Manifestantes
protestaram, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra o governo e as
reformas em tramitação no Congresso Nacional, em ato marcado pela extrema
violência, com destaque para a depredação de prédios ministeriais e de
estruturas que compõem o patrimônio dos brasileiros, inclusive incêndios em áreas
interna e externas de edifícios públicos.
Em
que pese a alarmante dimensão do vandalismo, houve o registro da detenção de somente
sete pessoas suspeitas de dano ao patrimônio público, desacato e porte ilegal
de arma branca, e de ferimentos em 49 pessoas, entre manifestantes e policiais
militares.
Os
vândalos invadiram os prédios, depois de quebrarem os vidros, de forma
devassadora, e colocaram fogo nas recepções e em tudo que se encontravam à sua
frente, danificando completamente as instalações e causando enormes prejuízos
ao patrimônio dos brasileiros, que devem ser preservados, em clara demonstração
de irracionalidade e incivilidade, mesmo em se tratando de manifestação de
protestos, que não pode servir de argumento contra o governo ou as reformas,
por não haver conexão entre os fatos ruinosos e repudiáveis.
A
Polícia Militar do Distrito Federal registrou que os grupos levavam pedras,
armas, paus, estilingues para atirar pedras contra policiais e quebrar vidros,
que foram utilizados como instrumentos de agressão contra o patrimônio da União.
Além
da quebradeira e da violência contra o patrimônio público, os bárbaros picharam
monumentos como a Catedral Metropolitana e o Museu da República, que também
ficam à mercê do vandalismo.
O governador
do Distrito Federal se manifestou sobre o episódio, afirmando que “a Polícia Militar do Distrito Federal
agiu de acordo com o Protocolo Tático Integrado, assinado pelos governos
federal e distrital, no mês passado, em que a segurança dos prédios públicos federais
ficou sob a responsabilidade da União. Em todas as 151 manifestações nos
últimos dois anos, as forças de segurança federal e distrital agiram de maneira
integrada e colaborativa. Em todas as ocasiões a Polícia Militar agiu com
eficácia e eficiência, demonstrando estar plenamente apta ao regular desempenho
de sua missão constitucional. Eventuais excessos serão rigorosamente apurados”.
Enquanto
militantes e policiais entravam em confronto na Esplanada, o presidente do país
autorizou, por decreto, a convocação das Forças Armadas a patrulharem as ruas
do Distrito Federal, que contou com a imediata disponibilização de 1.300
militares das corporações sediadas no Distrito Federal.
A ordem
presidencial ensejou atritos políticos no Congresso Nacional, principalmente
por parte da oposição, que criticou severamente a medida, evidentemente alheia
à responsabilidade governamental de proteger a população e o patrimônio
público, à vista da visível impotência dos policiais militares colocados para a
contenção da fúria dos baderneiros, integrantes de apoiadores dos partidos
oposicionistas, que os apoiaram à disseminação da violência e da destruição.
Não há
dúvida que é normal que brasileiros venham a Brasília, com o propósito de
protestar, com todo direito, contra a baderna instalada na administração do
Brasil, mas, na verdade, como visto, as intenções de muitos deles estavam
voltadas, de forma deliberada, para a destruição, a baderna, o vandalismo e a
depredação do patrimônio dos próprios brasileiros, em clara demonstração de
animalesca selvageria completamente dissonante com os princípios próprios de
pessoas civilizadas, ordeiras e democráticas, porque seus atos descambaram para
resultados diametralmente contrários às finalidades patrióticas de protesto.
É preciso
que os organizadores das manifestações de protestos sejam devidamente
responsabilizados, civil e criminalmente, de modo que eles sejam compelidos a
promoverem reparação dos causados ao país, por meio do ressarcimento dos
valores levantados, por não mais fazer sentido, por não ser justo, que os
desordeiros pratiquem quebra-quebra e destruição de bens e prédios públicos e
depois ninguém seja obrigado a reparar os danos e estragos causados ao
patrimônio nacional.
A
demonstração de explícita selvageria não condiz com a índole pacífica e
civilizada dos verdadeiros brasileiros, que são cônscios da sua
responsabilidade como patriotas que valorizam a integridade da moral e da
legalidade.
Com absoluta certeza, nem nas republiquetas de
décima categoria esses vândalos, baderneiros de alta periculosidade e
verdadeiros antipatrióticos deveriam merecer qualquer forma de complacência,
tanto pela precariedade do aparato policial como da oposição, que os apoiam de
maneira declarada e incondicional, como a declarar que quanto pior, melhor contra
os interesses públicos.
É obrigação primacial do Estado identificar os
protestantes agressivos e destruidores, para o fim de puni-los com as penas
cabíveis quanto aos crimes por eles cometidos, de modo que a condenação dos
bandidos possa contribuir para impor autoridade à ordem pública e para servir
de exemplo pedagógico para que fatos semelhantes não voltem a acontecer.
O país que é incapaz de punir o vandalismo mostrado
principalmente pelas câmaras de televisão não é digno do mínimo respeito pela
opinião pública.
Fica a nítida
impressão de que muitos protestantes já planejavam a destruição, em nome do
repúdio à bandalheira político-administrativa do país, a Polícia Militar do
Distrito Federal não tinha condições operacionais de conter a extrema violência
e a oposição apenas placitou a demanda da violência, quando, em nome da
democracia, deveria se associar aos que são contra a destruição dos princípios
republicano e democrático, como forma de construção da liberdade de pensamento,
expressão e individualidade.
Urge que
os sistemas de segurança pública sejam capazes de planejar ações necessárias e
suficientes para combater, com eficiência e competência, as agressões de
baderneiros e vândalos, que, a pretexto de protestos, aproveitam a precariedade
do policiamento para depredarem o patrimônio público, em total desmoralização
das autoridades incumbidas de proteção da ordem pública e dos bens dos
brasileiros. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de maio de 2017
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