A propósito de crônica que escrevi, há
poucos dias, acerca de pesquisa eleitoral, em que o analista do resultado se
preocupou basicamente em enaltecer diminuta consulta para elastecê-la e interpretá-la
como se ela tivesse sido realizada em âmbito nacional, em claro e explícito
aproveitamento de inexpressiva parte para servir de exemplo para o resto do
país, muitas pessoas se manifestaram em apoio às minhas conclusões, em refutação
às indevidas colocações constantes da matéria.
Na verdade, o autor da reportagem dava a
entender que os brasileiros são ingênuos, manipuláveis, incapacitados de
compreender o verdadeiro significado de suas conclusões tendenciosas, com viés
distorcido da realidade, tendo por finalidade mostrar algo indiscutivelmente
inexistente ou irreal, mas com claro objetivo que sinalizava para possíveis segundas
e espúrias intenções, ou seja, havia esforço para exprimir inverdades sobre
tema de suma relevância para os brasileiros, que é a preferência do eleitorado acerca
da próxima campanha presidencial.
Entre os apoiadores do meu texto, teve a
abalizada participação do querido irmão Xavier Fernandes, que foi muito preciso
nas suas análises, tendo afirmado, in
verbis: “Verdade,
são avaliações sem critérios, pois há uma manipulação de dados que não
expressam a verdade. Isso termina influenciando a opinião daqueles menos esclarecidos
e se convencem por informações interesseiras e distorcida. Temos que ver a
coisa com muito cuidado, dessa forma como o nobre e ilustre conterrâneo, que
faz uma análise técnica baseado em dados corretos e precisos. Essa pesquisa tem
intenção puramente eleitoreira para beneficiar o tal candidato, o tal partido
de acordo com suas conveniências. Na nova linguagem da mídia, pode ser
enquadrada como: fake News. Parabenizo pelo lúcido e sempre inteligente
comentário...”.
Incontinenti, eu o agradeci por suas ponderadas
e pertinentes considerações, diante do raciocínio equilibrado e
importante sobre o conteúdo da crônica
em comento, principalmente por demonstrar valorizar o meu trabalho literário,
que o faço pensando em contribuir para pôr luzes sobre questões nebulosas, com
possíveis intenções inconfessáveis, mas nem sempre seus autores deixam pistas das
maldades pretensamente contidas nos seus textos, que normalmente têm por finalidade
a obtenção de vantagem por trás das desinformações e principalmente do
desinteresse sobre os fatos pertinentes à política.
É
pena que, diante do crescente interesse da sociedade, eu não tenha maior disposição
para publicar, nesta coluna, as crônicas que escrevo diariamente, em especial
aquelas com viés próprio dos princípios da ética e da moralidade, justamente
para se evitar contrariar interesses de pessoas que se julgam mais inteligentes
e sabidas do que as outras, que pensam que são donas da razão e que somente
admitem a sua verdade, a despeito dos meus limitadíssimos conhecimentos,
principalmente sobre política.
Não
obstante, tenho a graça divina para muito bem saber interpretar os fatos e também
ter consciência sobre o discernimento entre o certo do errado, o ético do
antiético, o moral da amoral, o decoroso do indecoroso etc., mas o pouco que
escrevo aqui serve de amostra para se entender que muito ainda precisa ser escrito para que as luzes lançadas
em terrenos férteis possam chamar a atenção para o fato de que as questões
escamoteadas, escritas entrelinhas, mas de forma deliberada, têm o claro
objetivo de beneficiar muitos aproveitadores da coisa pública, que se infiltram
na política justamente para realizarem fins nada republicanos e democráticos,
visto que há visíveis interesses pessoais e partidários em jogo, em detrimento
das causas nacionais e dos brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de julho de 2018
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