O candidato derrotado à Presidência dos Estados Unidos, enfim,
pela primeira vez, resolveu mencionar reconhecimento sobre a vitória do
candidato democrata, nas eleições presidenciais americanas, do dia 3 do fluente
mês.
Em mensagem no Twitter, o presidente republicano afirmou, sem
citar o nome do candidato vitorioso, que "Ele ganhou porque as eleições
foram fraudadas", mas, sobre as ditas fraudes invocadas por ele,
falecem provas materiais para autenticação das suas confirmações, foto este
que, mesmo assim, não o convence em aceitar a realidade das urnas, salvo por
deliberada intenção de tentar tumultuar o regular processo eleitoral
americano.
Acontece que, logo depois de publicar o citado texto, o
republicano voltou atrás, para dizer que "Ele só ganhou aos olhos da
mídia de notícias mentirosas. Eu não concedo nada! Temos um longo caminho a
percorrer. Essa foi uma eleição fraudada!".
Ao contrário do que é afirmado pelo candidato derrotado,
autoridades eleitorais de
todos os estados dos EUA já afirmaram que não
encontraram indícios de fraude na vitória do candidato
democrata, de acordo com levantamento realizado pelo jornal The New York
Times, conforme reportagem publicada no último dia 11.
Aquele jornal disse que entrou em contato direto com os
escritórios de autoridades eleitorais em todos os 50 estados do país, entre os
últimos dias 9 e 10, em que 45 responderam diretamente à publicação e outros
quatro estados já tinham divulgado que as eleições ocorreram sem qualquer
anormalidade ou problema, dando por confiáveis os resultados até então
divulgados, à vista da confirmação sobre a lisura das eleições que estão sendo
indevidamente postas em dúvidas pelo desesperado candidato derrotado nas urnas.
Além do aludido levantamento do jornal, funcionários do
Departamento de Segurança Interna afirmaram que “não há evidências de que
qualquer sistema de votação excluiu ou perdeu votos, alterou votos ou foi de alguma
forma comprometido”.
À luz da citada afirmação, o bom senso e a racionalidade
aconselham que precisam prevalecer as informações das autoridades eleitorais,
por terem sido elas que acompanharam a votação e as apurações, tendo poder
legal para a confirmação sobre a regularidade dos procedimentos adotados nas
eleições.
A verdade é que os fatos, por si sós, são suficientemente capazes
de contestar as alegações de pouca consistência invocadas por parte de quem
apenas tem o direito de estrebuchar, em razão da indiscutível derrota impingida
pelos americanos, que querem vê-lo a distância da Casa Branca.
Há informação de que, em alguns poucos estados, houve o
reconhecimento de pequenos problemas comuns, passíveis de acontecimento nas
eleições, mas que eles foram ou estavam sendo devidamente corrigidos, a exemplo
de duplicação de votos, falhas técnicas e pequenos erros matemáticos, que não
tiveram nem têm o condão de prejudicar em nada o resultado soberano das urnas.
Na verdade, o que realmente pode ter acontecido, e isso é
reconhecido por autoridades eleitorais, é que pequenos e insignificantes erros
tenham sido utilizados pelo republicano para aumentar e generalizar a
abrangência deles, a ponto de alguém com o poder e a autoridade de mandatário
dos Estados Unidos concluir, sem qualquer base, que as “eleições foram
fraudadas”.
Isso tem o objetivo claro
de dar a impressão de que as irregularidades são monstruosas e que, por
via de consequência, elas teriam o terrível poder de prejudicá-lo, mediante a
computação de votos irregulares, quando os fatos suspeitos foram e são
passíveis de saneamento e não resultaram em alteração substancial das súmulas
finais da contabilização dos votos válidos e suficientes para eleger
regularmente o candidato democrata.
No nível da democracia dos Estados Unidos, não passa de desastrosa
afronta aos princípios civilizatório e republicano, o sentimento de
antiestadista do presidente norte-americano, que preferiu ignorar a regular
dinâmica das apurações para tentar colar a existência de graves irregulares no
sistema eleitoral, com elevada capacidade para invalidar a vitória do seu
opositor, que não tem nada que esperar com o reconhecimento ou não por parte do
inconformismo de quem não aprendeu a perder, com a dignidade dos verdadeiros homens
públicos, que até podem considerar imaculabilidade nas eleições, desde que
realmente tenham o respaldo de provas robustas e consistentes, diferentemente
de quem insiste na alegação de pura fantasia sobre fraude eleitoral.
Há de se convir que, à vista dos fatos reais, o candidato
republicano se encontra tão desacreditado e desmoralizado que as suas alegações
sobre eleições fraudadas têm a única finalidade de dificultar a formalização
racional e civilizada da transição de governo, que já está sedo retardada em
virtude do não reconhecimento sobre a vitória consagradora do seu opositor, com
a confirmação, nas urnas, do desejo do povo americano de colocar na Casa Branca
homem público com a consciência harmoniosa com os princípios democráticos e a
importante evolução da humanidade, imprimidos pela imperiosa necessidade de
mudanças na administração dos Estados Unidos e do mundo.
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