A
mentalidade do maior político brasileiro pretende transformar seu depoimento ao
juiz da Operação Lava-Jato, a realizar-se no próximo dia 10, em um grande acontecimento
de campanha política, evidentemente para servir de subsídio às suas propagandas
políticas, em dissonância com a real finalidade do seu encontro com o
magistrado, que é apenas de possibilitar a sua defesa como réu na Justiça, por
responder a processo versando sobre a suspeita da prática de atos ilícitos.
Além
de trabalhar para a aglutinação da militância na proximidade do prédio da sede
da Polícia Federal, em Curitiba, o político declarou a interlocutores que
gostaria que o depoimento fosse transmitido ao vivo.
Como
já tem se tornou praxe, o juiz da Lava-Jato disponibiliza os vídeos dos
interrogatórios somente depois do término da sessão.
Não
obstante, nesse caso, parte do Ministério Público defende que o depoimento seja
mantido sob sigilo, justamente para se evitar o seu aproveitamento como peça político,
por parte do depoente, certamente por se vislumbrar proveito dele para fins
estranhos às suas reais finalidades.
É
muito provável que o juiz mantenha a sua posição de dar transparência aos
depoimentos, conforme vem acontecendo desde a 1ª fase da Lava-Jato, por
entender que os fatos que julga precisam ser divulgados, por se tratar de matéria
de interesse público.
Por
mais que se queira politizar os fatos pertinentes às roubalheiras
institucionalizadas nos últimos governos, os verdadeiros brasileiros já sabem
quem realmente contribuiu para transformar o Brasil numa republiqueta de quinta
categoria, envolvendo as maiores empresas na mais eficiente indústria da
criminalidade, principalmente por meio de esquemas arquitetados para irrigar
contas de partidos políticos e desviar recursos para bolsos de políticos e
executivos inescrupulosos.
Agora,
a Justiça já tem em mãos as provas que não são contestadas com meras falácias e
argumentações destituídas de conteúdo, que somente convencem os mesmos incautos
e ingênuos, que sempre acreditaram nas mentiras e inverdades utilizadas para
levar o país ao caos econômico e à destruição dos princípios da ética e da
moralidade, erigindo a nação, com as potencialidades econômicas e culturais do
Brasil, em país líder mundial da corrupção e dos esquemas de desvio de dinheiro
dos cofres públicos, conforme mostram os fatos já investigados.
É
difícil se acreditar que fatos deletérios foram praticados em nome de egoístico
projeto político de absoluta dominação das classes política e social e da
conquista do poder, obviamente sob o emprego de fins nada republicanos para o
atingimento dos meios, cujo resultado é esse mar pútrido de escândalos que
nunca se consegue chegar ao fim da maior tragédia da história republicana,
porque há verdadeiro interesse que a triste história de criminalidade se
estenda por muito tempo, como se a nação não tivesse reais interesses de virar
essa página negra, nebulosa e nefasta, a despeito do enorme estrago já causado
à dignidade dos brasileiros, em todos os aspectos das atividades social,
política, econômica, administrativa, entre outros que envolvem a destruição do interesse público.
O
Brasil precisa, com urgência, resolver essa desastrada questão que vem
mobilizando os segmentos da sociedade, para possibilitar a retomada da
construção de uma nova nação, com base em estruturas nobres de fins políticos e
administrativos, com o expurgo da vida pública dos maus políticos que já
demonstraram seus verdadeiros sentimentos de antibrasilidade e antipatriotismo.
A
Operação Lava-Jato, por força da sua brilhante atuação, já conseguiu identificar
e mapear os políticos que comandaram e tiveram papel preponderante nos esquemas
de rapinagem no âmbito da Petrobras, que foram respaldadas, com importantes detalhes,
pelas delações dos executivos da Odebrecht, que mostraram a sua gigantesca dimensão
deletéria, cujas provas, colimadas por mecanismos de apuração, depoimentos, testemunhas
e outros elementos juridicamente válidos, precisam sim se tornar públicos e
transparentes, como forma de mostrar para o mundo o verdadeiro nível dos homens
públicos tupiniquins, que defendem princípios de honestidade, mas praticam barbaridades
contra o patrimônio dos brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 04 de maio de 2017
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