Segundo
notícia publicada na revista VEJA, a avaliação mais otimista dos devotos sobre
o depoimento do petista ao juiz responsável pela Lava-Jato, contrasta com a
opinião de amigos dele, inclusive advogados.
Nesse
cenário, o desempenho do petista, sob a ótica de muitos admiradores, foi considerado
desastroso, não especificamente pela atribuição de responsabilidades à sua ex-esposa
que, segundo esses amigos, ela realmente mandava e desmandava mesmo.
Na
opinião deles, o problema principal foi realmente a performance dos advogados
de defesa, notadamente do mais afoito, que se mostrou “Arrogante, provocador, confrontador da posição do juiz.”.
Ainda
na opinião dos “chegados”, o político
deveria, com urgência, trocar de defensor, sob pena de ter no referido advogado,
na prática, um auxiliar da acusação.
À
toda evidência, o advogado procurou fazer, com clareza, o jogo do juiz e do Ministério
Público, com sua soberba e arrogância, a todo momento se achando e intervindo,
querendo confronto gratuito que só agravou o caso, em desfavor de seu cliente.
No
geral, a maneira como o citado advogado vem desempenhando o trabalho de defesa
mostra exatamente o seu perigoso estilo camicase, ou se tornará um herói de vez,
se salvar o petista da degola, ou passará para a história como o grande vilão,
se perder a causa.
O
risco é muito grande, porque ele montou sua trincheira contra experiente juiz,
que já mostrou que sabe desmontar, com maestria, as bombas jogadas sobre seu
terreno.
Certamente
que o resultado desse embate é imprevisível, mas o advogado do petista tem enorme
chance de ser vencido, diante do seu arroubo, conforme consta acima, de "Arrogante, provocador, confrontador da
posição do juiz", possivelmente com propósito de desestabilizá-lo e
desmoralizá-lo diante da opinião pública.
Diz o
ditado que todo povo tem o governo que merece e, em apologia a isso, pode-se
dizer que, no caso, o cliente tem o advogado que merece, ao defendê-lo com o
mesmo entusiasmo dele, mesmo que os resultados tenham sido mais desastrosos do
que se poderiam esperar de um causídico mais equilibrado, ponderado e menos
afoito, que imagina, como o cliente, que os praticantes dos erros, se
existentes, são senão aqueles que chegaram à conclusão que um homem público
honesto, probo e digno deveria responder por crimes inexistentes, fictícios e
inverossímeis.
Todo
trabalho do advogado dá a entender que a Justiça está na contramão da história,
caso venha a condenar um homem honrado, por crime inexistente, principalmente
com relação ao tríplex, que, de direito, não pertence a ele, ante a falta de
documento tratando da propriedade do imóvel, mas, de fato, pode ser dele, sob a
forma de ocultação de patrimônio, que a teoria defendida pelo Ministério
Público.
Resta,
enfim, se esclarecer a real finalidade da reforma do triplex, a despeito da
existências das provas substanciais, como depoimentos, afirmando que o imóvel
pertence ao político, das tratativas para a efetivação das reformas no imóvel,
das melhorias realizadas a pedido da família do político e de tudo o mais que
consta dos autos, dando conta insofismável de que as reformas, no grau de
requinte e sofisticação, tudo com dinheiro contabilizado na conta do partido,
controlada e endossada pelo ex-tesoureiro da agremiação, jamais teriam sido
realizadas pela empresa se não houvesse motivos relevantes, envolvendo
interesses mais que justificáveis, como afirmado pelo ex-presidente da OAS, em
forma de favores prestados pelo tráfico de influência.
Os
especialistas entendem que não é de bom tom que o advogado tente aparecer na
audiência, chamando a atenção de todos e ainda sem ser autorizado para falar ou
intervir, dando a ideia de que ele tenciona realmente peitar o juiz, fato este
que pode significar desnecessária provocação a ensejar que o magistrado possa
carregar um pouco mais de tinta no momento do seu veredicto, podendo contribuir
para prejudicar a situação de seu cliente. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 16 de maio de 2017
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