Em somente um mês, em junho, a inflação na
Venezuela atingiu o inacreditável índice de 128,4%, fazendo o índice interanual
disparar a insuportável 46.305%, de acordo com relatório da lavra do
Parlamento, de maioria opositora, divulgado no último dia 9.
O deputado, que também é autor do estudo, explicou
que a inflação diária na Venezuela, durante o mês passado foi em média de 2,8%,
o equivale ao aumento do custo de vida, em um ano, em países como Colômbia ou
Chile, ou seja, a inflação de um dia na Venezuela equivale ao que é apurada em
um ano nos mencionados países.
Um parlamentar venezuelano disse que a inflação de
junho superou em 18 pontos a de maio passado, quando, pela primeira vez, esse
índice quebrou a barreira dos 100%, em somente um mês.
Diante do caos econômico, o Banco Central da
Venezuela deixou de publicar informações sobre os resultados da economia, a
partir em fevereiro de 2016.
Por seu turno, o Fundo Monetário Internacional
prevê que a hiperinflação naquele país ultrapasse 13.800%, este ano, enquanto
os deputados da oposição estimaram que poderia ser pelo menos 100.000% e chegar
a 300.000%, mas isso é simplesmente inaceitável.
O certo é que os fatos mostram, à luz dos
indicadores econômicos, que aquele país estaria em melhores condições, em
termos de gestão pública, se estivesse absolutamente acéfalo, diante da
demonstração de que a atuação do presidente só contribui para agravar e
aprofundar ainda mais a crise que já é alarmante, diante da inexistência de políticas
públicas que poderiam sinalizar para a retomada das rédeas da economia, que
cada vez se esconde por trás de profundas crises.
Acontece que a intensificação da crise econômica é
fruto do agigantado e poderoso controle do sistema econômico, exercido com mãos-de-ferro
pelo governo, que foi capaz de sufocar por completo a iniciativa privada, que
não tem autonomia para absolutamente nada, porque os preços são estabelecidos
não naturalmente pelas leis de mercado, mas sim pela vontade brutal do regime
ditatorial, sob pena de confisco, aplicação de multa, fechamento de
estabelecimentos e negócios, passando tudo para o gerenciamento incompetente e
ineficiente do Estado, que praticamente controla tudo e é dono de quase tudo,
por força das medidas drásticas, confiscatórias e predatórias adotadas na
economia.
O resultado do poder arbitrário e totalitário,
conjuminado com o controle inflexível sobre os preços teve como reflexo o
estrangulamento do livre comércio, o desaparecimento dos produtos de primeira necessidade
das prateleiras, como alimentos, remédios etc. e a natural explosão da inflação,
como relatado acima, diante da terrível e cruel guerra inevitável entre oferta
de produtos, que sumiram de forma progressiva e assombrosa, e a procura, que se
mostra cada vez mais agressiva, por ser elementar e natural, porque ninguém
consegue viver sem alimentos e demais componentes de subsistência, porque eles
estão raros e isso é o seu preço, que é medido e refletido pela inflação, que
já atingiu nível simplesmente estratosférico de quase 130% somente em um único mês,
enquanto a inflação anual brasileira vem oscilando, com a greve dos
caminhoneiros, entre 3% a 4% a.a., o que, se baixasse um pouco, seria bem
melhor, mas já está para lá de maravilhoso, em comparação com a aceleradíssima
inflação do famigerado regime socialista da Venezuela.
Entrementes, causa espanto se perceber as
inevitáveis agruras e tragédias de país totalmente atolado nas piores e gravíssimas
crises generalizadas e de toda ordem ainda ter quem consegue ver isso como às
mil maravilhas do paraíso terrestre, como no caso da esquerda brasileira, que tem
a insensatez e a insensibilidade, para não mencionar algo mais adequado ao caso,
de hipotecar seu total apoio ao governo ditatorial e totalitário da Venezuela,
mostrando seu amor ao regime socialista que tem sido símbolo da destruição do
país e de seu povo, que, nos últimos tempos, não suportando mais o caos, o infortúnio,
o sofrimento, o martírio e os maus-tratos em geral, foge do fogo do inferno
para outros países, como forma de salvo-conduto e alívio da infelicidade.
É sempre oportuno e importante mencionar esse fato
e outros igualmente deprimentes e preocupantes, de visível e notável calamidade
pública, diante das gigantescas e graves implicações sociais, que vem acontecendo
na Venezuela, país que é regido conscientemente pelo famigerado regime
socialista/comunista, cujo governo já deu sobejas mostras de absoluta incompetência
e ineficiência, a exemplo da supracitada deplorável situação econômica.
A bem da verdade, os fatos ultrajantes de
desumanidade que acontecem na Venezuela convidam necessariamente os brasileiros
à reflexão, com vistas à inevitável avaliação sobre a extensão das desgraças
que o regime socialista é capaz de transformar qualquer país de economia forte,
consistente e equilibrada em absolutamente escombro do nada, como mostram os
fatos aludidos na inicial, onde a inflação alarmante é o retrato fiel do
fantasma da economia, que não é desejável para povo algum, à vista do flagelo
que deve ser um país em permanente estado de crise humanitária, com o
permanente desabastecimento de produtos de primeira necessidade martirizando a nação
e seu povo. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 13 de julho de 2018
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