Diante de crônica que analisei a posição manifestada pelo
papa, que afirmara que o celibato poderá terminar na Igreja Católica, embora ele
não tivesse acrescentando qualquer informação sobre a existência de estudos
nesse sentido, uma pessoa interessada sobre o assunto escreveu a seguinte
mensagem: “Será que ele vai liberar! O Melhor e mais atuante Papa! Que Deus o
abençoe e proteja sempre. Amém.”.
Em resposta à aludida
indagação, eu disse que se espera que o papa se conscientize de que o
importante não é a posição dele sobre o celibato, mas sim o ato concreto em si, para a efetivação da
medida pertinente, que ainda é, no caso, inexistente.
Enfatize-se que seria
muito mais interessante que ele somente se manifestasse sobre a eliminação do
celibato depois de haver o consenso acerca do assunto, no âmbito da Igreja
Católica, que é completamente dominada por religiosos conservadores e
progressistas, cuja predominância dessas ideologias tem contribuído para travar
qualquer iniciativa de medida modernizante dessa importante instituição
religiosa.
Conquanto essa questão
seja da maior importância, que já devia ter sido objeto de revisão, há bastante
tempo, por inexistir plausibilidade sobre a sua existência, em razão de sequer
haver um motivo que a justifique, em se tratando que o padre é um profissional
qualquer, com a diferenciação especial dos demais trabalhadores, por ser
especializado sobre os assuntos relacionados às questões do interesse de Deus,
que é realmente essencial à humanidade.
Não obstante, esse fato
em si não justifica que o padre não possa se casar nem exercer plenamente as atividades
inerentes ao ser humano, como acontece normalmente com os demais cristãos, uma
vez que ele também é filho de Deus, que tem direito de ser tratado igualmente como
a todos os trabalhadores, o que vale se dizer, sem qualquer restrição de ordem
pessoal inerente à vida.
É preciso se entender
que, com o celibato ou sem ele, a Igreja Católica continuará a existir, sendo
bem cuidada por quem tem a vocação de disseminar o Evangelho de Jesus Cristo,
que é algo especial inerente às pessoas que se especializam nos estudos da alma
humana, com o aprofundamento específico sobre os assuntos religiosos, para
terem melhores condições de servir a Deus da melhor maneira possível.
A verdade é que o trabalho
do padre merece admiração e carinho especial, por ele ter por base a sua
formação profissional específica em complexa e importante área especializada
que é peculiar e própria somente para poucos abnegados, cuja atividade é da
maior relevância para a humanidade, tal qual as demais atividades profissionais.
À toda e evidência, os demais
profissionais fora da Igreja Católica, por óbvio, não sofrem qualquer restrição
de ordem pessoal, exatamente porque isso condiz com a evolução normal e natural
da humanidade, que precisa ser observada também por essa prestigiada instituição
religiosa, que tem o dever de se despertar para a valorização do imprescindível
trabalho dos padres, no que se refere à sua intimidade pessoal, uma vez que eles
têm os mesmos sentimentos dos demais seres humanos.
Enfim, se o papa vai liberar
o celibato, em resposta à indagação vestibular, acredita-se piamente que não
será tarefa nada fácil para ele decidir tão majestosa situação da Igreja Católica,
quando se sabe o real peso da ala conservadora dos cardeais do Sacro Colégio
Romano, que, no seu sepulcral silêncio, tem impedido todos os avanços
pretendidos pela corrente progressista, que tem a liderança do santo pontífice,
cujas ideias de modernização no seu papado, na maioria, vão passar para a
história apenas como as boas reminiscências do passado.
Brasília, em 15 de março de 2023
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