A
Assembleia Nacional de Cuba decidiu abolir a palavra comunismo da Constituição,
vigente há quase sessenta anos, tendo esse verbete por base, quando ela foi
aprovada, justamente em seguimento ao regime da era soviética.
Não
obstante, continua na ilha caribenha o Partido Comunista, ainda chefiado pelo
general ditador que passou o cargo de presidente do país para quem não manda
absolutamente nada, uma vez que a ilha continua sendo comandada pelo presidente
anterior, na mesma linha da força motriz do sistema de partido único, que
vigora em Cuba há mais de meio século, ou seja, o regime cubano anuncia
reformas, mas nada muda, porque tudo permanece intocável na sua essência.
O
esboço da nova Constituição formaliza a propriedade privada, para autorizar a abertura,
de restaurante pela iniciativa privada, mas o regime deixa claro que não haverá
abertura para fora de seus princípios e seus ideais ideológicos e seguirá no
antigo e já andado caminho do ferrolho de sempre, em direção ao rumo que o
presidente do Parlamento denominou de socialismo sustentável, enquanto o novo
presidente deixou bastante claro que o país não fará qualquer giro rumo ao
capitalismo.
Para
analistas financeiros, a economia cubana teve significativas perdas em razão da
crise que atingiu profundamente a Venezuela, que vinha sendo seu principal
parceiro, e, em 2016, registrou a primeira recessão em 20 anos, sendo obrigado
a reduzir drasticamente seus investimentos na ilha.
A
economia cubana clama por abertura de mercado, mas essa brecha vem sendo
dificultada ao extremo, em razão do rigoroso controle da economia pelo Estado, fato
que contrapõe a entrada de capital bastante escasso na ilha, que precisa de
facilidades e incentivos para os investimentos estrangeiros, no sentido da
garantia da oxigenação de capital até mesmo para a sobrevivência econômica da
ilha.
O
atual presidente cubano, que tomou posse recentemente, vem seguindo
rigorosamente a cartilha e as diretrizes de seu mentor, dando fiel continuidade
às políticas dele, inclusive nas instituições públicas e com relação aos seus
titulares, talvez para não o contrariar nem o aborrecer, evidentemente sob pena
de perder a confiança do todo-poderoso e cair em desgraça, sabendo-se que a
queda do poder ali só depende de pequeno deslize.
Sob
a nova Constituição, o presidente passará a chefiar um Conselho de Ministros e
não mais um Conselho de Estado, sendo instituída a figura do primeiro-ministro,
também subordinado ao mandatário do país.
Diante
das terríveis dificuldades, principalmente econômicas, não passa de extrema
dissonância com o mundo real, a afirmação feita por um dirigente revolucionário
de que não pode haver abertura do sistema para que isso não seja capaz de
contribuir para a desestruturação do “socialismo sustentável”, que deve ser no
sentido de sustentável da decadência, do atraso e principalmente da
incompetência, em termos de sentimentos de desrespeito dos princípios
humanitários, diante da negação das plenas liberdades individuais e da impossibilidade
da livre iniciativa de expressão, pensamento, locomoção, mobilidade e tudo o
mais que as pessoas possam ser tratadas em consonância com os princípios
humanitários e de civismo, em ambiente próprio e arejado para a mente humana se
desenvolver em plenas condições de criação, imaginação e produção do que bem
quiser, sem o controle totalitário e restritivo que não condiz com os
sentimentos humanitários e democráticos.
Há
que se notar que a “importantíssima” retirada da palavra comunismo da
Constituição, como demonstração altruísta do regime socialista - não mais
comunista -, não poderia ter sido, em termos estratégico e depois de quase
sessenta anos de Revolução, medida com o simbolismo extremamente revolucionário,
exatamente porque isso se coaduna muito precisamente com a ideologia ultraretógrada
cubana de ser, tendo em conta que o regime sanguinário, totalitário e desumano
vai continuar exatamente tal e qual, em que os direitos humanos e os salutares
princípios democráticos vão permanecer como dantes no quartel de Abrantes.
O
certo é que, apesar dessa extraordinária e revolucionária medida que o regime
socialista cubano conseguiu promover, depois de mais de meio século, diga-se de
passagem, com a retirada da palavra “comunismo” da sua Constituição, os ilhotas
vão continuar tendo o mesmo padrão revolucionário de sempre, com o velho e
conhecido massacre da população sob o regime socialista.
Ou seja, sob a égide do regime revolucionário,
não há perspectiva de nenhuma diferença quanto à péssima qualidade de vida,
exatamente para o bem geral dos revolucionários,
que se satisfazem com o povo sendo submetido à miséria, ao racionamento de
alimentos sob cadernetas e totalmente privação de suas relações com o mundo
desenvolvimento, moderno e civilizado, em completo e longevo atraso que já
perdura por décadas a fio, em sofrido descompasso com o mundo já acostumado com
outra mentalidade humana e desenvolvida, e o pior de tudo isso é que não há a
menor chance de mudanças senão para algo ainda mais drástico e desumano, distanciado
da realidade do mundo iluminado e próspero, que já ultrapassou a barreira do
som, se comparado à penúria de subdesenvolvimento vivenciado na ilha castrista.
Os
fatos mostram para o mundo de outra civilidade, livre e desenvolvido, o quanto
ainda têm nações que estão a ano-luz da clarividência e dos avanços da
humanidade, em termos dos avanços da ciência e da tecnologia, em demonstração
do que seja possível penalizar uma nação e seu povo, em nome do desumano e
cruel regime socialista, que tem como princípio, pasmem, a igualdade social, em
que a escória tem o único direito de permanecer em silencio diante da privação
dos direitos humanos e das liberdades democrática e humanitária,
Os
brasileiros precisam projetar para seus sentimentos o quanto seja terrível e
desastroso a execução do regime socialista/comunista tão bem e de forma
eficientemente colocados em marcha, em especial, pelos governos ditatoriais de
Cuba e Venezuela, tanto quanto ao desprezo pelos sentimentos e princípios
humanitários, em que as liberdades individuais, de expressão, pensamento e
iniciativa particular são mandadas literalmente para o espaço sideral, como ao
apego à incompetência administrativa, onde os princípios econômicos são
eternamente maltratados e abusados e as consequência para a população é vista
sob a forma da miséria, da falta de alimentos, remédios e tantas outras
terríveis agruras que obrigam o povo a imigrar, quando pode (na ilhota não
pode), para fugir do inferno proporcionado por tão perverso e desumano regime
socialista, que ainda tem sido estranhamente defendido a distância pela insensata
esquerda tupiniquim. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 26 de julho de 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário