segunda-feira, 24 de agosto de 2020

É necessário compartilhar?

  

Escrevi a crônica intitulada “Apelo humanitário”, tendo por objetivo a convocação da solidariedade das pessoas para ajudarem, de alguma forma, o pessoal do circo que se encontra na cidade de Uiraúna, Paraíba, sem atividades circenses, impedido de trabalhar espetáculos, em razão da pandemia do coronavirus, diante da medida de isolamento social, que impossibilita a aglomeração de pessoas.

Confesso que tive essa iniciativa por pura sensibilidade social e fiquei bastante feliz pela boa recepção ao chamamento, em que muitas pessoas se manifestaram em apoio.          

Nessa campanha, registro, com prazer, a manifestação da conterrânea Aline Maria, que disse, verbis: “Ajudar é uma das nossas boas ações aqui na terra, e uma das coisas que mais gosto de fazer, na verdade, acho que é genético, meu Pai sempre nos ensinou que partilhar é necessário e nesse momento de pandemia creio que mais ainda. Como seria bom se cada Uiraunense pudesse doar 10,00, seria uma ação belíssima pra quem nesse momento tanto precisa. Eu com certeza estarei fazendo a minha parte e você???”.

Diante dessa beleza de mensagem, em especial apoio à minha ideia, que a fiz em bom momento e por causa bem justa, diante das circunstâncias, eu disse que fazer sorrir e produzir alegria para a população é o generoso oficio dos profissionais do circo, quando no exercício do seu trabalho normal e costumeiro.

Estando eles parados, por natural imposição da pandemia do coronavírus, a situação se inverte e a sociedade pode ser caridosa, contribuindo com um pouco para fazê-los felizes, na certeza de que os profissionais do circo hão de retribuir com muito carinho e amor o nosso gesto de solidariedade cristã e humanitária.

O sentimento que resumiu, com propriedade, a conterrânea Aline Maria, no sentido de que se fosse possível cada um puder ajudar, mesmo que em “parcelinha”, não importando aqui o valor, o resultado disso chegaria a ser fantástico, tanto pelo montante arrecadado - uma vez que é sabido que: “de grão em grão, a galinha enche o papo” -, como pela demonstração de solidariedade cristã e humanitária, que é a prova linda e efetiva do nosso amor aos extraordinários artistas do circo.

Convém sim ajudar os profissionais do circo, porque eles levam a vida no picadeiro, nas alturas, nos trapézios e em todos os lugares possíveis, fazendo palhaçadas e inventando estripulias e diabruras mil, com a exclusiva finalidade de fazer as pessoas rirem, em gesto que tem significado extremamente importante para o bem-estar social.

A verdade é que, parodiando o famoso jargão circense, a gente pode dizer, com muita honra, que: “hoje tem espetáculo, sim senhor, mas protagonizado pelos ‘artistas’ das arquibancadas”, que, na minha época, eram popularmente conhecidas por poleiro.

Muito obrigado a todos, pela atenção!

Brasília, em 24 de agosto de 2020  

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