De
acordo com o Instituto Opinião, responsável pela pesquisa sobre a disponibilidade
de voto na eleição para prefeito de Uiraúna, Paraíba, o candidato que é o atual
chefe do Executivo local obteve 51,9% da preferência dos eleitores pesquisados,
enquanto a candidata da oposição teve a indicação de 44,2% entre os mesmos
eleitores.
O
referido instituto esclarece que, no dia 6 do corrente mês, foi realizada a
pesquisa em apreço, com a participação de 260 eleitores, compreendendo as zonas
urbana e rural.
Na
conformidade com os dados oficiais disponibilizados na última eleição realizada,
no ano de 2018, Uiraúna tinha, em números redondos, 10.500 eleitores, sendo
5.500 eleitoras e 5.000 eleitores.
Pois
bem, no universo de 10.500 eleitores, foi promovida a pesquisa de apenas 260
eleitores, o que significa exatamente 2,5% do total, deixando à margem praticamente
a totalidade dos eleitores, na sua representatividade de 97,5%.
É
evidente que os levantamentos estatísticos se baseiam exatamente em parcela
representativa do todo, do universo, para se possibilitar as devidas e
necessárias avaliações sobre determinado assunto.
No
caso em comento, a pesquisa tem a finalidade de mostrar, em princípio, a tendência
do eleitorado de Uiraúna, para a escolha do seu prefeito e isso é exatamente o
que se pretende.
Pois
bem, em sã consciência e na melhor da boa vontade, é muito difícil se acreditar
concretamente em pesquisa com muito pouca representativa sobre o universo
almejado, como nesse caso, em que tão somente 2,5% dos eleitores habilitados (considerada
estatística eleitoral de 2018) se manifestaram, sob a presunção de que a
tendência dos demais eleitores, em 97,5%, estaria na mesma direção de 260
pessoas entre 10.500 eleitores.
É
evidente que não vai aqui a menor desconfiança e muito menos de desacreditar sobre
o resultado da pesquisa oferecida à avaliação do povo de Uiraúna, mas seria importante
que maior quantidade de eleitores fosse consultada, para realmente possibilitar
avaliação mais aproximada da provável realidade a ser refletida nas urnas, diante
da sua importância como reflexo da campanha eleitoral.
Acredito,
até por cautela, que é importante que ninguém ouse contar vitória nem derrota,
diante da insignificância e até mesmo frágil abrangência dos eleitores, representados
por apenas 260 pessoas na pesquisa.
É
óbvio que sou completamente leigo em estatística, mas não me satisfaz
suficientemente pesquisa pouco representativa do todo, por parecer que falta
consistência quanto à segura avaliação, diante da imperfeição que ela oferece
que não haveria se maior fosse o tamanho da amostra, para a melhor representação
do todo, permitindo maior certeza e diminuição da margem de erro.
Em
princípio, a amostragem é tanto quanto importante quando ela transmite confiabilidade
para avaliação do seu resultado e isso parece não ter como se refletir na
pesquisa em referência, diante da insignificância da sua representatividade
para a população, salvo melhor juízo.
A meu juízo, trata-se, de alguma forma, da certeza de que a segura maioria dos eleitores pesquisados, no total de 135 pessoas, está plenamente satisfeita com as gestões que vêm sendo executadas por grupo de predominância política na cidade.
Isso
mostra, em termos de tendência, que a maioria não se interessa em nenhuma forma
de mudanças, que seriam propositadamente o lema da candidata da oposição, que
pode ter demonstrado alguma falha na transmissão e nos esclarecimentos sobre as
reais mudanças que ela pretende implementar no seu governo, caso seja eleita.
De
qualquer forma, caso seja confirmada a tendência manifestada na pesquisa por
apenas alguns poucos eleitores, ou seja, por 260, em número pouco
representativo da cidade de mais de dez mil eleitores, fica a impressão de que
o povo realmente tem o governo que merece.
Boa
sorte, povo de Uiraúna!
Brasília, em 13 de novembro de 2020
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