O maior político da atualidade amplia sua vantagem
na corrida eleitoral ao Palácio do Planalto, em 2018, vindo em seguida o
deputado federal pelo Rio de Janeiro e ex-militar, junto com a ex-senadora e
ambientalista da Rede Sustentabilidade, com o mesmo percentual de preferência, conforme
resultado de pesquisa divulgada por Datafolha.
O petista é o primeiro nome mais lembrado, na pesquisa
espontânea, com 16% das intenções de voto e o deputado carioca o segue, com 7%
das preferências.
Em razão dos depoimentos constantes das delações
dos executivos da Odebrecht, houve disparada dos primeiros colocados,
principalmente pelo reflexo delas na situação dos principais presidenciáveis
tucanos, que antes eram os grandes adversários do petista, na disputa.
Como os efeitos das denúncias foram devastadores,
tendo atingido em cheio o senador tucano mineiro e o governador de São Paulo, o
PSDB cogita agora lançar um "outsider", como são chamados os
candidatos não tradicionais do partido, como é o caso do prefeito de São Paulo.
O Datafolha ouviu 2.781 eleitores, em 172
municípios, no final do mês de abril último.
Nessa mesma pesquisa, houve menção ao nome do juiz
federal responsável pela Operação Lava-Jato, que foi testado pela primeira vez
na pesquisa em tela. Na simulação de disputa em segundo turno, entre o
ex-presidente e o juiz de Curitiba, este venceria a eleição, conquanto no cenário
de primeiro turno, o juiz chegaria em segundo lugar.
Ainda de acordo com a pesquisa de segundo turno, o
ex-presidente perderia também para a ex-ministra e líder da Rede
Sustentabilidade.
Como
novidade na pesquisa, o prefeito de São Paulo desponta, entre os tucanos, com
maior preferência dos pesquisados, tendo ultrapassado o seu padrinho político,
o governador de São Paulo. Ele ainda tem potencial para ascensão nas pesquisas,
por ainda não ser nome nacionalmente conhecido e ter baixa rejeição, somente
16%.
A
verdade nua e crua é que o povo tem o governo que merece, embora o baixíssimo percentual
de 16% dos entrevistados não garanta eleição alguma.
Por
enquanto, não tem nada provado contra o ex-presidente, a despeito da enxurrada
de acusações e denúncias acerca de sua possível participação em atos
irregulares, mas basta tão somente uma denúncia não contestada e provada a sua
inexistência para que permaneça a dúvida quanto à confirmação da lisura, da
idoneidade, da conduta ilibada que se esperam dos homens públicos que, no
sentimento de legitimidade insculpido na Carta Magna, há dissonância sobre o
não preenchimento dos requisitos de moralidade e legitimidade para o exercício
de qualquer cargo público, notadamente no que se refere ao maior de presidente
da República.
Qualquer
pretendente a cargo público eletivo precisa dar bom exemplo com relação aos
atributos de cidadania proba e imunidade a qualquer suspeita, por menor que
seja o cargo, para que exista comprovação de plenas condições para o
desempenho, com a dignidade que se exige, notadamente, do importante e
principal cargo da República, que tem a incumbência de administrar, com
probidade, legalidade, competência e eficiência, os recursos orçamentários do
Estado.
É
absolutamente inadmissível que alguém que esteja complicadíssimo envolvido com
as garras do Poder Judiciário, respondendo criminalmente como réu, a cinco
processos, com o enquadramento nos gravíssimos crimes de corrupção passiva,
tráfico de influência, obstrução da Justiça, lavagem de dinheiro e organização
criminosa, ainda possa ter, à luz da existência desses fatos, qualificação para
exercer cargo público, ainda que de menor relevância, ante a ausência dos requisitos
de idoneidade moral e cívica.
Essa
esdrúxula forma de preferência manifestado por parte de brasileiros é
cristalina e indiscutível demonstração do quanto essa parcela da sociedade ainda
precisa evoluir, em termos de civilidade, brasilidade e dignidade, quanto à
aprendizagem sobre os verdadeiros princípios da ética, moralidade, legalidade,
decência, transparência e demais condutas que são essenciais ao norteamento da
administração de um país com a grandeza econômica e cultural do Brasil, que, em
pleno século XXI, não deveria mais ser confundido com uma paupérrima e ridícula
republiqueta, cuja parcela do povo ainda despreza os salutares e fundamentais princípios
de bons costumes de dignidade, que são os alicerces para a construção de uma
nação digna e respeitada. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 7 de maio de 2017
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