sexta-feira, 10 de março de 2023

Eleições honestas?

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, o último ex-presidente do Brasil é saudado pelo também último ex-presidente dos Estados Unidos da América, tendo afirmado que ele é grande político da América do Sul e que a presença dele no encontro político honrava o evento.

Diante disso, eu escrevi que causa perplexidade se notar o enorme prestígio que tem o ex-presidente do Brasil, que se encontra refugiado nos Estados Unidos, por ninguém mais do que outro ex-presidente, o norte-americano, que também foi igualmente defenestrado do cargo, nas urnas, por vontade do povo, em razão de altíssima rejeição aos seus desempenhos à frente dos respectivos cargos.

Enfim, como se notar prestígio nessas condições, quando inexiste mérito nenhum em político visivelmente decadente?

Seria muito mais importante se o ex-presidente brasileiro tivesse tido a dignidade de ter ficado no Brasil, depois do término do seu mandato, quando ele até poderia ter se animado a justificar aos seus eleitores os motivos pelos quais ele se acovardou e deixou de decretar a intervenção militar, cuja omissão dele permitiu a entrega do poder à nefasta esquerda, fato este que pode ser caracterizado como a prática de crime de lesa-pátria, a merecer o integral e definitivo desprezo dos brasileiros honrados e dignos, que amam o Brasil, não importando as condições.

Diante da negativa da intervenção militar, que competia constitucionalmente ao presidente da República, resta somente o merecimento dele de persona non grata, exatamente porque a omissão de que se trata permitiu que o Brasil fosse entregue, sem nenhuma resistência, à banda podre da política brasileira, que certamente há de conduzi-lo ao pior abismo da gestão pública, graças à insensibilidade de quem se acha a glória de ser prestigiado por ex-presidente igualmente derrotado, que não tem significância alguma para os interesses do Brasil.

Os brasileiros que amam o Brasil precisam se conscientizar sobre os verdadeiros valores dos homens públicos que interessam, custe o que custar, pela defesa das causas do Brasil e dos brasileiros, que é algo que faltou ao último presidente brasileiro, diante da negativa da intervenção militar, possibilitando a entrega do poder à nefasta esquerda, a falta de justificativa aos brasileiros por essa gravíssima omissão e a falta de vergonha por ter fugido e pedido asilo a outro país, tudo a demonstrar as suas qualidades peculiares de péssimo homem público, que não honra seus atos na vida pública, à vista desses fatos deploráveis.

Em discordância com o meu texto, uma pessoa de grupo da internet escreveu a seguinte mensagem: “Acabo de ler as suas seguintes palavras: ‘… que também foi igualmente defenestrado do cargo, nas urnas, por vontade do povo, em razão de altíssima rejeição aos seus desempenhos à frente dos respectivos cargos.’ Afinal, tivemos ou não tivemos eleições honestas e transparentes no Brasil? Você acredita realmente que Bolsonaro foi defenestrado do cargo, nas urnas, por vontade do povo?”

Em resposta à aludida contestação, eu disse que sabia perfeitamente que as eleições foram manipuladas, às vista das denúncias que não foram esclarecidas, para se ajustarem à vontade soberana do sistema.

Sobre esse fato, já deixei bastante claro em vários artigos, inclusive afirmando que o próprio ex-presidente deu enorme contribuição nesse processo de autodesgaste político dele, ao aceitar fazer o jogo arquitetado pelo sistema, que conseguiu realizar os objetivos planejados por ele.

Ou seja, nesse processo, o ex-presidente do país foi presa fácil, justamente por se permitir o seu envolvimento onde ele jamais deveria ter se metido, que foi ao debate diretamente com subelementos do sistema, cujo resultado não levou a absolutamente nada, em que ele terminou sendo tragado literalmente pelos teias de aranha armadas pelo esquema criminoso, conforme mostram os fatos.

Prova disso é que ele não teve capacidade de reação para reverter o resultado trágico para ele das urnas, por meio de recursos competentes, junto aos tribunais pertinentes, em que, finalmente prevaleceu o resultado das urnas imposto pelo sistema, que assim, de forma visivelmente obtusa, terminou prevalecendo como sendo a vontade do povo, tanto isso é verdade que o atual presidente do país se mantém no cargo exatamente em razão dos artifícios engendrados pelo sistema.

A verdade é que tudo foi feito como se isso representasse a vontade legítima do povo, que todos sabemos que isso não é a verdade das urnas, mas não se pôde mudá-la, como seria possível por meio da intervenção militar, que teria acesso ao “código-fonte”, a possibilitar a necessária fiscalização com à busca da normalidade da operacionalização das urnas e à  mostra das possíveis falcatruas existentes.

Não obstante, o ex-presidente do país, que tinha competência constitucional para tanto, se arregou de medo e perdeu importante oportunidade para passar para a história brasileira como o grande herói nacional, se tivesse decretado a intervenção militar, ou seja, isso, de certa forma, ajuda a compreender que o próprio presidente de então terminou sendo conivente com o trabalho imundo do sistema.

Ou seja, em termos constitucionais, o ex-presidente tinha poderes para a adoção de medidas legais para o devido esclarecimento dos fatos, com amparo absolutamente jurídicos, à vista de suspeitas de casos com evidência de irregularidades nas urnas, mas ele preferiu nada fazer, possivelmente em prejuízo dos próprios interesses.

Bem, é assim que eu enxergo os fatos e respeito quem pensar diferentemente de mim, evidentemente por ter compreensão diversificada de como imagino os fatos políticos, certamente sob os auspícios dos consagrados princípios democráticos do direito das liberdades individuais e de expressão, que subentende o respeito à opinião livre e soberana, não sendo justo que eu possa afirmar que seja injusta a manifestação divergente da minha, posto que penso seria normal que houvesse a reciprocidade quanto ao respeito ao pensamento das pessoas.

Brasília, em 7 de março de 2023 

Nenhum comentário:

Postar um comentário