Em vídeo que circula nas redes sociais, o governador de São Paulo é elogiado por seu desempenho no acompanhamento da execução das medidas em socorro às vítimas das enchentes ocorridas em São Sebastião.
Diante disso, eu escrevi mensagem pedindo vênia
para relembrar que escrevi algumas crônicas enfocando as qualidades inatas do
governador de São Paulo, anotando, em especial, que ele é quem deveria, desde
logo, ter sido o candidato à Presidência da República.
Mostrei que, além de competente, inteligente,
capacitado, extremamente produtivo e eficaz, ele tinha baixa rejeição dos
brasileiros, cujo motivo certamente deve ter sido a principal causa que
resultou na decisão dos eleitores mandando o capitão para o espaço sideral,
aliás, para os Estados Unidos da América, onde ele se encontra foragido, desde
30 de dezembro, antes do término do mandato.
Convém que ele decida permanecer por lá, para o
resto da vida, posto que, além de não fazer a menor falta para o Brasil, isso
apenas se conformaria com a sua cabal demonstração, segundo penso, de extremo
desamor ao Brasil e aos brasileiros, quando ele deixou de decretar a
intervenção militar, para o saneamento de questões relevantes que prejudicavam
e prejudicam ainda mais o Brasil.
A omissão do ex-presidente do país, nesse caso,
contribuiu, de forma decisiva, para a decretação da entrega, sem nenhuma
resistência e de forma absolutamente consciente, da nação à banda podre da
política brasileira, sabidamente de índole aderente à desonestidade e aos
esquemas criminosos, à vista dos recrimináveis escândalos do mensalão e do petrolão.
Ou seja, por certo, o governador de São Paulo
jamais perderia para o pior político da face da Terra, à vista dos seus
deploráveis atributos ínsitos de homem público, o que vale se avaliar, sob o
prisma do resultado das eleições proclamado pela Justiça eleitoral, que os
méritos dele ou a falta de atributos eram inferiores aos de quem foi condenado
à prisão por prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que
ainda responde a ações penais na Justiça, por suspeita de improbidade
administrativa.
O certo é que o ex-presidente foi derrotado por
político sem a mínima qualificação moral, desastre esse que certamente não
teria acontecido com o governador de São Paulo, se tivesse sido candidato à
Presidência da República.
Na verdade, o estrago contra o Brasil e os
brasileiros é monstruoso, apenas tendo-se a vantagem do afastamento dele do
governo, que foi caracterizado pessoa símbolo de incompetência e de
insensibilidade, em que pese isso ter sido pela mais terrível maneira, quando
ele foi substituído pelo homem público absolutamente destituído de
qualificações, quando as poucas que ele nem tem são bem inferiores às dele.
Uma amiga de grupo da internet escreveu
mensagem discordando do meu texto, tendo se manifestado na forma a seguir.
“Li seu texto e confesso que
me entristece os adjetivos dispensados ao nosso presidente Bolsonaro. Os
argumentos partem da premissa de um processo eleitoral justo e íntegro. Não
tivemos eleições honestas e transparentes. Lula foi escolhido e colocado na
cadeira de presidente pelo consórcio TSE/STF. Não há como fechar os olhos para
o que de fato ocorreu. Vejo em você, a partir de suas mensagens diárias, uma
pessoa sensível ao sofrimento humano. Entretanto, constato nos seus textos uma
atitude implacável com um presidente que, a despeito do tratamento desumano que
recebeu durante todo o seu governo, deixou para todos os brasileiros legados
positivos em inúmeras áreas. Além disso, estancou um histórico endêmico de
corrupção e roubo do dinheiro público. Enfim, fez muito, levando-se em conta
todo o cerceamento que lhe foi imposto. Sofreu uma tentativa de homicídio e
convive com sequelas graves da facada. Durante os quatro anos de seu governo
foi perseguido, ameaçado, humilhado, ofendido, caluniado. Me coloco no lugar
dele e sei que teria desistido. Não o julgo fugitivo, foragido ou covarde.
Sabemos das circunstâncias. Seria impiedoso culpar somente uma pessoa por todas
as mazelas a que hoje estamos expostos ou condená-lo pelas decisões tomadas no
final do mandato, após inúmeras traições. O motivo não foi revelado, mas
há um histórico negativo da esquerda a ser considerado. Ameaças? Não sei. Sinto
que lhe sobram os ensinamentos cristãos para uma posição piedosa e caridosa com
relação a este ser que muito sofreu para cumprir um mandato, delegado
democraticamente pela maioria dos brasileiros. O consórcio mencionado colocou
quem bem quis na cadeira de presidente, a partir de um maquiavélico plano,
longamente e minuciosamente estudado. Referido plano se cumpriria em qualquer
circunstância. E até com muito mais facilidade fosse o Tarcísio de Freitas (a
quem muito admiro) o candidato. Afinal, era Bolsonaro quem atraia multidões.
Qualquer outro que ousasse enfrentar o “sistema” seria destruído da mesma
maneira. Provas? Não as tenho, embora sejam inúmeros os indícios. Reconheço
e respeito o seu direito (e o direito de todos) de expor livremente os seus
pensamentos. Porém, condoída também com o tratamento que a esquerda continua
dando ao nosso presidente, tento vestir o papel de advogada de defesa (sem
experiência). Talvez consiga tocar seus nobres sentimentos a favor desse ser
humano, irmão de fé, que não é perfeito, assim como nenhum de nós.”.
Em resposta à respeitável mensagem,
eu disse que não é verdade que eu tenha me baseado em processo eleitoral justo,
porque tenho consciência de que isso não é verdadeiro, tanto que tenho lamentado
a falta da imprescindível intervenção militar, que certamente teria a principal
função de fiscalizar a operacionalidade das urnas eletrônicas, a despeito das
inúmeras suspeitas de irregularidades.
Essa imperdoável omissão tenho convicção
sim de imputar ao último ex-presidente brasileiro, que não teve, quando mais se
precisa dele, o mínimo de amor ao Brasil e aos brasileiros, em que pese ele ter
ficado durante todo o governo fingindo o contrário, ao se expressar reiteradamente
o “Brasil acima de tudo...”.
Se isso fosse verdade ele, teria
decretado o ato heroico, não importando o que fosse nem mesmo ameaças de
prisão, que parece que teria sido a causa de ele ter se acovardado e depois
resolvido fugir do Brasil, deixando seus seguidores expostos sob os perigos que
se concretizaram com a desgraça do dia 8 de janeiro.
É preciso também creditar à culpa
dele o lamentável desastre que se abateu sobre as cabeças de mais de milhar de brasileiros,
que foram presos injustamente, por envolvimento em processos por prática de terrorismo,
uma vez que nada disso teria acontecido se ele tivesse decretado a intervenção
militar, porque não haveria a necessidade da mobilização de protestos, que a
esquerda aproveitou muito bem para executar a horrorosa destruição de prédios
públicos, na forma como todos viram, cujo tragédia jamais teria acontecido se
tivessem sido implantadas as medidas saneadoras pretendidas pelos brasileiros
honrados e dignos.
É preciso ficar claro que o meu sentimento
pessoal, sob a minha sensibilidade humanitária, não tem nada a ver com a minha avaliação
sobre o desempenho administrativo do ex-presidente no seu exercício de
estadista, porque os fatos são distintos quanto à maneira de avaliação, posto
que eu distingo a pessoa do cargo.
Exemplifico isso, dizendo que,
como pessoa, o ex-presidente poderia muito bem ser extremamente negacionista e insensível,
como verdadeiramente foi, em especial, no combate à Covid-19, mas, jamais, em
hipótese alguma, ele poderia ter sido como estadista, quando se exige do homem
público o máximo de respeito aos princípios republicanos, além de todos os
outros referentes à sensibilidade, ao humanismo, à sensatez, à competência, enfim,
à efetividade e à eficácia em todos os seus procedimentos.
Se é verdade que o ex-presidente
recebeu tratamento desumano, também é verdade que ele correspondeu com a mesma
moeda, chegando a chamar as pessoas que temiam se contaminar com a Covid-19 de
maricas e outras adjetivações inadequadas para o momento de enfrentamento do
auge da pandemia do coronavírus, ou seja, como estadista, os bons exemplos
sempre devem partir da autoridade máxima.
Não se pode falar em legados
positivos em inúmeras áreas do governo, porque o pouco que ele fez estaria
apenas no âmbito da obrigação dele de fazer algo em proveito dos brasileiros,
porque ele foi eleito justamente para realizar bom governo, devendo se notar
que as melhores e notáveis obras do governo dele foram realizadas sob a batuta
do governador de São Paulo, na condição de ministro da Infraestrutura, como se
somente ele tivesse condições de produzir como deveriam também os demais
ministros.
Por se falar em legado, quais
foram as grandes obras iniciadas e concluídas no governo do ex-presidente,
levando-se em conta, em especial, as mudanças estruturais e conjunturais do
Estado, como modernização da educação, da saúde, da administração, dos tributos,
da previdência (sendo que esta passou por mera meia-sola), entre outras formas
de modernização da falida administração brasileira?
Não se tem conhecimento que o ex-presidente
tenha feito algo extraordinário, posto que somente cumpriu o mínimo necessário,
sem falar que a atuação dele no combate à Covid-19 foi a mais desastrosa
possível, tendo inclusive decidido deixar o principal órgão incumbido das políticas
de saúde pública acéfalo, por quase um ano, no auge da pandemia do coronavírus.
É direito das pessoas de não entenderem
como o presidente do país deixa de honrar as funções do seu cargo, quando ele
tinha nas mãos os poderes constitucionais, ex-vi do disposto nos artigos 37 e
142 da Carta Magna, para decretar intervenção militar, que seria medida possivelmente
salvadora das garras da nefasta esquerda, mas preferiu não fazê-lo, não prestou
justificativa aos seus eleitores e simplesmente decidiu se refugiar, como
medroso, em outro país, onde se encontra, há mais de dois meses.
Se ele tivesse o mínimo de dignidade pública,
poderia até nem ter decretado o ato heroico, mas jamais teria o direito de
deixar de explicar para os brasileiros honrados os motivos pelos quais teriam
sido muito importantes do que a entrega do Brasil à banda podre da política
brasileira, que somente algo de vida ou morte da nação poderia justificar
tamanhas incompetência e irresponsabilidade.
Não é verdade que o ex-presidente
do país estancou a corrupção endêmica, porque ele levou para o governo o deplorável
Centrão, que é sinônimo de fisiologismo na gestão pública, cujo grupo político
criou o nefasto orçamento secreto, que tem por finalidade a compra da consciência
de parlamentares, para apoiar os projetos do governo.
Também é conveniente lembrar que
a Operação Lava-Jato foi extinta no governo dele, depois que filhos dele foram
envolvidos em questões relacionadas com “rachadinhas”, cuja extinção não
mereceu qualquer manifestação por parte dele, a despeito de ter sido eleito
presidente da República empunhado a bandeira da moralidade.
Essa história de o ex-presidente
ter sido perseguido, ameaçado, humilhado, ofendido, caluniado, durante o
governo, não passa de conversas e desculpas fajutas, uma vez que o exercício do
relevante cargo presidencial se rege pelos princípios constitucionais da autonomia
e da independência dos poderes republicanos, em que todos precisam respeitar a
cartilha que contém os deveres e as obrigações específicos de cada poder, quanto
às suas atribuições legais.
Sob esse contexto, fica assente
que os assuntos distintos disso deveriam ter sido tratados, debatidos,
negociados no âmbito da conversa, do diálogo e da diplomacia, quando as perseguições,
ofensas e outros casos do gêneros precisavam ser resolvidos, se necessários, na
via Judicial, sem necessidade de utilizá-las como desculpas indecentes e
deselegantes, porque entendimento de vitimização apenas denota pura
incompetência administrativa.
O que se depreende de afirmações com
o envolvimento de perseguições somente há a possibilidade de conspiração a favor
de justificativas desnecessárias para incompetência, incapacidade para a superação
de situações que não condizem propriamente com as matérias de interesse do
Estado, porque, do contrário, todos esses assuntos seriam afastados de forma altruísta
e à altura da grandeza do cargo presidencial, sem jamais precisar se alegar qualquer
forma de perseguição, uma vez que isso somente condiz com fraqueza e fragilidade.
Chega a ser risível que haja
brasileiros que não consigam entender a desgraça causada ao Brasil e aos
brasileiros, em razão da omissão pela negativa da intervenção militar, ante a
desgraça propiciada com o comando do país pelo grupo político de índole
defensora da desonestidade e dos esquemas criminosos na administração pública,
quando nada disso poderia ter acontecido, caso a ação saneadora dos militares
tivesse confirmado as suspeitas de irregularidades denunciadas na operacionalização
das urnas eletrônicas das últimas eleições, em operação absolutamente inquestionável,
visto que ela tinha respaldo constitucional, na forma dos artigos 37 e 142 da
Carta Política brasileira.
Enfim, não é possível que o
motivo pela omissão do ato referente à intervenção militar seja superior ao da
salvação da competência, da dignidade e da moralidade da gestão pública
brasileira, porque, a meu ver, nada, absolutamente nada poderia ter sido mais importante,
em relação aos interesses do Brasil, nem mesmo a ameaça de morte de alguém,
porque estava em jogo a soberania da grandeza do país.
Com as devidas vênias, em se tratando de
exercício de cargo público, não se deve invocar piedade nem caridade, diante da
imperiosidade do Estado laico, mas sim competência, sensatez, sensibilidade, responsabilidade,
uma vez que o único sentimento que precisa prevalecer nas funções públicas é o envolvimento
do interesse público, que deve primar pelas eficiência e efetividade, que foram
algo que faltou na gestão passada, quando a prioridade do governante foi se
preocupar com os debates infrutíferos e estranhos aos interesses do Estado.
Sim, até pode ser verdade que o
plano era e foi afastar pessoa inoportuna do poder, disso não se tendo a menor
dúvida, com o porém de que a existência dessa ideia maquiavélica suscitou
precisamente tendo por base os próprios elementos fornecidos pela autoridade
malquista, que, além de fornecer a matéria prima para o próprio “enforcamento”,
não teve capacidade nem inteligência para se desviar preventivamente das armadilhas
preparadas para ele, que foi apanhado como patinho inocente, conforme mostram
os fatos.
Os ditos “algozes” do ex-presidente
do país arquitetaram e executaram plano perfeito, que foi aceito como uma luva
por ele, tendo entrado no jogo com a maior ingenuidade possível, de modo que
ele se envolvesse nos debates absolutamente desnecessários e deixassem em
segundo plano as atividades de efetiva importância para o Estado, cujo
resultado é exatamente esse que está aí, em que o mandatário é derrotado por
político em plena decadência de moralidade, conforme mostram os fatos
históricos.
Com todo respeito à sensibilidade
devotada à pessoa do ex-presidente da República, convém ficar muito claro que é
preciso se avaliar apenas o desempenho dele estritamente como estadista, em
relação ao seu trabalho em prol dos interesses da sociedade, que precisa
prestar contas sobre os seus atos quanto às atividades inerentes ao cargo
presidencial, conquanto a questão pertinente ao ser humano é outra história que
precisa ser avaliada sob outro prisma bem diferente e alheio às atividades
públicas.
No que tange à avaliação do
desempenho do governo, convém sim ficar muito clara a posição inconfundível
quanto à responsabilização que precisa ser imputada ao último ex-presidente
brasileiro, cujo legado é questionável, no que diz respeito ao amor e à defesa
dos interesses do Brasil e dos brasileiros, à vista da insensibilidade política
que permitiu a entrega do país, de mãos beijadas, à esquerda, que já deu provas
de gestão absolutamente prejudicial aos interesses do Estado brasileiro.
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