sexta-feira, 13 de julho de 2018

O flagelo da inflação venezuelana


Em somente um mês, em junho, a inflação na Venezuela atingiu o inacreditável índice de 128,4%, fazendo o índice interanual disparar a insuportável 46.305%, de acordo com relatório da lavra do Parlamento, de maioria opositora, divulgado no último dia 9.
O deputado, que também é autor do estudo, explicou que a inflação diária na Venezuela, durante o mês passado foi em média de 2,8%, o equivale ao aumento do custo de vida, em um ano, em países como Colômbia ou Chile, ou seja, a inflação de um dia na Venezuela equivale ao que é apurada em um ano nos mencionados países.
Um parlamentar venezuelano disse que a inflação de junho superou em 18 pontos a de maio passado, quando, pela primeira vez, esse índice quebrou a barreira dos 100%, em somente um mês.
Diante do caos econômico, o Banco Central da Venezuela deixou de publicar informações sobre os resultados da economia, a partir em fevereiro de 2016.
Por seu turno, o Fundo Monetário Internacional prevê que a hiperinflação naquele país ultrapasse 13.800%, este ano, enquanto os deputados da oposição estimaram que poderia ser pelo menos 100.000% e chegar a 300.000%, mas isso é simplesmente inaceitável.
O certo é que os fatos mostram, à luz dos indicadores econômicos, que aquele país estaria em melhores condições, em termos de gestão pública, se estivesse absolutamente acéfalo, diante da demonstração de que a atuação do presidente só contribui para agravar e aprofundar ainda mais a crise que já é alarmante, diante da inexistência de políticas públicas que poderiam sinalizar para a retomada das rédeas da economia, que cada vez se esconde por trás de profundas crises.
Acontece que a intensificação da crise econômica é fruto do agigantado e poderoso controle do sistema econômico, exercido com mãos-de-ferro pelo governo, que foi capaz de sufocar por completo a iniciativa privada, que não tem autonomia para absolutamente nada, porque os preços são estabelecidos não naturalmente pelas leis de mercado, mas sim pela vontade brutal do regime ditatorial, sob pena de confisco, aplicação de multa, fechamento de estabelecimentos e negócios, passando tudo para o gerenciamento incompetente e ineficiente do Estado, que praticamente controla tudo e é dono de quase tudo, por força das medidas drásticas, confiscatórias e predatórias adotadas na economia.
O resultado do poder arbitrário e totalitário, conjuminado com o controle inflexível sobre os preços teve como reflexo o estrangulamento do livre comércio, o desaparecimento dos produtos de primeira necessidade das prateleiras, como alimentos, remédios etc. e a natural explosão da inflação, como relatado acima, diante da terrível e cruel guerra inevitável entre oferta de produtos, que sumiram de forma progressiva e assombrosa, e a procura, que se mostra cada vez mais agressiva, por ser elementar e natural, porque ninguém consegue viver sem alimentos e demais componentes de subsistência, porque eles estão raros e isso é o seu preço, que é medido e refletido pela inflação, que já atingiu nível simplesmente estratosférico de quase 130% somente em um único mês, enquanto a inflação anual brasileira vem oscilando, com a greve dos caminhoneiros, entre 3% a 4% a.a., o que, se baixasse um pouco, seria bem melhor, mas já está para lá de maravilhoso, em comparação com a aceleradíssima inflação do famigerado regime socialista da Venezuela.
Entrementes, causa espanto se perceber as inevitáveis agruras e tragédias de país totalmente atolado nas piores e gravíssimas crises generalizadas e de toda ordem ainda ter quem consegue ver isso como às mil maravilhas do paraíso terrestre, como no caso da esquerda brasileira, que tem a insensatez e a insensibilidade, para não mencionar algo mais adequado ao caso, de hipotecar seu total apoio ao governo ditatorial e totalitário da Venezuela, mostrando seu amor ao regime socialista que tem sido símbolo da destruição do país e de seu povo, que, nos últimos tempos, não suportando mais o caos, o infortúnio, o sofrimento, o martírio e os maus-tratos em geral, foge do fogo do inferno para outros países, como forma de salvo-conduto e alívio da infelicidade.  
É sempre oportuno e importante mencionar esse fato e outros igualmente deprimentes e preocupantes, de visível e notável calamidade pública, diante das gigantescas e graves implicações sociais, que vem acontecendo na Venezuela, país que é regido conscientemente pelo famigerado regime socialista/comunista, cujo governo já deu sobejas mostras de absoluta incompetência e ineficiência, a exemplo da supracitada deplorável situação econômica.
A bem da verdade, os fatos ultrajantes de desumanidade que acontecem na Venezuela convidam necessariamente os brasileiros à reflexão, com vistas à inevitável avaliação sobre a extensão das desgraças que o regime socialista é capaz de transformar qualquer país de economia forte, consistente e equilibrada em absolutamente escombro do nada, como mostram os fatos aludidos na inicial, onde a inflação alarmante é o retrato fiel do fantasma da economia, que não é desejável para povo algum, à vista do flagelo que deve ser um país em permanente estado de crise humanitária, com o permanente desabastecimento de produtos de primeira necessidade martirizando a nação e seu povo. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de julho de 2018

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