Em vídeo que circula
nas redes sociais, o principal político ladrão do dinheiro do povo do Rio de
Janeiro, condenado à prisão a mais de 400 anos, aparece, em pleno Carnaval,
beijando outro homem, em demonstração de encantamento por felicidade de estar
livre das grades da prisão, em contrapartida por toda maldade protagonizada por
ele, diante dos milhões de reais desviados dos cofres públicos.
Esse sentimento
afetuoso de ardente beijo protagonizado por um dos maiores corruptos do Brasil
é apenas a demonstração do nível político de muitos brasileiros, que são
roubados “decentemente” por meio de degradantes esquemas criminosos, na gestão
pública, mas têm a indignidade de eleger homens públicos que são condenados à
prisão por conta de seus atos delituosos, ficando habilitados legalmente à
prática de atos ilícitos, como se fosse normal a desonestidade na administração
pública, que passa a realmente ser com o respaldo e a legitimidade do voto, que
é soberano, segundo a proclamação do resultado das urnas pela Justiça eleitoral
brasileira.
O que se percebe na
imagem mostrada no citado vídeo é a celebração pública da maior indignidade que
pode existir na vida política do Brasil, em que um dos principais criminosos de
colarinho branco, condenado a mais de quatrocentos anos de prisão, por
comprovado desvio de recursos públicos, tem o direito e a liberdade de
demonstrar todo o seu amor à sociedade, por meio de solene beijo, em via
pública para todo mundo ver, certamente como forma de agradecimento ao povo,
uma vez que, enfim, foi por meio dele que se tornou possível o glorioso
atingimento do apogeu no submundo da monstruosa roubalheira.
Causa perplexidade que que
esse criminoso de colarinho branco se enriqueceu exatamente com o apoio das
pessoas que agora o aplaudem, na avenida e ainda com beijos ardentes,
precisamente na consagrada pista do samba, onde somente deveria ter espaço para
o desfile da dignidade, da honestidade e da moralidade.
Pobre povo brasileiro,
que não se envergonha de simbolizar a escória, o verdadeiro estrume da
sociedade representativa, em termos políticos, quando elege homens públicos com
o mesmo sentimento impudico e de desamor aos princípios republicanos e
democráticos, em cristalina evidência de detrimento dos valores patrióticos que
são exigidos dos verdadeiros brasileiros.
Brasília, em 2 de março de 2023
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