sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Normalidade democrática?

 

Fala-se em silêncio das Forças Armadas, neste momento crucial da nacionalidade, em que o povo se encontra nas ruas, implorando por intervenção, diante das suspeitas de fraudes nos resultados das urnas, evidentemente na esperança de que elas sejam capazes de agir em nome da normalidade democrática e em defesa dos interesses do povo.

O sentimento dos brasileiros é muito forte, uma vez que a população acredita que somente as Forças Armadas têm condições de intervir para recolocar o Brasil nos trilhos da normalidade, de onde ele nunca deveria ter saído

Na verdade, isso somente aconteceu pela vontade do próprio povo, que, conforme o resultado das urnas, considerou normal a volta da esquerda e da desonestidade ao poder, sem se preocupar com as perversidades e maldades que ela tem capacidade para protagonizar, à vista da sua arraigada filosofia, em que a máquina pública, a exemplo do que já aconteceu no passado, pode funcionar normalmente sob esquemas criminosos de corrupção, destinados ao desvio, em altíssima escala, de recursos públicos para o custeio de finalidades escusas, completamente ilegítimas, destinadas basicamente à manutenção no poder.

Esse silêncio e essa imobilidade, porém, não significam passividade nem conivência com a quadrilha no poder, que age segundo a sua ideologia, em detrimento dos interesses nacionais.

Na verdade, as reais intenções das lideranças da esquerda são a institucionalização de ditadura no Brasil, e disso não há a menor dúvida, à semelhança aos retrógrados modelos próprios do socialismo/comunismo, nos moldes do regime adotado por Cuba, Coréia do Norte ou Venezuela, tendo a possibilidade da perenidade no poder, com plena dominação das classes política e social.

O resultado das eleições mostra que a esquerda volta ao poder com muita sede no pote, já pensando em muitas medidas próprias de quem manda no Brasil, fazendo o que bem entende com o dinheiro dos contribuintes, podendo, para tanto, comprar a mídia, promover o aparelhamento do serviço público, com a nomeação de políticos e sindicalistas, promover todas as formas de desatinos em matéria de política externa, inclusive mandando dinheiro dos brasileiros para a execução de importantes obras em países comandados por ditadores desumanos e sanguinários, inclusive com associação ao crime e ao narcotráfico, em harmonia com a filosofia do nefasto Foro de São Paulo, onde se reúne o baixo clero da política e da bandidagem, com especial participação de importantes organizações criminosas.

Certamente que todos os esforços estão voltados para o desfecho de medidas revolucionárias, evidentemente se as Forças Armadas concordarem que a democracia seja transformada em regime de exceção, fato este que levaria à censura os meios de comunicação, a ocupação militarizada do país, a estatização dos jornais, tevês e rádios, além da prisão e matança de adversários e o confisco dos patrimônios e propriedades privados, bem à maneira própria do desgraçado e recriminável regime  socialismo/comunismo.

Especialistas entendem que a implantação do socialismo no Brasil não seja possível porque é sabido que dificilmente essa forma trágica de gestão pública não teria o respaldo das Forças Armadas, que se oporiam ferrenhamente às tentativas maquiavélicas nesse sentido.

Talvez não seja tão fácil assim, mas essa hipótese é incógnita que precisa ser urgentemente desvendada, em razão do verdadeiro sentimento que permeia no seio das Forças Armadas, a depender muito da conveniência predominante no generalato, em que o golpe seria facilitado sob estratégias que levariam em consideração a distribuição de privilégios à alta cúpula deles, por meio, por exemplo, da concessão de altos cargo da administração, em que eles pudessem se sentir com as suas autoridades reconhecidas e privilegiadas dentro do regime de exceção, mediante a composição de entendimento com as lideranças do movimento.

Acordo com tal envergadura já ocorreu na Venezuela, em que o ditador só obteve sucesso quando conseguiu a “simpatia” dos oficiais generais, que foram colocados na direção e nos postos chaves mais elevados da nação, a começar da vice-presidência da República revolucionária.

Não se pode descartar que, no Brasil, pode acontecer a mesma situação, porque ninguém é fiel à tradição, quando houver à frente a força e a influência dos privilégios e das regalias do poder, que têm a magia da dominação das pobres mentes humanas, evidentemente que isso é mera hipótese.

A atual situação do Brasil é bastante delicada, exatamente em razão da instabilidade político-administrativa, que se potencializou com a derrota, nas urnas, do presidente do país, que foi incapaz de sintonizá-la, precisamente sob os seus contornos, não tendo a exata consciência sobre a real dificuldade da sua reeleição, porque ele nunca se preocupou em mudar o rumo do seu comportamento sempre refratário à realidade política, ao entender que agradar somente o seu grupo de apoiadores se ganharia facilmente a eleição.

Enfim, é possível se afirmar, à vista dos fatos da atualidade, que o quadro político-administrativo do Brasil nunca esteve tão incerto e perigoso, quando se aproxima a volta da esquerda ao poder, que certamente virá com muita sede ao pode para a implementação das suas ideais absolutamente revolucionárias consideradas “democráticas”, com possível retorno da desonestidade na gestão pública, em harmonia com o bem-sucedido projeto envolvendo os poderosos esquemas criminosos de corrupção predominantes no primeiro governo.

Espera-se, embora muito remotamente, que os direitos humanos e as liberdades individuais e democráticas sejam preservados, em respeito às tradições seculares do Brasil, de país que tem sido modelar para o mundo na defesa do resguardo da integridade nacional e do cumprimento dos princípios humanitários e de civilidade.   

Brasília, em 11 de novembro de 2022

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