Com base em estratégia visivelmente
ideológica, visando trunfos eleitorais, o presidente brasileiro seguiu fiel e
cegamente o pensamento estruturado pelo presidente americano, mesmo que isso não
estivesse em conformidade com os interesses brasileiros, ou seja, da nação.
Os fatos mostram que, na
linha do pensamento republicano, o presidente brasileiro ousou criticar os
organismos multilaterais, a exemplo da Organização Mundial de Saúde e a
Organização Mundial de Comércio, engrossou com a China, que é o maior parceiro
comercial brasileiro, e, de maneira desastrada, conseguiu se indispor logo com os
líderes europeus, cujas nações mantinham tradicionais, saudáveis e construtivas alianças
comerciais e diplomáticas com o Brasil.
Com inspiração no republicano,
o presidente brasileiro ainda ensaiou sair do Acordo de Paris, sem entender que
a motivação do americano faz sentido, porque ele agiu dessa maneira com a
finalidade patrocinar a indústria petrolífera americana, quando, no caso do Brasil,
não passaria de mera loucura, diante da falta de objetividade, mas haveria a
evidente demonstração de desprezo à preservação do meio ambiente do país, como
assim ele o faz com muita eficiência, conforme mostram os desastres materializados
nos incêndios das florestas.
Causa perplexidade que
o presidente brasileiro incentive atividades ilegais por grileiros e
garimpeiros e ainda contribua para desmontar o arcabouço de proteção ambiental
contra o próprio interesse do agronegócio, que, por via de consequência, sofre
com os prejuízos advindos das dificuldades nas exportações dos produtos, por
causa da terrível fama de que o Brasil conseguiu passar para os consumidores estrangeiros.
Na verdade, com o visível
acobertamento pelo governo dos crimes contra o meio ambiente, o Brasil se
colocou na contramão dos esforços mundiais na tentativa de preservação dessa
riqueza natural, tendo conseguido, por via de consequência, espantar e tanger
para distante os potenciais investidores estrangeiros.
Por certo, o Brasil há
de precisar de muita habilidade e até mesmo de transformações estratégicas para
não ser prejudicado pelo novo governo democrata norte-americano, justamente na
área do meio ambiente, porque as políticas que estão em curso pelo governo tupiniquim
só têm conseguido colher reprovação e insatisfação do resto do mundo, diante da
sua mentalidade pueril de apenas ficar se justificando contra as acusações sobre
omissões e negligências nessa tão importante área.
Na verdade, tem sido
opinião unânime dos especialistas em afirmarem que as eleições americanas
representaram excelente oportunidade para o governo brasileiro promover reavaliação
sobre a sua política externa, com vistas ao seguimento de nova realidade
inevitável para o contexto mundial, posto que a filosofia de trabalho do
democrata é oposta à do republicano e as demais nações dependentes da economia
daquele país são as mais interessadas a se adaptares à nova ordem mundial.
Não obstante, ao contrário
disso, o “todo-poderoso” mandatário tupiniquim, de pragmático mesmo, preferiu
se manter firme e obediente à sua arcaica ideológica, de fidelidade ao contestável
republicano.
Sem o menor senso
crítico, diante da enorme possibilidade de se colocar o Brasil em risco perante
o governo democrata, à vista dos interesses brasileiros nas consolidadas relações
com os EUA, o presidente brasileiro declarou que “Estou confiante com a
reeleição de Donald Trump, porque será boa para as relações comerciais e
diplomáticas com o Brasil”, sem imaginar que o seu firme apoio ao
republicano, virtual perdedor da eleição presidencial, pode deixar o Brasil em situação
extremamente desconfortável, porque isso é forma de ofensa ao novo presidente daquele
país.
A antipolítica externa
do governo brasileiro pode resultar em enormes estragos aos interesses
brasileiros, quando ela tem por base a ideologia muito mais aos moldes pessoais
do mandatário, que adota projetos estratégicos voltados para o atendimento de
seus sentimentos ideológicos, conforme evidenciam as suas atitudes visivelmente
danosas aos interesses nacionais.
Vejam-se que, em um dos
debates entre os candidatos à Presidência dos EUA, o democrata mencionou o
Brasil, de maneira explícita, tendo proposto a criação de fundo no valor de US$
20 bilhões, com a destinação exclusiva para a proteção da floresta amazônica, mas, ao
mesmo tempo, ele suscitou possível aplicação de retaliações comerciais se o
Brasil não mudar sua política ambiental, o que parece, em princípio, muito
justo, porque é indispensável que o governo brasileiro adote as medidas necessárias
para adaptação às regras da aplicação desses importantes recursos.
Em outra ocasião, o
democrata disse que “O presidente Bolsonaro deve saber que se o Brasil
deixar de ser um guardião responsável da Floresta Amazônica, minha
administração reunirá o mundo para garantir que o meio ambiente seja protegido”,
o que parece se tratar de alerta natural, caso esse ele tiver relação com o
repasse dos aludidos recursos, porque não faz sentido o aporte de tanto recurso
se o governo brasileiro se mostrar omisso e negligente com relação à preservação
do meio ambiente, que vem merecendo política meramente devastadora por parte
dele, conforme mostram as notícias sobre a transformação em cinzas dos biomas pantaneiro
e amazônico.
Vejam-se que o
presidente brasileiro foi duro ao criticar o novo presidente americano, quando
ele fez defesa à preservação da Amazônia, tendo em conta que, à vista dos
princípios civilizatórios e diplomáticos, não custaria nada que ele tivesse o
mínimo de educação no sentido de esclarecer que o americano fez juízo de valor com
base em possíveis dados equivocados ou imprecisos, posto que as afirmações dele
estariam fulcradas em dados sem a necessária precisão ou algo similar, uma vez
que a verdade sobre o tema é bem diferente do que foi afirmado, porque o que se
passa é “isso e isso, assim e assim”, bastando apenas a transmissão de informação
pertinente aos fatos verdadeiros, sem necessidade de nenhuma discordância ou agressão,
como tem sido a maneira recriminável própria dele, à vista do que aconteceu com
os mandatários europeus, quando se viu o seguimento do desprezível padrão do
seu guru republicano.
O governo com o mínimo
de competência, eficiência e inteligência, precisa entender que é da maior
importância o apoio da maior potência mundial, tendo em conta que estão em jogo
os interesses da nação brasileira e não a causa pessoal, como o faz de maneira
extremamente precipitada, prejudicial e irresponsável o presidente do Brasil,
que precisa se conscientizar, com urgência,
de que a importância da nação jamais pode ser confundida com amizades pessoais,
à vista do que se passa neste momento, que é prova mais do que suficiente de
prática cristalina do crime de lesa-pátria, quando os interesses nacionais
estão sendo colocados em planos secundários, conforme mostram os fatos.
Brasília, em 10 de novembro
de 2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário