segunda-feira, 27 de março de 2023

Incompetência?

 

Em entrevista do ministro da Fazenda, que ganhou o mundo circulando nas redes sociais, exatamente pela inutilidade das informações prestadas por ele, que fala absolutamente nada que se aproveite para explicar, em especial, o significado dos acordos na administração pública, quando termina afirmando que eles não são bons para ninguém.

É impressionante como ainda as pessoas estranham quando um analfabeto, especialmente em economia, passa vergonha perante a imprensa e a opinião pública, quando não sabe absolutamente nem porque ele está no principal cargo de ministro da Fazenda, com a importante responsabilidade de gerenciar os negócios do Brasil, quanto mais explicar os assuntos inerentes à economia, que, necessariamente, envolve matérias importantes, inclusive referentes a acordos.

Nesse caso da entrevista, estranhamente, o dito ministro afirma, categoricamente, que acordo não é bom para ninguém, quando o significado desse instrumento é exatamente o contrário disso, em que a sua essência é a satisfação de ambas as partes, que se mostram motivadas precisamente porque o resultado da execução dele vai propiciar a efetivação de objetivos que interessam reciprocamente às partes envolvidas.

Esse caso mostra, com absoluta nitidez, a exata dimensão da responsabilidade política de um povo, que tem o poder supremo, na forma constitucional, de eleger seus representantes políticos, cujo resultado pode perfeitamente ser a colocação de pessoa notoriamente desqualificada e despreparada, exatamente como nesse caso, em que um ministro não consegue dizer nada em conexão com o assunto tratado no evento, como se ele estivesse em outro planeta, tratando de coisa alguma e ainda achando que se encontra no contexto, satisfazendo às expectativas exigidas para o exercício do relevante cargo de assessor especial da República.

A presente lição é bastante clara, em que fica evidente a culpa da sociedade, que tem o poder da escolha e faz opção pela pior delas, cujas consequências não poderiam ter sido as piores possíveis, conforme mostram os fatos.

A verdade é que o bom senso e a racionalidade aconselham a compreensão de que é absolutamente em vão se criticar o status quo, quando a culpa não é precisamente de quem está no cargo, mas sim do povo, que elege seus representantes, transferindo para eles os poderes para decidirem, no governo, em seu nome.

Infelizmente, esse é exatamente o enorme perigo do chamado regime democrático, que tem o poder de respaldar inclusive tragédia como essa, em que um assessor, que devia ser experiente e preparado na sua área de atuação, mostra total desarticulação com os fatos verdadeiros, se passando por digno Zé ninguém, pondo em gravíssimo risco os elevados negócios de uma nação, a ponto de se entender o quanto é preocupante o povo não se conscientizar sobre a sua importante responsabilidade quanto à escolha dos bons representantes políticos.

 Ante o exposto, resta a conclusão lógica sobre a absoluta preocupação quanto aos destinos da economia brasileira, que se encontra na contramão do verdadeiro descaminho, restando, de forma inevitável, o seguro consolo de que o povo realmente tem o governo que merece e, no caso específico do Brasil, os fatos mostram, com minúcia, essa cruel realidade, de que não tem plausibilidade alguma se reclamar senão do próprio povo por essa situação trágica e de calamidade administrativa, quando foi ele que quis exatamente assim, quando decidiu eleger o seu principal representante político.

Brasília, em 27 de março de 2023

Nenhum comentário:

Postar um comentário