Ao
se referir aos ataques ocorridos na capital federal, o presidente do país
afirmou ter perdido a confiança em parcela dos militares, que ele acusa de ter
facilitado a entrada de manifestantes no Palácio do Planalto.
Segundo
o presidente, “As Forças Armadas não são Poder Moderador como pensam que
são. As Forças Armadas têm um papel na Constituição, que é a defesa do povo
brasileiro e da nossa soberania contra possíveis inimigos externos. É isso que
é o papel da Forças Armadas e está definido na nossa Constituição. E é isso que
eu quero que eles façam, e bem-feito.”.
Diante
das declarações presidenciais, um general da reserva teceu críticas públicas ao
presidente do país, que classificou como "covardia" a afirmação dele
sobre ter "perdido a confiança" em parte dos integrantes das
Forças Armadas, após os atos de protestos ocorridos no dia 8 de janeiro, quando
terroristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em
Brasília.
O
militar disse que “Estou convencido de que a porta do Palácio foi aberta.
Lula vê conivência de muita gente das Forças Armadas.”.
O
general questiona “Como é que se pacifica o país a partir daí? Como é que se
pacificam as Forças Armadas, que são uma instituição de Estado com a qual os
governos do PT conviveram por 16 anos?”.
O
militar prosseguiu, dizendo que “Ele (o presidente) sabe desde já que
nenhum general vai convocar uma coletiva para responder à ofensa. Então, isso é
um ato de profunda covardia, porque ele sabe que ninguém vai responder. Ele
sabe que ninguém vai contestar o que ele está dizendo. Ou seja, é a velha
técnica de procurar culpados.”.
É
preciso ficar muito claro que consta claramente na Constituição, ex-vi do
disposto no seu art. 142, que as Forças Armadas têm sim a incumbência da “defesa
do povo brasileiro e da nossa soberania contra possíveis inimigos externos” e
também de suma importância a “garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”.
Não
adiante o presidente do país, nem ninguém, querer ou pretender delimitar a
incumbência constitucional das Forças Armadas somente à defesa dos brasileiros e
da soberania nacional, quando a Constituição diz, de forma cristalina, que elas
também podem ser convocadas para a “garantia da lei e da ordem”, por qualquer
dos poderes da República, pelo menos é exatamente isso que estabelece o art.
142, cuja prescrição normativa não pode ser subtraída por mera vontade de
palavras.
A
propósito, esse dispositivo teria amparado o ato de intervenção militar, caso o
então presidente do país tivesse tido coragem e resolvido promover a necessária
limpeza da sujeita prevalente na estrutura do Brasil, pondo fim aos sistemas
podres que vêm imperando na política brasileira e sustentando os poderes da República,
de forma absurda contra os brasileiros, com a imposição de medidas claramente
anticonstitucionais, a exemplo da negação ao acesso ao “código-fonte”, que
propiciaria a imprescindível auditoria nas urnas eletrônicas, com vistas à confirmação
ou não das últimas eleições brasileiras, fato este que teria sido extremamente
salutar para a democracia, à vista da existência de dúvidas sobre a
legitimidade das últimas eleições.
A
aludida auditoria é forma civilizada e democrática para se ter certeza de que
as afirmações, sem prova alguma, sobre a correção do funcionamento do sistema eleitoral
brasileiro, uma vez que, se realmente há tanta certeza disso, com mais razão existe
para fazê-lo completamente transparente, em todos os sentidos, ante a certeza
de que não há a mínima possibilidade de fragilidade quanto à sua operacionalização.
No
que se refere à insatisfação do general, de não ter aceitado as declarações sobre
a perda de confiança do mandatário com relação à parcela das Forças Armadas, de
nada adianta, agora, o militar querer entranhar a indelicada da afirmação presidencial,
uma vez que os militares se tornaram absolutamente insignificantes perante o
governo da esquerda, quando tiveram a insensibilidade de não perceber que era
preciso fazer o possível e o impossível para se evitar a volta da esquerda ao
poder.
Diante
da aceitação dos militares do governo da esquerda, sem antes perquirir se
realmente a vitória dele, nas urnas, teria sido verdadeiramente legítima, medida
essa que teria sido possível se verificar por meio da intervenção militar, a despeito
de múltiplas suspeitas de manipulação da operacionalização do sistema eleitoral
brasileiro, as Forças Armadas simplesmente passaram a ser capacho do Palácio do
Planalto, em que o presidente do país se acha no direito de dizer o que bem
entender sobre seus integrantes, exatamente porque o militares perderam, em
definitivo, a dignidade de quando se colocava com autoridade de brio e moralidade,
em defesa dos princípios e das condutas erigidos com a seiva da grandeza das
casernas.
E
tanto isso é verdade que os militares da ativa ficaram calados e engoliram, a
seco, as grosserias do presidente, porque elas passaram a prevalecer como
verdade, quando eles aceitaram a bater continência para ex-condenado pela prática
de crimes de improbidade administrativa, em que o homem público também perde a
sua dignidade, por passar a ser modelo de desonestidade, na vida pública.
Depois
que as Forças Armadas brasileiras passaram para o lado da esquerda, aceitando
normalmente o seu comando, não há que se falar em pacificação, mas sim da aceitação
das regras impostas por governo que tem a sua história manchada por atos de indignidade
e imoralidade, na gestão pública, à vista dos fatos irregulares investigados e
julgados como nefastos aos princípios republicanos e democráticos.
A
verdade é que os fatos mostram que todos reclamam uns dos outros e ninguém tem
razão no que dizem, uma vez que as Forças Armadas perderam completamente a
razão, ao se associar à esquerda, não tendo direito de reclamar de absolutamente
nada, mesmo que as palavras do presidente do país sejam duras, como foram, mas
elas estão em sintonia com o atual status quo, ou seja, o comandante-em-chefe
falou e pronto, porque essa é a nova regra do jogo.
Enfim,
os fatos apenas mostram a identificação dos valores atribuíveis aos autores, em
que ambos estão representando a própria insignificância, em termos de grandeza
para o exercício dos cargos públicos, em que as Forças Armadas foram insensíveis
à realidade de extrema deplorabilidade, diante da iminência de volta ao poder
pela nefasta esquerda, necrosada por efeito das experiências maléficas em
governos passados, à vista dos fatos relacionados com esquemas criminosos, extremamente
prejudiciais aos interesses dos brasileiros.
Brasília, em 4 de março
de 2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário