Recentemente,
recebi vídeo contendo palestras proferidas pelos doutores Francisco Orniudo
Fernandes e Luís Carlos Soares, na Academia Paraibana de Medicina, sob o título
“Saúde e Ambiente – Demanda da Sociedade”, tendo por finalidade oferecer
subsídios ao governo do Estado da Paraíba, em área crucial da sociedade afetada
pela inexistência de saneamento básico.
Esse
mesmo vídeo foi objeto de publicação no conceituado Facebook “Os Filhos de
Candinha”, o que mostra a importância do seu conteúdo para os paraibanos.
É
com prazer que parabenizo o ilustre conterrâneo doutor Orniudo Fernandes, pelos
excelentes estudos apresentados nessa importante exposição, à vista de muitos e
abrangentes recursos pertinentes à triste realidade sobre o saneamento básico
não só do Brasil, mas especificamente da Paraíba, que pouco investem nessa
área, em que pese ser ela da maior importância para respaldar a melhoria da
saúde da população.
A
excelente exposição em apreço contém completo e abrangente levantamento sobre o
retrato fiel da situado do Estado da Paraíba, precisamente com relação às
precariedades na prestação dos serviços públicos pertinentes às questões
sanitárias, que se mostram bastante aquém do mínimo desejável, em termos preventivos
de doenças das mais variadas patologias, que são tão comuns em razão da falta dos
cuidados mínimos de incumbência do Estado.
Ou
seja, a exposição escancara os gravíssimos problemas causadores de muitas
doenças que afetam a população menos assistida, que tem carência do saneamento
básico, fato que também, implicitamente, patenteia, por via de consequência, os
nítidos descaso e irresponsabilidade dos governantes estadual e federal, que
nada fazem para resolver essas graves questões que são extremamente prejudiciais
à vida humana, à vista dos notórios prejuízos causados à população que é
obrigada a viver atolada nos esgotos pútridos, enquanto as autoridades
públicas, “coitadas”, estão no conforto de seus palácios, imunes aos dissabores
da podridão imposta inevitavelmente àquelas populações.
Também
é de suma importância o completo diagnóstico elencado na palestra sobre o que é
preciso ser providenciado pelo poder público, com a devida urgência, em forma
de prioridade como serviço público de incumbência do Estado, no sentido de
sanear os gravíssimos problemas sanitários, diante da premente necessidade de
ser propiciada saúde capaz de melhorar as condições de vida das populações desprezadas,
também em termos sanitários.
Diante
de exposição tão verdadeira sobre o contexto sanitário da Paraíba, à vista dos
estudos valiosos de que se tratam, por terem sido coligidos e sopesados sob os
cuidados de quem maneja, com competência e conhecimentos experimentados, os
elementos analisados e expostos, com evidenciação do que realmente acontece nas
cidades daquele estado, tem-se a certeza do quanto não é por falta de conhecimento
que a população pobre é tão castigada e desprezada, por viver nos grotões, nas
favelas e no meio dos esgotos, mas sim por falta de vontade política, em que o
poder público não demonstra o menor interesse em priorizar obras pertinentes à
sanitarização dessas localidades.
Não
é surpresa que não tenha aproveitamento importante estudo especialmente
elaborado como esse, feito por especialista que coloca nele o melhor da
experiência, da competência e do profícuo trabalho, como no caso de profissional
respeitado e renomado, tendo por base elementos que comprovam o indiscutível
desprezo do poder público nas áreas onde inexiste saneamento básico, motivo
principal da degeneração da saúde pública e da qualidade de vida da população
dessas localidades, que vive nos piores ambientes humanos, onde a proliferação
de doenças é facilitada exatamente pela inexistência de saneamento básico.
Urge
que os paraibanos se conscientizem de que o governo da Paraíba, a par de
prestigiar os excelentes estudos promovidos pelos doutores Francisco Orniudo
Fernandes e Luís Carlos Soares, na forma das palestras proferidas na Academia Paraibana
de Medicina, sob o título “Saúde e Ambiente – Demanda da Sociedade”, priorize políticas
especiais voltadas para maciços investimentos em saneamento básico, como forma
de melhorar substancialmente as condições de sanitarização das localidades desprezadas
pelo poder público.
Brasília, em 23 de agosto de 2020
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