A vitória de Leninha Romão para o cargo de prefeita
de Uiraúna, Paraíba, contou com a diferença de 296 votos acima dos conquistados
por seu opositor, o equivalente a 3,04, em termos percentuais, ou seja, ela
conseguiu conquistar, nas urnas, a simpatia de 5.009 eleitores, contra 4.713 do
seu adversário, ficando bastante evidente que a liderança dela foi sólida,
expressiva e incontestável.
O resultado das urnas, em Uiraúna, tem significados
da maior relevância para a cidade, por ser, na sua história político-administrativa,
a primeira mulher a assumir o Executivo local, a partir de 1° de janeiro
vindouro, e também a nova liderança política que enfrentou e derrotou forças
políticas enraizadas e encasteladas no poder, que se mantinha há décadas em
pleno domínio dos destinos do povo dessa cidade, cujas marcas de atraso
precisam ser sepultadas o mais urgentemente possível, para que nasça a
esperança e vicejem bons projetos políticos e se implantem verdadeiro ciclo de
progresso em todos os segmentos social, político, administrativo e econômico.
A vitória consagradora nas urnas, por essa bem
sucedida empresária, é sim motivo suficientemente capaz de suscitar muitas comemorações,
ante as perspectivas auspiciosas de novos tempos para o povo de Uiraúna, à vista
do emblema que foi cravado na bandeira que foi hasteada no mastro principal da
campanha deflagrada por essa destemida e guerreira uiraunense, sob a promessa
corajosa de mudanças e limpeza das forças retrógradas que obstaculizavam o
desenvolvimento da cidade.
É preciso ganhar relevo, por ser da maior
relevância, não somente a vitória em si, mas, em especial, o que ela
efetivamente pode propiciar, em termos da possibilidade de auspiciosas e
generalizadas mudanças, principalmente no que diz, em especial, com a
transparência e a moralização dos princípios da administração pública.
A propósito, faço questão de pinçar da reportagem
publicada sobre a notícia da vitória do povo de Uiraúna, nas urnas, de que “Leninha Romão, a partir de 1º de janeiro
deverá governar com um amplo apoio de lideranças políticas, entre elas, está o
ex-prefeito Bosco Fernandes, que durante a campanha declarou seu voto e apoio a
candidata eleita (sic).”.
À primeira vista, fiquei estarrecido e incrédulo diante
essa malsinada notícia, pondo sob dúvida se isso é verdadeiro ou somente houve a
publicação dela para causar impacto ante o maior choque da vitória em si.
Não obstante, de imediato mil ideias afloraram à
mente de que a coligação com político que construiu seu legado monstruoso na história
político-administrativo, por ter se envolvido com imemorável e nefasto caso de corrupção,
somente representa a insignificância moral de quem com ele se alia, porque a
sua maligna lição foi da maior importância para os políticos de verdade,
exatamente no sentido pedagógico de que ela precisa ser suplantada dos costumes
e dos manuais da gestão pública.
Não poderia haver maior contrassenso da prefeita
eleita do que se aliar com políticos dessa índole, exatamente porque o
sentimento de mudanças não permite mais se misturar com quem já mostrou a maior
perversidade como gestor público, que é a prática do desvio de recursos públicos
para atividades ilícitas.
Enfim, para a consagração ou não da importância da vitória
da nova prefeita de Uiraúna, imagino que é da maior relevância que a senhora
Leninha Romão venha a público, com a maior urgência possível, para confirmar ou
refutar, de maneira justificada e com veemência, a veracidade dessa deprimente
notícia estampada no prestigiado portal Cofemac, diante da sua responsabilidade
moral sobre a conquista de votos tendo por base exatamente mudanças
generalizadas, inclusive quanto às coalizões municipalistas.
Brasília,
em 16 de novembro de 2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário