quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Preso trabalhar?

Vem circulando nas redes sociais a mensagem segundo a qual, verbis: “PRESO TRABALHAR! O governo Bolsonaro quer presídios privados, detentos trabalhando e pagando seus custos. Você apoia?”.

A pergunta que não quer se calar: por que o governo ainda não o fez ou mandou o projeto pertinente para o Congresso Nacional, para examiná-lo?

O aleijão de governos é falar feito louco e realizar nada ou quase nada daquilo que pensa.

É pena de que ideias objetivas e importantes fiquem nas nuvens, sem aproveitamento.

Seria preferível não ter ideias, mas realizar muitos projetos em benefício da sociedade ou do erário.

Essa ideia genial vem circulando de longa data nas redes sociais, mas apenas ela se renova, sem medida concreta quanto ao seu aproveitamento.

Se o governo transformasse esse maravilhoso projeto em realidade, certamente já seria um dos legados dos mais importantes do seu governo, tão criticado por falta de iniciativa, em que pese ele esteja abarrotado de mentes extraordinárias e intelectualizadas.

O que precisa mesmo são de coragem e ação efetiva para pôr os projetos para darem resultados em benefício da sociedade.  

O pior de tudo isso é que logo o governo termina e ele não consegue realizar obras simples, que são prioritárias e da maior importância social e econômica, a exemplo dessa, que precisa sair da ideia e se tornar realidade, o mais rapidamente possível.

É mais do que lógico que toda pessoa sensata e com o sentimento de brasilidade na veia só apoia ideia que tem por finalidade, em síntese, alguma forma de modernização e moralização do sistema prisional brasileiro, que, além de servir como escola da maldade, da criminalidade, ainda é bastante oneroso para a sociedade em geral, que termina assumindo enorme ônus, ao ser obrigada a pagar altíssimos tributos para sustentar delinquentes encarcerados, que ficam na ociosidade planejando perversidades contra a própria sociedade que os alimentam e garantem boa vida para eles, às custas dos tributos.

O dinheiro gasto com a manutenção deles poderia se destinar, por exemplo, para hospitais, segurança pública, escolas etc., em benefício das pessoas de bem.

A verdade é que a maioria dos encarcerados é gente jovem e tem condições perfeitas para o trabalho produtivo, podendo contribuir efetivamente para o seu sustento e o desenvolvimento socioeconômico do país, inclusive no sentido de contribuir para a aprendizagem de profissão, que pode facilitar a vida do preso quando da sua ressocialização depois do cumprimento da pena.

É inacreditável que o governo não tenha ainda adotado medida visivelmente saudável nesse sentido, que é altamente benéfica para o próprio preso como para a sociedade, pela evidência dos resultados positivos em termos da efetiva redução dos custos sociais e do oferecimento de aprendizagem e profissionalização dos presos.

Essa forma cristalina de desgoverno só evidencia perda de tempo e enorme prejuízo para o interesse público, quando ideias aparentemente simples poderiam se transformar em excelente contribuição para a sociedade, diante de a obrigatoriedade do trabalho no presídio puder se constituir em fator propositivo para a redução da criminalidade, tendo em vista que muitos delinquentes se profissionalizam na arte da maldade justamente por serem avessos ao trabalho.

Nesse caso, eles passariam a pensar bastante sobre a hipótese de cometer crime, ser condenado e, na condição de preso, ainda precisar trabalhar para se sustentar, estando trancafiado, quanto seria preferível procurar fazer a coisa certa e trabalhar estando em liberdade, em harmonia com os princípios de civilidade e cidadania.

A verdade é que ideias maravilhosas existem sim, mas faltam vontade política, inteligência e competência por parte de quem tem a incumbência legal para pô-las na prática, em sintonia com a tão ansiada execução de obras pretendidas pela sociedade.

          Brasília, em 25 de novembro de 2020   

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