segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Parabéns para eu herói!

            Por ocasião da comemoração do Dia dos Pais, apareceu, nas redes sociais, a justa homenagem ao saudoso e genial Bonifácio Fernandes, que o considero um dos maiores personagens da história de Uiraúna, por seu extraordinário legado na prestação dos milagrosos serviços públicos ao povo dessa cidade, sempre com o sorriso no rosto a disseminar a bondade de seu grandioso coração, que era fonte permanente de esperança e cura.  

Meu grande e eterno herói, o ilustre "doutor" Bonifácio Fernandes, que foi, por longo tempo, o verdadeiro anjo da guarda do povo da querida Uiraúna, em termos de saúde pública, quando ali somente existiam ele, Fernandinho e Dr. Alexandre Fernandes, tendo a difícil incumbência desse Bom Samaritano para operar milagres junto aos doentes que o procurassem, a qualquer momento e muitas das vezes sem cobrar nada por seus preciosos trabalhos e remédios, diante das circunstâncias apresentadas pela população extremamente carente e desassistida da saúde pública.

Há pouco tempo, eu me atrevi, com as melhores das boas pretensões, ainda piedosamente acreditando nos corações generosos e cheios do sentimento de gratidão do povo de Uiraúna, em natural demonstração simbólica e humana de reconhecimento pelo monstruoso trabalho desenvolvido, a vida inteira, pelo digno Bonifácio Fernandes, formular sugestão para transformá-lo em cidadão herói da cidade, em razão do seu feito singular de humanismo e caridade, de conhecimento da população.

Não obstante, as possíveis fortes e convincentes justificativas, acredito, sem a menor significância ao caso, em termos de argumentos válidos, em contraposição à notória realidade da maior magnitude para a história da cidade, que foi o trabalho fantástico de super-homem, conseguiu convencer a insensibilidade de quem poderia se solidarizar-se com a obra que jamais será esquecida pelo povo que foi beneficiado pela generosidade e pelo amor dessa pessoa, composta pelo misto de humanidade e divindade.  

Eu quis tanto que o seu trabalho fosse eternamente lembrado e reconhecido pelo povo dessa cidade, como autêntica prova de agradecimento e gratidão a quem doou o seu sangue e a sua vida para o povo, evidentemente sem buscar nenhuma recompensa, porque o relevante ato não implicaria em custo aos cofres públicos de nenhum centavo, senão tão somente a bom vontade e o sacrifício da declaração simplória, em termos da formalidade da decretação, em forma de nobreza para com quem se consagrou como legítima e excepcional pessoa que soube compreender o exato sentido das qualidades divinas atribuídas às pessoas iluminadas com as graças celestiais da bondade, da generosidade e do amor.

Entendo que Bonifácio Fernandes teve como filosofia de vida a permanente e a incansável valorização da grandeza do seu semelhante, do seu irmão em Cristo, pois tudo fez em defesa do seu amor ao próximo, e como justificar a negação ao simples reconhecimento oficial de tão nobre sentimento humanitário?

Seria apenas e tão somente o gesto da maior importância em se mostrar às gerações atuais e futuras que Uiraúna já teve uma pessoa extraordinária, em todos os sentidos, cujas qualidades humanas e cristãs tiveram o condão de ser indicadas como modelo da maior importância de amor profundo e verdadeiro ao seu próximo, que poderiam servir de relevante inspiração para a sociedade, na prestação de serviços voluntários e humanitários como aqueles realizados por Bonifácio Fernandes.

Infelizmente, foi com bastante tristeza que vi meu empenho, a minha luta intensa, condensados em mais de quinze crônicas ressaltando as importantes e nobres qualidades desse pequeno gigante homem de Uiraúna, chamado Bonifácio Fernandes, caírem por terra, porque as minhas tão fortes alegações foram incapazes de sensibilizar os homens públicos e a sociedade dessa amada cidade, que preferiram desprezar brilhante ideia, da maior relevância para a sua história cultural, que diz respeito ao reconhecimento do fantástico trabalho realizado por nossos heróis que se sacrificaram em benefício do povo dessa cidade, que são, inegavelmente, merecedores da gratidão pelo bem propiciado espontânea e voluntariamente à sociedade, que não tem a mínima disposição para defendê-la, em que pese não haver dúvida de que não existe causa igual com tanto mérito.

Enfim, meus parabéns ao grande pai não somente de seus filhos de sangue, mas também do povo de Uiraúna, que é também meu especial herói: Bonifácio Fernandes.

          Brasília, em 10 de agosto de 2020

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