o próprio famigerado nome já diz que se trata de defesa de corrente de inspiração imaginada por alguém que entende que somente o seu pensamento é o certo e quem não concorda com ela está completamente errado e isso é absolutamente prejudicial ao interesse público, que tem como princípio a satisfação da sociedade, em termos da melhor forma possível dos serviços a serem prestados, independentemente do que pensam os aloprados do momento, porque tanto os ideólogos da direita como da esquerda apenas defendem exclusivamente seus interesses, que podem não ser os que possam realmente satisfazer à sociedade.

Convém que o novo ministro da Educação tenha ideia iluminada com capacidade para promover, com a máxima urgência, a assepsia e a purificação de ideologias, em todos os sentidos, do mais importante órgão da República, em termos da formação cultural e educacional dos brasileiros, de modo que possa ser priorizada a essência da sua finalidade de desenvolver os melhores mecanismos e técnicas capazes de revolucionar o ensino e a educação brasileira.

Brasília, em 15 de agosto de 2020

Nenhum comentário:

Postar um comentário