O presidente da Venezuela disse que vê
semelhanças físicas entre si e o líder soviético que governou o país no período
de 1924 a 1953.
Segundo
o mandatário venezuelano, ao olhar no espelho ele o vê e acrescentou: "No mundo há pessoas que me consideram o Stalin
do Caribe. Sou parecido mesmo. Olhem para o perfil, eu olho no espelho e me
parece que sou parecido com Stalin".
Não
é a primeira vez que o ditador venezuelano se compara com famosos líderes tiranos
e truculentos mundiais, quando, mais cedo, ele teria se comparado com o
ex-presidente e também ditador do Iraque, morto pelos norte-americanos.
Pelo menos nos procedimentos, o tirano bolivariano se assemelha bastante
ao ditador soviético, que era político duríssimo e sem escrúpulos, que usou seu
poder para destruir todos os que surgiram em seu caminho, sendo ao mesmo tempo,
temido e admirado, que foi considerado homem de inteligência medíocre, que teria
conseguido o poder graças, exclusivamente, à esperteza impiedosa.
O homem que o ditador venezuelano admira teve grande e
fundamental importância na consolidação do regime soviético e de suas terríveis
injustiças, por ter sido um dos principais responsáveis pela implantação do sistema
socialista na União Soviética, mediante a coletivização de terras, a nacionalização
de bancos e a passagem de empresas para as mãos dos trabalhadores, mas ele
também foi responsável por milhões de mortes (alguns historiadores
estimam em 20 milhões de pessoas) não só nos campos de concentração, mas também
em consequência da fome extrema.
Ele também instituiu o centralismo democrático da ditadura do proletariado
e da nacionalização da economia, tendo conferido ao Estado Soviético o poder
totalitário e agressivamente repressor.
Sob o seu pulso forte, ele promoveu o expurgo, por meio de perseguição e
até de execução, de membros do partido, como velhos bolcheviques ou qualquer
suspeito de oposição à sua política.
Atribui-se ao líder soviético a implantação de sistema de
censura, perseguições e assassinatos de opositores políticos do regime,
associado a intensa política de centralização do poder,
com o uso de métodos de extrema violência, como forma de reafirmação da sua
autoridade, pondo em prática o afastamento dos potenciais opositores, por meio
de julgamentos, condenações, expulsões do partido e punições, em processos que
ficaram conhecidos como “expurgos de
Moscou”.
Antes, durante e depois da Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), sem alarde, inúmeros líderes políticos e cidadãos comuns
foram aprisionados, executados ou mandados para prisões em regiões remotas da
Sibéria.
Em 1940, um de seus principais opositores, que
estava exilado no México, mas continuava fazendo oposição ao seu governo, foi
brutal e cruelmente assassinado a mando do ditador soviético.
Como se vê, o presidente
da Venezuela pode não ter semelhança fisionômica com o ditador soviético, mas
muitas de seus métodos e suas atitudes truculentas, cruéis e desumanas guardam
similitudes com as do maior ditador de todos tempos, a exemplo do centralismo
democrática, da nacionalização da economia, do Estado totalitário e
agressivamente repressor, em completo desprezo aos direitos humanos e aos
princípios democráticos, além da truculência demonstrada friamente por meio das
mortes daqueles que se opuseram ao sistema socialista.
A impressão que fica é que todo ditador medíocre e
fracassado sempre se espelha em ditadores igualmente desumanos e contrários ao
desenvolvimento das liberdades individuais, que contribuíram, de forma efetiva,
com suas tiranias para o atraso da humanidade.
É evidente que tudo isso não condiz com os avanços da
humanidade, que precisam de estadistas com mentalidade e perfil imbuídos do
respeito aos direitos humanos e às liberdades individuais, como forma de
contribuir firmemente para o desenvolvimento do ser humano. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de setembro de 2017
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