sexta-feira, 13 de julho de 2018

Interesses escusos?

A propósito de crônica que escrevi, há poucos dias, acerca de pesquisa eleitoral, em que o analista do resultado se preocupou basicamente em enaltecer diminuta consulta para elastecê-la e interpretá-la como se ela tivesse sido realizada em âmbito nacional, em claro e explícito aproveitamento de inexpressiva parte para servir de exemplo para o resto do país, muitas pessoas se manifestaram em apoio às minhas conclusões, em refutação às indevidas colocações constantes da matéria.
Na verdade, o autor da reportagem dava a entender que os brasileiros são ingênuos, manipuláveis, incapacitados de compreender o verdadeiro significado de suas conclusões tendenciosas, com viés distorcido da realidade, tendo por finalidade mostrar algo indiscutivelmente inexistente ou irreal, mas com claro objetivo que sinalizava para possíveis segundas e espúrias intenções, ou seja, havia esforço para exprimir inverdades sobre tema de suma relevância para os brasileiros, que é a preferência do eleitorado acerca da próxima campanha presidencial.
Entre os apoiadores do meu texto, teve a abalizada participação do querido irmão Xavier Fernandes, que foi muito preciso nas suas análises, tendo afirmado, in verbis: “Verdade, são avaliações sem critérios, pois há uma manipulação de dados que não expressam a verdade. Isso termina influenciando a opinião daqueles menos esclarecidos e se convencem por informações interesseiras e distorcida. Temos que ver a coisa com muito cuidado, dessa forma como o nobre e ilustre conterrâneo, que faz uma análise técnica baseado em dados corretos e precisos. Essa pesquisa tem intenção puramente eleitoreira para beneficiar o tal candidato, o tal partido de acordo com suas conveniências. Na nova linguagem da mídia, pode ser enquadrada como: fake News. Parabenizo pelo lúcido e sempre inteligente comentário...”.
Incontinenti, eu o agradeci por suas ponderadas e pertinentes considerações, diante do raciocínio equilibrado e importante sobre o conteúdo  da crônica em comento, principalmente por demonstrar valorizar o meu trabalho literário, que o faço pensando em contribuir para pôr luzes sobre questões nebulosas, com possíveis intenções inconfessáveis, mas nem sempre seus autores deixam pistas das maldades pretensamente contidas nos seus textos, que normalmente têm por finalidade a obtenção de vantagem por trás das desinformações e principalmente do desinteresse sobre os fatos pertinentes à política.
É pena que, diante do crescente interesse da sociedade, eu não tenha maior disposição para publicar, nesta coluna, as crônicas que escrevo diariamente, em especial aquelas com viés próprio dos princípios da ética e da moralidade, justamente para se evitar contrariar interesses de pessoas que se julgam mais inteligentes e sabidas do que as outras, que pensam que são donas da razão e que somente admitem a sua verdade, a despeito dos meus limitadíssimos conhecimentos, principalmente sobre política.
Não obstante, tenho a graça divina para muito bem saber interpretar os fatos e também ter consciência sobre o discernimento entre o certo do errado, o ético do antiético, o moral da amoral, o decoroso do indecoroso etc., mas o pouco que escrevo aqui serve de amostra para se entender que muito ainda  precisa ser escrito para que as luzes lançadas em terrenos férteis possam chamar a atenção para o fato de que as questões escamoteadas, escritas entrelinhas, mas de forma deliberada, têm o claro objetivo de beneficiar muitos aproveitadores da coisa pública, que se infiltram na política justamente para realizarem fins nada republicanos e democráticos, visto que há visíveis interesses pessoais e partidários em jogo, em detrimento das causas nacionais e dos brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
       Brasília, em 13 de julho de 2018

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