quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Ele perdeu porque...

 

Em mensagem que circula na internet, foi postado texto exatamente com o conteúdo a seguir.

Ele perdeu. Perdeu porque não era coveiro e não conseguiu externar seu orgulho e sua arrogância. Perdeu porque minimizou o que era maior que a sua capacidade de ver. Perdeu porque quis brincar de ser Deus, fazendo associação do seu nome ao divino. Perdeu porque desacreditou da ciência e defendeu a sua ignorância como se fosse a mais pura sabedoria. Perdeu porque não teve fôlego para acompanhar o povo. Perdeu porque riu de quem chorava e brincou com a vida de quem levava a vida a sério. Perdeu porque preferiu perder um filho para a morte a ter que aceitar uma orientação sexual que fosse hétero. Perdeu porque a piada perdeu a graça. Por isso que ele perdeu.”.    

É possível que tudo que consta da mensagem em referência seja verdadeiro, que seja, à vista da mentalidade e da consciência das pessoas, para a interpretação dos fatos que são de estrita caracterização pessoal, sem qualquer reflexo na gestão das funções públicas, a exemplo de desvio de recursos públicos ou improbidade administrativa.

O bom senso e a racionalidade mostram que o presidente do país pode ter perdido por muitos outros motivos, mas o principal mesmo foi a insensatez de brasileiros, que viram qualidades em político completamente fora dos padrões compatíveis com o cargo presidencial, à vista do seu tenebroso legado de corrupção, na gestão de recursos públicos, cujo legado perdura para sempre nos anais da República.

Agora, o que consta da mensagem não sirva, basicamente, de justificativas para se votar em político em plena decadência moral, à vista da constatação do passado tenebroso dele perante a Justiça brasileira, que o condenou à prisão por conta da comprovação do recebimento de propinas vindas de recursos públicos, sob a caracterização de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A bem da verdade, os referidos fatos, se ocorridos em países cujos povos tenham a mínima consciência sobre a real finalidade da existência dos princípios da ética, da moralidade, da dignidade, da honestidade, entre outros, na administração pública, certamente jamais o teriam convalidado para presidir o Brasil, que não merecer tamanho desprezo por parte de seus ingratos e insensatos filhos, que ignoram a grandeza e os valores de até então admirável e respeitável nação.

Mesmo que se alegue que as punições prisionais impostas a ele tenham sido anuladas, o que é verdade, mas há o porém de que os fatos criminosos em si não foram atingidos, porque eles permanecem em plena validade, motivo da existência de determinação da Justiça para novo julgamento das ações criminais pertinentes, começando desde a origem, fato este que reafirma o envolvimento dele com suspeitas de atos irregulares, na gestão do governo dele.

À toda evidência, nem nas piores republiquetas, o povo teria tamanha indignidade para a aceitação de político que é símbolo de desonestidade para presidir o seu país, porque isso é cristalina demonstração de desamor à honra da nação e do próprio povo.  

Que moral têm as pessoas que se orgulham de ter votado em político considerado desonesto, justamente por ter sido pivô de investigações dos piores esquemas criminosos de corrupção já existentes na história brasileira, em que ele não teve a humildade para assumir as responsabilidades pelas irregularidades havidas no seu governo nem para prestar contas à Justiça e à sociedade pelos danos de bilhões de reais causados ao Brasil e aos brasileiros?

Longe de se pretender defender a honorabilidade do presidente do país, porque isso é absolutamente indefensável, mas, a depender da avaliação pessoal, os crimes de lesão ao patrimônio dos brasileiros têm o condão muito maior de inviabilizar a prática de atividades políticas e o exercício de cargo público eletivo, logo da relevância de presidente da República, em razão da gravidade do ferimento aos princípios da moralidade, da honestidade, da dignidade, entre outros exigidos na administração pública.

 Há de se ver que se trata de mácula somente sanável com a comprovação da inculpabilidade do político, que não demonstra nenhum interesse em fazê-la, diante da certeza de que muitos brasileiros insensatos e cúmplices com a desonestidade na gestão pública consideram normal a prática de irregularidades, em forma de corrupção na gestão dos recursos públicos, conforme ficou sobejamente confirmado nestas últimas eleições.

Afinal, queiram ou não, estas eleições tiveram o condão de mostrar o real e verdadeiro comportamento da intelectualidade brasileira, compreendendo pais de família, professores, profissionais de todos as classes sociais, artistas, magistrados, juristas, banqueiros, empresários, entre outros, que não tiveram o menor escrúpulo para abraçar a causa socialista de candidato que sequer consegue preencher os requisitos inerentes à conduta ilibada e à idoneidade, na vida pública, que é condição sine qua non para o exercício de cargo público eletivo, pelo menos em se tratando de país com o mínimo de seriedade e evolução, em termos políticos e democráticos.

Por consequência disso, tem-se que essa promíscua maneira de se considerar normal a prática da desonestidade na gestão pública, como é o caso da parte do candidato eleito, que presidia o país quando o Brasil foi rapinado, de forma humilhante, em bilhões de reais, conforme mostraram as investigações policiais e os julgamentos judiciais pertinentes, à vista do que consta devidamente materializado nos autos referentes às denúncias feitas à Justiça, somente macula a dignidade do Brasil e do seu povo, que vão presididos por quem não tem dignidade como homem público, por responder a vários processos penais na Justiça.    

A verdade é que não merece respeito, pelos brasileiros honrados e dignos, o povo que considera normal que político desonesto, que responde a vários ações penais na Justiça, em razão de suspeita de improbidade administrativa, tenha condições de voltar a presidir o Brasil, porque isso é forma de escárnio aos princípios da civilidade e da cidadania, além da desmoralização das próprias pessoas que ainda se orgulham de ter ajudado a conduzir o país ao terrível abismo, com imensuráveis malefícios aos interesses dos brasileiros.

Brasília, em 10 de novembro de 2022

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