A ex-presidente da República petista confirmou
sua pré-candidatura ao Senado Federal pelo Estado de Minas Gerais, tendo
afirmado, na ocasião, que "Não vou
me furtar a participar de uma luta que eu julgava que não teria mais
participação ativa eleitoral".
Ela
enfatizou que "Estou me colocando ao
Senado, fazendo uma consulta ao partido para avaliar as condições. Essas
eleições são importantes porque podem interromper o processo do golpe".
Segundo
a notícia, a candidatura da petista é, pasmem, considerada favorita em Minas
Gerais, estado onde ela derrotou o seu arqui-inimigo senador tucano, nas
eleições presidenciais de 2014, os quais poderão se enfrentar novamente nas
próximas eleições, caso ele também resolva se candidatar ao Senado Federal.
Um
deputado estadual do PT já havia dito que "Ela é candidatíssima e para ganhar. A decisão já havia sido tomada por
Lula e pela direção nacional e ela já tinha aceitado".
O
pré-candidato tucano ao governo de Minas afirmou que o estado "não admite aventureiros e muito menos
paraquedistas", em clara alusão à candidatura da petista, que até
então tinha residência eleitoral em Porto Alegre, mas resolveu, de última hora,
arriscar a sorte nas urnas por Minas.
Um
político tucano teceu duras críticas à atitude da petista, ao mostrar o tom que
pode ser dado à campanha eleitoral, quando ele afirmou: "A história dela foi construída no Rio Grande
do Sul. Esse negócio de candidatura arrumada de última hora não funciona aqui.
Aqui não é Amapá, não é nenhuma senzala, nenhum curral eleitoral", fazendo
referência ao ex-presidente da República, chefe do clã político maranhense, que
mudou o domicílio eleitoral para o referido estado e lá obteve vaga no Senado,
até encerrar a carreira política.
O
político tucano foi bastante enfático, ao classificar a ida da petista para
Minas como gestos de oportunismo e agressão à inteligência do povo daquele
estado, nestes termos: "A vida
política tem que ser feita por princípios e não por conveniência. O mineiro vai
rechaçar isso com veemência. Mineiro vai eleger o mineiro". Com
informações da Folhapress.
É
preciso que os mineiros compreendam o verdadeiro sentido da moralização que o
país exige e o fato de a política ter sido afastado do cargo de presidente do
país, em processo absolutamente legítimo, por ter sido placitado pelo Supremo
Tribunal Federal, já é mais do que sintomático para que essa pessoa se
consciente de que a sua candidatura a qualquer cargo público não pode ser
levada a sério, embora neste país a prática das atividades político-partidárias
tem muito a ver com nenhum sentimento de retidão e de respeito aos princípios
republicanos, no estrito e exato sentido do termo, principalmente quando se
imaginava que o povo havia aprendido um pouco sobre o que seja moralidade e
respeito à coisa pública.
Não
é crível que a petista possa afirmar que "Não vou me furtar a participar de uma luta que eu julgava que não teria
mais participação ativa eleitoral", mas à luz dos acontecimentos, não
há a menor dúvida, de que ela não somente deve como pode se furtar sim à luta,
como forma de dar oportunidade a quem possa mostrar realmente competência para
representar o povo, com a devida dignidade, sem correr o risco de responder a
processo de impeachment, por crime de responsabilidade, porque isso não tem
nada a ver com golpe, mas sim com desrespeito às normas de administração
orçamentária e financeira, quando há indiscutível rombo nas contas públicas,
onde as despesas superaram as receitas, em clara demonstração de descontrole do
Orçamento da União e isso é fato concreto demonstrado pelo déficit das contas
públicas, sendo que os brasileiros, em especial os mineiros, precisam compreender
que o seu estado tem político em excelentes condições de representá-los no Senado,
evitando que aventureiros exerçam esse papel político da máxima importância
para o pais.
Não
há a menor dúvida de que é preciso que a petista se furte à luta a que ela se
refere, porque o cargo por ela pretendido diz respeito não somente à
representação dos mineiros, mas sim dos brasileiros e estes, na sua expressiva maioria
certamente não gostariam que ela retornasse nunca mais ao cenário político
nacional, ante o seu desastroso legado de péssima gestora dos recursos públicos,
à vista dos estragos causados na economia, com destaque para a recessão, o
desemprego, as altas inflação e taxas de juros, entre outras mazelas difíceis
de se apagar da memória.
Os
mineiros encontram na candidatura de alguém que foi defenestrada do principal
cargo da República em razão da prática do crime de responsabilidade, que exige,
com consequência, a pena vinculada de inelegibilidade por oito anos, mas isso não
ocorreu por força de manobra orquestrada pelo então presidente do Supremo
Tribunal Federal e presidente da Comissão de Impeachment do Senado Federal, importante
e especial oportunidade para se fazer, agora, a devida justiça nas urnas, como
demonstração de vergonha na cara e caráter cívico-patriótico de não eleger
candidata sem os devidos mérito e qualificação para representar o povo daquele
estado, que precisa ter a consciência sobre o que é melhor para o país e os
brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 1º de julho de 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário