terça-feira, 15 de novembro de 2022

A marca da indignidade?

 

Discute-se sobre a roubalheira nos governos anteriores, em que, na verdade, poucos casos tiveram encerramento favorável ao erário, em razão da precisa falta de julgamento dos respectivos processos pela Justiça brasileira, que praticamente vem se mancomunando com os políticos criminosos, deixando de lado as suas verdadeiras incumbências judiciárias.

É possível sim que o Brasil tenha sido respeitado, precisamente pelos próprios brasileiros, mas houve os antibrasileiros que, sem o menor pudor, resolveram desrespeitá-lo de forma extremamente humilhante, à vista dos nefastos esquemas criminosos representados pelos notórios escândalos do mensalão e do petrolão.

Esses escândalos envergonharam profundamente o Brasil e o mundo, justamente porque a roubalheira tinha como epicentro a entranha do governo da época, cujo titular não teve a humildade nem a dignidade para se responsabilizar por tamanha afronta aos princípios intrínsecos da administração pública, mediante a materialização de fantástico desvio de dinheiro de cofres públicos.

A despeito da deplorável constatação de gestão de recursos públicos, nada republicana, consta que o principal responsável pelo governo de então resolveu se autointitular inocente e imaculado, em que pesem várias denúncias sobre suspeitas de irregularidades na gestão do governo dele, cujos processos penais ainda pendem de julgamento na Justiça, fato este que o impediria de praticar atividades políticos, além de exercer cargo público eletivo.

Causa perplexidade que alguém tenha a insensibilidade de ignorar fatos lamentáveis como os descritos acima, preferindo disseminar mensagem mentirosa, como a que havia respeito na gestão de quem pretende voltar ao poder, mesmo com o seu caminho palmilhado na vida pública por notáveis máculas denunciadas por meio dos processos penais pendentes de julgamento, na Justiça.

Os aludidos processos penais ainda exigem esclarecimentos e justificativas, por parte do envolvido nos rumorosos escândalos, a par de possibilitar se afirmar sobre culpabilidade administrativa com relação àqueles fatos, de modo que cabe à Justiça deliberar sobre o atestado de inocência, que é procedimento sempre perseguido pelos verdadeiros homens públicos.

Sim, normalmente eles se interessam em primar pela defesa do seu nome, não permitindo que ele esteja sujo na lama junto à Justiça, o que não é o caso do político que foi eleito pelo povo para voltar ao poder, conquanto ele seja totalmente incapaz de atender aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, que é condição sine qua non para quem pretende exercer cargo público eletivo, pelo menos em se tratando de país cujo povo tenha o mínimo de seriedade e sentimento de respeito aos princípios republicano e democrático.

Na verdade, o Brasil se encontra diante de situação extremamente delicada, com a colocação de político sem a menor condição moral para governar o país, enquanto não limpar seu nome na Justiça, e o pior dessa indiscutível esculhambação é que muitos antibrasileiros ainda se dignam a apoiá-lo, mesmo sabendo que ele não reúne as condições de legitimidade moral para representar a grandeza e os valores cívico-democráticos do Brasil e do seu povo.

Brasília, em 15 de novembro de 2022

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