sábado, 16 de setembro de 2017

Implorando por guerra?

O governo biruta da Coreia do Norte declarou que teria endereçado recentemente "pacote de presente" aos Estados Unidos, e que mais virão em seguida.
O embaixador daquele país asiático na Organização das Nações Unidas, em Genebra, fez a declaração em pronunciamento proferido dois dias depois que seu país conduziu seu sexto e maior teste nuclear da história, até o momento.
Ele disse, em tom de provocação e intimidação, que "As recentes medidas de autodefesa do meu país são pacotes de presente endereçados a ninguém mais que os EUA. Os Estados Unidos continuarão a receber mais pacotes de presente do meu país enquanto continuarem recorrendo a provocações imprudentes e tentativas fúteis de colocar pressão na Coreia do Norte".
Diante da grande tensão com a Coreia do Norte, o presidente dos Estados Unidos afirmou, em suas redes sociais, que teria autorizado a venda de equipamentos militares "altamente sofisticados" (não houve especificação sobre os tipos das armas) ao Japão e à Coreia do Sul.
Segundo se especula, diante das insanas ameaças norte-coreanas, o planeta poderá ficar cada vez mais perigoso, uma que o Japão pensa agora em fabricar sua bomba atômica, como forma de defesa, em que pese aquele país, oficialmente, rejeitar a conquista do poderio nuclear, mas, com a corrida incontrolável dos testes norte-coreanos, o assunto continua em pauta e estudos no país.
Em uma visão bastante realista, à luz dos acontecimentos recentes, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU declarou que a Coreia do Norte está "implorando por guerra", a par de pedir sanções mais duras contra Pyongyang.
Não há dúvida de que o planeta Terra passa por momento de instabilidade, em razão da insistência do ditador norte-coreano de provocar exatamente o gigante adormecido, que é comandado por outra mente instável e completamente imprevisível, cuja combinação de pensamentos desequilibrados pode contribuir para entornar o caldo em direção à guerra de consequências absolutamente imprevisíveis, principalmente em termo de destruição, diante da possibilidade do emprego de equipamentos nucleares de incalculável dimensão catastrófica contra a humanidade.
Os acontecimentos já mostraram que o ditador maluquinho norte-coreano não tem limite e não mede as terríveis consequências sobre os estragos causados pelas armas nucleares, que certamente serão utilizadas pelas partes envolvidas, justamente para a bestial e irracional medição de forças, que certamente resultará em final brutal e catastrófico, com enormes prejuízos para os povos e de difícil recuperação pessoal e econômica.
O enlouquecido ditador norte-coreano já se conscientizou de que não se sossega enquanto não for implementada a sua tresloucada obstinação de desbancar o terceiro império sob o símbolo da Águia, que possui poderio bélico, em princípio, bastante superior ao do país asiático, que poderia ser naufragado, sem muito esforço, caso não fosse a enorme distância ente os dois territórios.
A história da humanidade tem mostrado que as guerras somente acontecem quando são geopolítica e economicamente interessantes para as partes diretamente envolvidas, o que não é o caso entre EUA e Coreia do Norte, diante da cristalina dificuldade das manobras militares, salvo se as lutas forem travadas por via aérea, com o emprego das bombas nucleares, com alto poder destruidor e isso não interessa a ninguém, em termos de viabilidade estratégica de guerra.
Não importa quão desprovidos de bom senso e de racionalidade os líderes dos dois países sejam, como já demonstrado, diante das declarações de extrema irresponsabilidade de ambos, o mundo espera que eles sejam inspirados pelos espíritos benfazejos da paz, incutindo nas mentes deles os terríveis estragos causados por guerra que nunca tem vencedores, pois todos só conseguem contabilizar monstruosos e incalculáveis prejuízos de vidas, que são imoladas por causa absolutamente sem o menor sentido, e de dinheiros, que são jogados nas valas do desperdício.
Neste momento em que os dois países ficam digladiando por meio de palavras agressivas e desrespeitosas, não se vê a mínima participação da ONU nesse cenário belicista, na tentativa de mediar conversações de alto nível e de entendimento entre eles que possam levar ao caminho da paz, ficando esse órgão à margem dos acontecimentos, praticamente observando o desenrolar dos fatos, em que pese ser a sua principal missão institucional contribuir para o estreitamento das relações diplomáticas, a paz mundial e a preservação de vidas humanos, adotando medidas efetivas que possam evitar a deflagração de conflitos de proporções alarmantes e arrasadores causados pela guerra desumana e injustificável.
Convém que o sentimento superior racional e humano prevaleça, o quanto antes possível, nas cabeças ocas dos mandatários norte-americano e norte-coreano, que precisam pensar com inteligência, maturidade, bom sendo e especialmente responsabilidade de estadistas, de modo que se possa preservar, em especial, vidas humanas importantíssimas para o futuro do planeta Terra e contribuir para a garantia e o fortalecimento da paz mundial. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 16 de setembro de 2017

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