Em
vídeo que circula nas redes sociais, o presidente da República diz, com
bastante emoção, que ninguém governa sozinho e que são importantes a opinião e
o apoio da população, como forma de segurança das decisões por ele adotadas.
Esse
discurso, em tom de ponderação, com bastante equilíbrio e arraigado sentimento
de humildade, se aproxima daquele tão ansiado pelos brasileiros sensíveis e
sensatos, porque a linha de pensamento contido nele tange o padrão do estadista
de verdade, que pensa no nós dos brasileiros, na forças da união de todos, de
esforços e na unicidade dos propósitos, tendo por objetivo a construção de um
Brasil unificado para todos os brasileiros.
É
pena que o presidente do país tivesse tido único momento de lucidez, exatamente
para a gravação de pronunciamento que deveria ter sido a tônica e o farol da
sua vida pública, mas o lampejo do mandatário ficou apenas concentrado em único
vídeo esparso, que foi anuviado por tantos momentos de desvarios, em defesa de
ideias absolutamente à margem da beleza desse seu discurso.
Repita-se,
que esse discurso foi pronunciado uma única vez, como se ele tivesse o
privilégio de se incorporar, por obra e graça do Espírito Santo, por apenas
esse momento de que não tem nada de especial, porque teria sido apenas o normal
de ser estadista com os atributos do cargo, com o pensamento conduzido por
sentimentos de sensibilidade e racionalidade de quem pensa no conjunto de povo
e da pátria, porque é exatamente daquela maneira que ele deveria ter se
conduzido na gestão pública, como fazem os verdadeiros estadistas.
A
diferença do discurso ficou plasmada com muito mais força nas demais atitudes
do presidente do país, que conseguiu amealhar verdadeiro histórico de rejeição
à sua pessoa, porque foi precisamente assim que ele quis ficar marcado nos anais
do Brasil, como o mandatário viril, imbroxável, que não leva desaforo para
casa, como se isso fosse modelo de homem público, quando é precisamente o
inverso, tendo o agrado apenas de seus seguidores, mas o estadista precisa e
deve, ao contrário disso, ser sempre e permanentemente simpático para com os brasileiros.
Enfim,
fica a certeza de que, à luz desse discurso, o presidente do país sabia
perfeitamente como agir e se comportar com civilidade, em estrita harmonia com
os bons e saudáveis princípios e condutas de cidadania, mas preferiu seguir
segundo o seu alvedrio, na contramão do verdadeiro estadista, conforme mostram
os fatos da vida.
Na
verdade, o outro lado do discurso do presidente da República teve maior peso e
foi, certamente, o fiel da balança no resultado das urnas, que o avaliaram como
sendo pior do que o seu adversário, que ostenta o símbolo da desonestidade brasileira.
Em
conclusão, tem-se que o estadista não pode ser representado por meros
discursos, ditados ao sabor de momentos, mas sim por atos e decisões
afirmativos, sempre em consonância com os princípios de lealdade aos princípios
republicano e democrático e em estrita satisfatoriedade das necessidades da sociedade.
Brasília, em 7 de novembro de 2022
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