quinta-feira, 2 de março de 2023

Decepção?

 

Um importante empresário, comunicador e apresentador de televisão afirmou estar "decepcionado" com as atitudes do último ex-presidente do Brasil, após ele perder a eleição presidencial, em especial porque ele foi seu fiel apoiador, mas entendeu de criticar a ida dele para os Estados Unidos, um dia antes do fim do mandato, tendo aproveitado para afirmar que o ex-mandatário foi o responsável pela volta do atual presidente ao poder.

O empresário afirmou, textualmente, que "Quem devolveu o Brasil para o PT e para o Lula foi o Bolsonaro, com as bobagens que fez e disse e que não precisava. Estava ganho, precisava ter administrado melhor. Ele (o ex-presidente) ouve pessoas erradas, Carluxos da vida, que estão belicosos, querem bater em todo mundo. A mulher brasileira não quer gente machista andando de moto, batendo e xingando. Fizeram tudo errado: ele saiu do Brasil, não entregou a faixa presidencial, foi covarde e não voltou até agora, não falou com ninguém, ficou um silêncio constrangedor. Quando falou, foi uma decepção. Me decepciono com esse tipo de gente, não quero mais com esse tipo de atitude".

O empresário disse ainda que não se pode torcer contra o país e que, se fosse presidente, faria diferente, tendo declarado: "Temos que entender que a eleição foi vencida e pronto, acabou. Se eu fosse presidente, teria ido para a rede nacional falar 'preparem-se para a maior oposição democrática que esse país já viu, não vou deixar destruírem meu país'. Mas uma oposição democrática, legal, sem baderna e bagunça".

Em outro trecho, o comunicador criticou a falta de posicionamento do político, mesmo com o resultado negativo para os seus apoiadores, tendo afirmado que “Se eu fosse ele, eu teria chamado a rede nacional de televisão, porque ele era presidente ainda. 'Gente, perdemos a eleição, estou triste pela esquerda voltar para o país, fiquei muito decepcionado, vou tirar um mês de férias, mas preparem-se para a maior oposição democrática que esse país já viu! Eu vou fazer uma oposição e não vou deixar destruírem meu país.'”.

À toda evidência, as colocações do empresário têm plenas plausibilidades, uma vez que o principal líder conservador se comportou como verdadeiro egoísta, ao se recolher, por completo no Palácio da Alvorada, em obsequioso silêncio, ignorando os comezinhos princípios democráticos e de civilidade, quanto à necessidade de comunicação com os seus eleitores, que mereciam o mínimo de respeito, em termos de compartilhamento da condoída derrota, que não foi somente dele, mas sim do Brasil e de milhões de brasileiros, que defendiam a continuidade dele no governo, mesmo não sendo a pessoa indicada para o relevante cargo presidencial, mas tinha atributos melhores do que às do seu opositor, que se tornou símbolo da desonestidade e dos esquemas criminosos na administração pública.

É evidente que essa análise se refere ao resultado que finalmente acabou por prevalecer, já que ele foi totalmente incapaz de revertê-lo, a despeito de inúmeras suspeitas de irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas, quando ele não teve iniciativas eficientes e efetivas para provar a farsa havido no processo eleitoral, quando a mídia denunciava situações esdrúxulas de urnas com 100% de votos para único candidato, votação muito além do horário previsto na legislação eleitoral, entre outras inaceitáveis manipulações com potencial a indicar, no mínimo, a fiscalização apropriada, em forma de auditoria, mas que acabou permanecendo tudo conforme a imposição da Justiça eleitoral.

Sim, há justa insatisfação pelo fato de o ex-presidente do país ter simplesmente se isolado, em total desprezo, em especial, aos seus eleitores, como se ele não fosse o então principal homem público do país, que tinha pleno apoio de milhões de brasileiros.

É preciso ponderar, com destaque, a sua omissão de não ter decretado a intervenção militar, que teria sido importante instrumento capaz de promover também a reclamada auditoria nas urnas eletrônicas, que poderia mostrar, finalmente, o verdadeiro resultado das últimas eleições, confirmando os verdadeiros vitoriosos, uma vez que não foi liberado acesso ao “código-fonte”, que teria permitido a devida fiscalização pelas Forças Armadas e o partido pelo qual ele é filiado.

Ou seja, além de ter deixado de se comunicar com o mundo, o ex-presidente do país pode ter cometido o pior crime contra o Brasil, que é o de lesa-pátria, por ter sido omisso e covarde, quando o país mais precisava da importantíssima e decisiva atitude que era da competência constitucional dele, com relação à decretação da imprescindível intervenção militar.

Essa medida estava perfeitamente respaldada no disposto dos artigos 37 e 142 da Constituição, quando eles estabelecem, respectivamente, que a administração pública obedecerá aos princípios, entre outros, da publicidade, que é o mesmo que o da transparência, e da garantia da lei, que é da incumbência das Forças Armadas, uma vez que essa garantia foi negada pela Justiça eleitoral, quando negou acesso ao “código-fonte”, que propiciaria também a tão necessária auditoria das urnas eletrônicas.

Os brasileiros precisam se conscientizar sim de que um dos principais responsáveis pela devolução do Brasil à esquerda foi o ex-presidente do país, conforme afirmou o mencionado empresário, à vista do conjunto das bobagens, das atitudes antidemocráticas relacionadas com os debates inúteis, improdutivos, desnecessários, em defesa de coisa alguma inerente ao interesse da sociedade, senão de si próprio, conforme mostra a falta de resultados das suas incursões absolutamente inconsequentes, que não passaram de perda do tempo que poderia ter sido dedicado às causas de interesse da população, como assim deve ser a finalidade de quem se elege para a prática somente de realizar o bem comum.

Os brasileiros, no âmbito da responsabilidade cívica e patriótica, têm a obrigação de aprender com os péssimos exemplos protagonizados pelo último presidente da República, que mostrou, de forma pedagógica, como não deve se comportar o verdadeiro estadista, quando ele ignorou, por completo, os comezinhos princípios insculpidos na cartilha do presidente da República.

Essa autoridade tem o dever institucional de somente agir em estrita defesa do interesse público, diferentemente do que se houve o ex-presidente, que levou seu tempo discutindo abobrinhas inutilmente com a imprensa, a oposição e parte do Judiciário, em eterna queda-de-braço que não levou a absolutamente nada, em termos práticos, conforme mostra a história do seu governo.

A verdade é que o tempo devotado às discussões à toa poderia ter sido aproveitado em cuidados com obras públicas, reformas das estruturas do Estado, na melhoria da educação, da saúde, da segurança pública e das demais políticas públicas em benefícios da população, sabendo que esses benefícios nunca tiveram a preocupação dele, tanto que nada fica de legado como algo a ser comemorado de importante do seu governo.

É preciso sim ter a sinceridade de reconhecer que o governo do último ex-presidente brasileiro não poderia ter sido mais melancólico, que apenas guarda absoluta consonância com o seu pífio desempenho, conforme mostra o resultado do conjunto das suas obras, uma vez que, do contrário, ele jamais teria perdido para político desqualificado, deixado de justificar seus atos, fugido do país, antes do término do mandato, para se refugiar em outro país, com medo de ser preso, segundo versões sobre ameaça de prisão para ele.

Convém que os brasileiros tenham a grandeza do reconhecimento de que, caso o balanço do desempenho do último presidente da República tivesse sido notável, em termos de resultados em benefício da sociedade, certamente que ele continuaria nos braços do povo, sendo aplaudido como verdadeiro estadista, ao contrário da enorme rejeição que o caracterizou como pessoa simpatizável somente aos seus fiéis seguidores.

Brasília, em 2 de março de 2023

Nenhum comentário:

Postar um comentário