Acabei
de ver vídeo mostrando cenas de violência que teriam sido ocorridas na cidade
de Uiraúna, Paraíba, onde se vislumbra que algumas pessoas fazem ameaças contra
outras e, entre o grupo dos “fortes” havia alguém com arma na mão, para dizer
que se tratava de algo muito sério, sob pena de haver via de fato.
À
primeira vista, eu disse: Misericórdia, meu Deus!
Confesso
que fiquei chocado, horrorizado mesmo com as cenas fortes e de muita agressividade
que, felizmente, elas não levaram a absolutamente nada, mas mostraram o quanto
o homem ainda precisa se conscientizar de que ninguém é superior do que o seu
semelhante, somente quando se acha que tem o poder ao seu lado, que parece ser
o caso, à vista da mensagem estampada no vídeo, que repudiava o status quo
por que vem acontecendo na cidade.
Graças
a Deus que não houve mortes nem feridos, porque uma pessoa, que observava o movimento
e pertencia ao grupo, empunhava arma de fogo, que não era senão para atirar
contra quem revidasse as agressões proferidas verbalmente por seu protegido,
que ameaçava as pessoas aos gritos, mostrando que ali tinha macho de coragem,
evidentemente sob o escudo da proteção de arma de fogo.
Trata-se
de violência que não condiz com o desenvolvimento da humanidade, cuja evolução
sinaliza no sentido de que as desavenças possam ser saneadas em clima de
serenidade, entendimento e pacificação, em clara demonstração de que o ser
humano precisa agir com racionalidade, principalmente com o sentimento de amor
no coração, procurando respeitar a dignidade e a integridade do seu semelhante.
É
incrível que, em pleno século XXI, ainda seja possível se verificar episódio
tão deprimente e o mais preocupante é que tudo ocorre em via pública, em que a
sua finalidade é realmente impor a "autoridade" da violência, tanto
que o agressor contava com a proteção de homem armado para eventual necessidade
de se defender sob balas, onde o desastre poderia ocorrer a título de
absolutamente nada.
Certamente
que o bom senso e a racionalidade recomendariam que a possível desavença entre
eles poderia se resolver na base da conversa amiga e civilizada, de modo que,
do atrito, fosse possível a construção da paz e da harmonia entre pessoas que
se conhecem e convivem no mesmo ambiente praticamente de amizade e até mesmo
familiar.
Rogo
a Deus que essas pessoas cheias de "autoridade" e "poder"
se conscientizem, o quanto antes, de que a violência, da forma como foi exposta
naquele triste episódio, somente tem condições de gerar mais violência, que é
maneira contrária à construção de tudo de maravilhoso que se oferece à vida,
que tem como pressuposto, entre outras benesses, a paz no coração e a alegria
de se relacionar com os irmãos em Jesus Cristo, em clima harmonioso.
Aproveito
o ensejo para fazer apelo, com muita veemência, no sentido de que essas pessoas
que se indispuseram contra seus semelhantes, nessa cena extremamente
lamentável, sejam, em nome de Deus e das pessoas de suas famílias, que até
foram mencionadas na ocasião, condescendentes com a tolerância e a compreensão
no relacionamento com seus irmãos em Cristo, de modo que as possíveis
desavenças possam ser tratadas e resolvidas na base apenas da conversa educada
e de alto nível amigável e civilizado, não permitindo que impere, em momento
algum, a perniciosa violência, porque esta somente é causa de transtorno,
infortúnio e turbulência no coração.
Certamente
que a inteligência humana mostra, como exemplo lapidar, que a violência e a irracionalidade
somente têm o poder de levar as pessoas ao único e inevitável caminho da infelicidade
e somente tem condições de conduzi-las ao fim da sua jornada ou de torná-las incapacitadas para
sempre.
Brasília,
em 12 de novembro de 2020
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