Em confronto com a polícia de São Paulo, dez homens
foram mortos, após tentativa de assalto a uma casa no Jardim Guedala, na região
do Morumbi (zona Oeste de SP).
Os criminosos faziam parte de uma quadrilha
especializada em assaltos a casas de luxo no bairro, e a Polícia Civil estava
monitorando o grupo antes da ocorrência.
Os suspeitos foram abordados por policiais quando
saíam de uma residência, onde havia dentro dela três adultos e uma criança.
Houve intensa troca de tiros entre os bandidos e a
polícia, que contabilizou quatro fuzis e muita munição em poder dos criminosos.
Por sorte, nenhum policial morreu no tiroteio, mas
quatro acabaram levemente feridos por estilhaços.
Embora dez criminosos foram eliminados no massacre,
um carro com ao menos quatro delinquentes ainda conseguiu fugir do cerco, o que
demonstra o poder do grupo de 14 bandidos de alta perigosidade e agressividade,
que vinha cometendo assaltos com frequência na região do Morumbi e sempre levando
vantagem, saindo sempre ileso em mais de vintes investidas no bairro nobre.
Os criminosos estariam tentando abrir um cofre no
local, mas não tiveram tempo e saíram da casa depois que ficaram sabendo do
cerco da polícia, quando foram alvejados dentro dos carros, prontos para a fuga
do local.
Segundo a polícia, a quadrilha estaria envolvida em
vários assaltos a casas, caixas-eletrônicos e carros fortes, cujo líder do
grupo está entre os mortos.
Um morador do bairro, que acompanhou o tiroteio,
disse "Foram mais de cem tiros
certamente, durou mais ou menos uns 20 minutos. Pensei que eram aqueles balões
de fogos".
Outro morador afirmou que nos últimos anos têm sido
recorrentes relatos de assaltos na região e que "Já entraram na minha casa. A situação ficou bem difícil de cinco anos para
cá."
Um morador disse que teve a casa assaltada há três
semanas, tendo reconhecido o tênis do seu pai no pé do criminoso morto.
Ele
disse que “Entraram em casa num domingo e
levaram tudo, ainda bem que estava vazia. Mas vi nas imagens do circuito
interno, ele estava junto".
Segundo
os registros da polícia, vem ocorrendo assalto em meio à epidemia de crimes
contra o patrimônio (furtos, roubos e latrocínios) no Estado de São Paulo e
somente nos primeiros seis meses do ano, houve um delito do tipo em cada 30
segundos.
É importante que a efetividade da ação da polícia paulista
possa contribuir não somente para diminuir os assaltos, os roubos etc., mas
principalmente para desestimular o ímpeto dos criminosos, que têm se
intensificado justamente diante da ausência do Estado, que realmente não tem condições
de agir e atuar com a devida presteza, diante da falta de investimentos na
manutenção de pessoal suficiente e na falta de equipamentos e armamentos,
sempre superados pelos bandidos, que estão equipados com fuzis de última
geração, fazendo com que haja enorme desvantagem por parte da polícia.
É muito importante que esse episódio de São Paulo
sirva de exemplo para as polícias brasileiras, no sentido de disseminar a
maneira pelo qual a operação foi tão eficiente, a ponto de eliminar, de uma
tacada só, dez perigosos criminosos, que vinham atormentando comunidades
inteiras, que agora podem ficar um pouco mais tranquilas, sabendo que alguns delinquentes
já estão fora do submundo da criminalidade.
O exemplo dessa operação precisa realmente ser
muito bem aproveitado, para que muitos bandos possam ser apanhados exatamente
no momento que eles estão reunidos e entretidos e é exatamente aí que se tornam
indefesos, com possibilidade de prisão ou até mesmo de eliminação, em caso de
reação violento por parte deles.
Convém que a polícia seja urgentemente melhorada e
priorizada nas suas ações de combate à criminalidade, tanto com equipamentos e aparelhamentos
como com a reposição de pessoal suficiente, devidamente treinadas e equipadas
com armamento capaz de enfrentar a criminalidade em condições superiores ao
poder de fogo dos bandidos, de modo que o saldo dos embates seja sempre
favorável à polícia, exatamente como aconteceu nesse episódio de São Paulo, que
serve de exemplo para o resto das polícias do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 7 de setembro de 2017
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