Outro dia, eu ouvi
entrevista concedida pela senhora Jaqueline Ramos da Silva, que é dona de circo
que se encontra em Uiraúna, Paraíba, evidentemente por decorrência dos
transtornos causados pela pandemia do coronavirus, que também não pôde dar
continuidade aos seus trabalhos circenses, que são a única fonte do sustento
das famílias que produzem os espetáculos, fato este que vem causando sérios
transtornos à sobrevivência das pessoas.
A aludida entrevista foi publicada no importante portal Cofemac,
de Uiraúna, na qual dona Jaqueline agradece órgãos públicos, entidades filantrópicas
e população em geral da cidade pelas ajudas que vem recebendo, um pouco de uns
e um tanto de todos, que tem sido a única maneira de se encarar a crise, porque
o circo, no seu conjunto, não estava preparado financeiramente para a terrível
e difícil situação.
Eu acabei de falar com a dona Jaqueline, que me informou os
dados da conta bancária dela e quantidade das pessoas que estão com ela no
circo, vivendo nessas condições precárias, obviamente à mercê da ajuda das pessoas
generosas e de bom coração, que se dignam a compreender às reais dificuldades desse
momento nada animador para as pessoas desse circo.
Segundo a dona do circo, estão na sua companhia 27 pessoas,
gente de toda idade, sendo que oito são crianças, que normalmente exigem
cuidados especiais, tendo ela esclarecido que não existe ninguém doente, o que
já é grande alívio.
Diante desse lamentável contexto, eu tive a ideia de me
solidarizar-se com ela, no comprometimento de ajudá-la na maneira do possível,
tendo a ideia de pegar os dados bancários para depósito, em forma de ajuda também
em dinheiro.
A dona Jaqueline Ramos da Silva tem conta na Caixa Econômica
Federal, na Agência 1911 – Operação de Poupança 013 – Conta 00019628-0, que se
encontra à disposição para o recebimento de qualquer generoso valor.
Há operação bancária que exige o número do CPF, que, no
presente caso, é: 050.336.024-46.
Faço apelo sob os auspícios do bom sentimento humanitário que
existe em nossos corações, quanto mais no sentido de socorro a famílias trabalhadoras
sem carteira assinada, que, por circunstâncias, são obrigadas a contar com
todas as formas de ajuda.
Eu até brinquei com a dona Jaqueline, citando para ela, em
tom muito mais de brincadeira, mas ao mesmo tempo com grande fundo de verdade, no
sentido de que esta é minha especial oportunidade para eu pagar, com juros e correção
monetária, tantas vezes que entrei no circo, de graça, sempre aproveitando o
fechamento da bilheteria, o apagar das luzes e o cochilo da vigilância, para eu
‘furar o arame” e assistir aos espetáculos, evidente que nem sempre meu intento
era bem sucedido, porque, às vezes, eu era colocado para fora do circo.
Depois que eu contei as minhas façanhas de criança para
dona Jaqueline, ela me contou que atualmente não existe mais arame, porque a
segurança do circo teve tremenda evolução e vem sendo usada forma de cerca
compacta.
Foi então que eu tive a ideia de imaginar que eu teria, à
época, que me especializar em “pular a cerca”, ao invés de “furar o arame”,
porque eu não tinha dinheiro para pagar o ingresso e jamais ficaria sem
conhecer as novidades apresentadas pelos circos que apareciam sempre em Uiraúna.
Depois de contadas as minhas artimanhas perante os circos
da minha infância, volto aos fatos da maior seriedade da atualidade, diante do
envolvimento de questão com fundo humanitário, no sentido de convocar as pessoas
para ajudar o circo da senhora Jaqueline Ramos da Silva, que realmente carece
de um pouco do carinho e do amor que temos com abundância em nossos corações, no
sentido de colocarmo-nos no lugar de nossos irmãos em Cristo, neste momento difícil.
O meu muito obrigado, na certeza de que Deus certamente saberá
entender nosso gesto de caridade cristã.
Brasília, em 22 de agosto de 2020
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