quarta-feira, 22 de março de 2023

Os piores dos sentimentos?

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, o presidente do país declarou, pasmem, exatamente o seguinte: “Só vai tá bem quando f.... esse Moro. Vocês corta a palavra f.... Eu tô aqui pra me vingar dessa gente (sic)”.

Embora se trate de termo de baixo calão expressado logo por quem tem o dever de ser exemplo para os brasileiros, porque a sua pronúncia ofende e agride profundamente as pessoas com o mínimo de civilidade, que primam pelo melhor nível da cultura da língua portuguesa falada e que respeita a dignidade do ser humano, os brasileiros precisam conhecer a mentalidade doentia, devassa e vulgar de quem preside o Brasil, que não tem o menor escrúpulo em afirmar, em público e sem qualquer justificativa, que está na Presidência da República "pra me vingar dessa gente.".

Falar abertamente em vingança, quando ele foi julgado por se envolver em atos suspeitos de ilicitudes, dando a entender que ele representa personalidade extremamente imaculada, que nunca tivesse participado de atos suspeitos de irregularidades nem esquemas criminosos destinados ao desvio de recursos públicos, para finalidades escusas, que nunca foram explicados e justificados à Justiça e aos brasileiros, como dever obrigatório dos verdadeiros homens públicos.

Sim, é preciso que os eleitores desse político sintam quem eles apoiaram para comandar o Brasil, que, à toda evidência, merece ser presidido por pessoas digna e honrada, evidentemente com somente amor no coração e que menosprezem os sentimentos de ódio e de vingança, porque somente os bons propósitos podem contribuir para a evolução e o progresso de uma nação e do seu povo.

Enfim, o que se esperar de quem foi capaz de se envolver, sendo incapaz de justificar perante a Justiça e a sociedade, em atos de desonestidade e esquemas criminosos, conforme investigações promovidas pela Polícia Federal e julgamentos da Justiça, senão manifestação de ódio e vingança, absolutamente injustificável?

À toda evidência, a pessoa que o político pretende perseguir e se vingar pode até ter cometido algum desvio de conduta procedimental, mas as sentenças judiciais proferidas por ele tiveram por base condutas delituosas praticadas pelo político, devidamente comprovadas por meio de acuradas investigações, cuja materialidade sobre a autoria delas levou a Justiça a condená-lo à prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ficando caracterizada a maculabilidade, por parte dele, na vida pública, sem que ele tivesse capacidade para justificar absolutamente nada, quanto à sua inocência.

O certo é que esse político, além de ter sido penalizado, por conta de comprovado desvio de conduta moral e política, não teve a mínima dignidade para reconhecer e assumir a sua culpa nos escândalos devidamente chancelados pela Justiça brasileira de primeira, segunda e terceira instâncias, em sentenças prolatadas à unanimidade, obviamente sem restar qualquer margem de dúvida quanto à roubalheira perpetrada em cofre de estatal, sob a liderança desse político manifestamente odioso.

Causa estranheza que o político pretenda se vingar somente do ex-juiz da Operação Lavra-Jato, quando ele também foi julgado por três desembargadores e cinco ministros, respectivamente das segunda e terceira instâncias, quando estes respaldaram a decisão inicial, o que poder-se-ia levar à ilação de que todos os magistrados teriam sido igualmente injustos ou desidiosos, no cumprimento do exercício funcional, quando os fatos mostram que todos os juízes se ativeram aos elementos constantes dos autos, cujas sentenças não merecem qualquer reparação, à luz das irregularidades denunciadas à Justiça.

À toda evidência, esse imbróglio referente aos escândalos do mensalão e do petrolão, que não permitem quaisquer dúvidas quanto às suas materialidade e autoria, à vista de reiteradas decisões judiciais confirmando a prática das irregularidades, merecia os implacáveis repúdio e reprovação dos brasileiros, no sentido de jamais votarem em político ficha suja, que não consegue comprovar a sua inocência quanto às denúncias apresentadas contra ele, na Justiça brasileira.

Como ainda há muitos antibrasileiros com a mesma mentalidade nefasta de desonestidade igual à do político, termina que o apoio deles dá a falsa ideia de que ser desonesto, na gestão pública, é normal, ou seja, mesmo tendo sido condenado à prisão, por ter se beneficiado de propinas, com recursos públicos, isso, pelo visto, não caracteriza qualquer mácula, segundo a fisiologia socialista, conforme assim pensa quem é autêntico símbolo de desonestidade, na vida pública.

É muito provável que nem nas piores republiquetas exista povo com mentalidade tão insensata como a de muitos antibrasileiros, que conseguem ser roubados e ainda compreendem e aceitam pacificamente a jactância do criminoso, como se ele ainda fosse a criatura mais honesta e respeitada da face da Terra, mesmo diante dos fatos irregulares robustamente comprovados e julgados pela Justiça.

O certo é que, cada vez mais, há motivos suficientes para se convencer de que o povo tem o governo que merece, porque não poderia haver melhor perfil do que se apresenta o atual do Brasil para se concluir em confirmação segura d0essa assertiva, conforme mostram os fatos.

A verdade é que, diante da manifestação clara e inequívoca do presidente do país, de que, segundo ele, “Eu tô aqui pra me vingar dessa gente”, não resta a menor dúvida da falta de caráter e personalidade de quem preside os negócios do Brasil, quando o seu pensamento está dominado pelo ódio e pela vingança, que condizem precisamente com os piores sentimentos nutridos pelo ser humano, o que vale se afirmar, com absoluta segurança, que ele demonstra péssima exemplo para os brasileiros, uma vez que esses propósitos somente condizem com fluidos negativos e inferiores, próprios de pessoas infelizes e cheias de rancores.

É evidente que o lastimável episódio em apreço é motivo de profundo entristecimento para o Brasil, que tem o propósito de mostrar que os brasileiros precisam se conscientizar de que quem nutre ódio e vingança no coração não condiz exatamente com a grandeza que permeia o sentimento das pessoas honradas e dignas, ante a formação cultural e tradicional dos brasileiros de verdade, que defendem a todo custo os bons exemplos de família e civilidade, condizentes justamente com as melhores padrões de fraternidade e amor.

Brasília, em 22 de março de 2023

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